domingo, 3 de março de 2013

A HISTÓRIA DE QUEM TEM HISTÓRIA PARA CONTAR...


Josifran Alves, atual presidente do combativo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itapajé




Companheira, guerreira, Francisca Alves (liderança do sindicato a 28 anos)

Alcides Pinto, primeiro presidente (1963)
 
Neste domingo tive uma agenda toda especial: participar a comemoração dos 50 anos do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itapajé, que, além da identidade na luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, tenho a honra de ter o meu escritório de advocacia fazendo a assessoria jurídica (preventiva e contenciosa) desse combativo sindicato já há mais de 10 anos, desde quando era presidido pela nossa grande companheira Petista, dona Francisca Alves (que descobri anos depois ser minha parenta pelo lado de seu pai Antônio Alves de Oliveira - tb Cavalcante, como meu saudoso avô Domingos Alves Cavalcante, do Marruás). Na celebração rememoramos toda essa caminhada, inclusive com o depoimento do primeiro presidente, comp. Alcides Pinto, hoje com 84 anos, que em sua fala lembrou os duros tempos de penúria, de humilhação, a que eram submetidos os trabalhadotes rurais. Presentes ainda o cmpanheiro deputado federal José Airton, Moisés da Fetraece, Glaydson Mota da CUT, Josifran Alves companheiro vereador Petista de Itapajé, atual presidente do Sindicato, do cokega advogado Dimas Cruz (vereador de Itapajé), comp. Jonairton Alves, ex-vice-prefeito de Itapajé, que lembra quando, aos 10 anos de idade, viu um fazendeiro tentando comprar a sua mãe para que não defendesse um trabalhador e como essa não aceitou nem se vender, nem as intimidações, foi presa pelo latifúndio, que dominava o policiamento local. Esse episódio, lembra emocionado comp. Jonairton, marcou profundamente a sua infância, pois na escola ficava envergonhado, já que ficava imaginando o que tinha feito a sua mãe para ser presa, já que na sua cabeça de criança alguém só iria preso se roubasse ou matasse... Além dessa prisão arbitrária relata tantos outros episódios de agressão, intimidação, envenenamento d"agua, utilização de capangas para expulsar trabalhadores, que marcaram a luta de sua mãe e de seus companheiros do sindicato. Dona Francisca, hoje com 78 anos, e ainda na militância sindical, relata com firmeza a sua luta de 28 anos seguidos no Sindicato, historiando todas as perseguições que sofreu ao longo dos anos por conta dessa militância sindical, social e política, inclusive como uma das primeiras vereadoras do PT no Ceará (prisão arbitrária, agressão física contra si e seus filhos etc), patrocinadas pelos políticos conservadores e latifundiários do município...

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