quarta-feira, 18 de novembro de 2009

HERÓI FOI QUEM LUTOU CONTRA DITADURA E A TORTURA...

- A propósito dos comentários de um blogueiro anônimo, defensor da corrupção, da ditadura militar e da tortura, com ofensas e insultos à ministra Dilma Roussef, julgamos conveniente postar algumas informações acerca da prática da tortura na época da ditadura militar. A ministra Dilma, assim como muitos outros bravos brasileiros, está eternamente no coração e na memória histórica da Nação brasileira porque deram o melhor de si, de sua juventude, de sua bravura, para, à custa de muito sacrífico, fazer o bom combate de que fala São Paulo e derrotar, como derrotamos, a ditadura. Evidentemente, não esperamos que alguns tarados (sim, quem defende a tortura não passa de um tarado) defensores da ditadura, da corrupção e da tortura, vá se sensibilizar com os relatos do horror que a ministra Dilma combateu e enfrentou, mas que, pelo menos, possamos garantir que os mais jovens conheçam os fatos, a fim de não perdemos a memória história daquela fase do terror enfrentada pelos brasileiros e pela América Latina. Noutra postagem, divulgaremos algumas fotos.

Quais foram as torturas utilizadas na época da ditadura militar no Brasil?
por Roberto Navaro
Uma pesquisa coordenada pela Igreja Católica com documentos produzidos pelos próprios militares identificou mais de cem torturas usadas nos "anos de chumbo" (1964-1985). Esse baú de crueldades, que incluía choques elétricos, afogamentos e muita pancadaria, foi aberto de vez em 1968, o início do período mais duro do regime militar. A partir dessa época, a tortura passou a ser amplamente empregada, especialmente para obter informações de pessoas envolvidas com a luta armada. Contando com a "assessoria técnica" de militares americanos que ensinavam a torturar, grupos policiais e militares começavam a agredir no momento da prisão, invadindo casas ou locais de trabalho. A coisa piorava nas delegacias de polícia e em quartéis, onde muitas vezes havia salas de interrogatório revestidas com material isolante para evitar que os gritos dos presos fossem ouvidos. "Os relatos indicam que os suplícios eram duradouros. Prolongavam-se por horas, eram praticados por diversas pessoas e se repetiam por dias", afirma a juíza Kenarik Boujikain Felippe, da Associação Juízes para a Democracia, em São Paulo. O pau comeu solto até 1974, quando o presidente Ernesto Geisel tomou medidas para diminuir a tortura, afastando vários militares da "linha dura" do Exército. Durante o governo militar, mais de 280 pessoas foram mortas - muitas sob tortura. Mais de cem desapareceram, segundo números reconhecidos oficialmente. Mas ninguém acusado de torturar presos políticos durante a ditadura militar chegou a ser punido. Em 1979, o Congresso aprovou a Lei da Anistia, que determinou que todos os envolvidos em crimes políticos - incluindo os torturadores - fossem perdoados pela Justiça.

Arquitetura da dor
Torturadores abusavam de choques, porradas e drogas para conseguir informações

Cadeira do dragão

Nessa espécie de cadeira elétrica, os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques

Pau-de-arara

É uma das mais antigas formas de tortura usadas no Brasil - já existia nos tempos da escravidão. Com uma barra de ferro atravessada entre os punhos e os joelhos, o preso ficava pelado, amarrado e pendurado a cerca de 20 centímetros do chão. Nessa posição que causa dores atrozes no corpo, o preso sofria com choques, pancadas e queimaduras com cigarros

Choques elétricos

As máquinas usadas nessa tortura eram chamadas de "pimentinha" ou "maricota". Elas geravam choques que aumentavam quando a manivela era girada rapidamente pelo torturador. A descarga elétrica causava queimaduras e convulsões - muitas vezes, seu efeito fazia o preso morder violentamente a própria língua

Espancamentos

Vários tipos de agressões físicas eram combinados às outras formas de tortura. Um dos mais cruéis era o popular "telefone". Com as duas mãos em forma de concha, o torturador dava tapas ao mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que podia romper os tímpanos do acusado e provocar surdez permanente

Soro da verdade

O tal soro é o pentotal sódico, uma droga injetável que provoca na vítima um estado de sonolência e reduz as barreiras inibitórias. Sob seu efeito, a pessoa poderia falar coisas que normalmente não contaria - daí o nome "soro da verdade" e seu uso na busca de informações dos presos. Mas seu efeito é pouco confiável e a droga pode até matar

Afogamentos

Os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira ou um tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de água, forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento

Geladeira

Os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração superfrio e um sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos ficavam na "geladeira" por vários dias, sem água ou comida

4 comentários:

ATENTO disse...

Deodatim, li no jornal O Povo que o Tribunal escolhe hoje oito novos desembargadores. Porque que o Dr. Pedro Pia não aparece na Lista? Ele que fez um trabalho de ouro em Boa Viagem. Vc poderia nos explicar? Grato.

Eis os nomes que estão concorrendo:

> ANTIGUIDADE. Francisco Barbosa Filho, 18ª Vara Cível; Wilton Machado Carneiro, da 2ª Vara de Execuções Fiscais; Clécio Aguiar de Magalhães, da 14ª Vara de Família, e Francisco Auricélio Pontes, 13ª Vara de Família.

> MERECIMENTO. Carlos Rodrigues Feitosa (30ª Vara Cível); Durval Aires Filho (3ª Vara de Execuções Fiscais); Emanuel Leite Albuquerque (22ª Vara Cível); Francisco Martonio Pontes de Vasconcelos (3ª Vara da Fazenda Pública); Francisco
Suenon Bastos Mota (2ª Vara da Infância e da Juventude); Jucid Peixoto do Amaral (5ª Vara do Júri); Lisetede Sousa Gadelha (29ª Vara Cível); Manoel Cefas Fonteles Tomaz (23ª Vara Cível);
Paulo Camelo Timbó (8ª Vara Criminal); Sérgia Maria Mendonça Miranda (19ª Vara Cível) e Valdsen da Silva Alves Pereira (28ª Vara Cível).

Claudio disse...

É triste saber que ainda tem gente que defende a ditadura, a morte, a tortura de pessoas porque pensam diferente. quem lutou contra isso tudo merece o respeito e a admiração eterna dos brasileiros.

Anônimo disse...

Povo de Boa Viagem vejam que diferença o dr. deodatinho cada vez mais mostra trabalho e competencia em Fortaleza. Hoje só deu ele na televisao sempre fazendo coisa positiva, porisso é o secretario de maior participação, só quem faz isso é quem carater e decencia

Anônimo disse...

oh! ANONIMO VC TÁ DE BRINCADEIRA PEDRO PIA PARA DESEMBARGADOR? MEU DEUS..........