Os fracassos de Heloísa Helena e de Marina
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por Emir Sader
Duas candidaturas que poderiam levar à construção de forças alternativas no campo da esquerda fracassaram. Não pela votação que tiveram, mas justamente pela forma como a obtiveram, não puderam acumular forças para poder construir uma força própria. Erros similares levaram a desfechos semelhantes.
Lançaram-se como se fossem representantes de projetos alternativos, diante do que caracterizavam como abandono desse caminho por parte do PT e do governo Lula ou, no caso, especificamente da Marina, de não contemplar as questões ecológicas. Ambas tiveram em comum, seja no primeiro turno, seja no segundo, a definição de uma equidistância entre Lula e Alckmin, no caso de HH, entre Dilma e Serra, no caso da Marina.
Foi um elemento fundamental para que conquistassem as graças da direita – da velha mídia, em particular – e liquidassem qualquer possibilidade de construir uma alternativa no campo da esquerda. Era uma postura oportunista, no caso de HH, alegando que Lula era uma continuação direta de FHC; no caso da Marina, de que já não valeriam os termos de direita e esquerda.
O fracasso não esteve na votação – expressiva, nos dois casos – mas na incapacidade de dar continuidade à campanha com construção de forças minimamente coerentes. Para isso contribuiu o estilo individualista de ambas, mas o obstáculo político fundamental foi outro – embora os dois tenham vinculações entre si: foi o oportunismo de não distinguir a direita como inimigo fundamental.
Imaginem o erro que significou acreditar que Lula e Alckmin eram iguais! Que havia que votar em branco, nulo ou abster-se! Imaginem o Brasil, na crise de 2008, dirigido por Alckmin e seu neoliberalismo! Imaginem o erro de acreditar que eram iguais Dilma e Serra! E, ao contrário de se diferenciar e denunciar Serra pelas posições obscurantistas sobre o aborto, ficar calada e ainda receber todo o caudal de votos advindos daí, que permitiu a Marina subir de 10 a 20 milhões de votos?
Não decifraram o enigma Lula e foram engolidas por ele. O sucesso efêmero das aparições privilegiadas na Globo as condenaram a inviabilizar-se como líderes de esquerda. Muito rapidamente desapareceram da mídia, conforme deixaram de ser funcionais para chegar ao segundo turno, juntando votos contra os candidatos do PT. E, pior, o caudal de votos que tinham arrecadado, em condições especiais, evaporou. Plínio de Arruda Sampaio, a melhor figura do PSOL, teve 1% de votos. Ninguém ousa imaginar que Marina hoje teria uma mínima fração dos votos que teve.
Ambas desapareceram do cenário político. Ambas brigaram com os partidos pelos quais tinham sido candidatas. Nenhuma delas se transformou em líder política nacional. Nenhuma força alternativa no campo da esquerda foi construída pelas suas candidaturas. Haveria um campo na esquerda para uma força mais radical do que o PT, mas isso suporia definir-se como uma força no campo da esquerda, aliando-se com o governo quando ha coincidência de posições e criticando-o, quando ha divergências.
O projeto político do PSOL fracassou, assim como o projeto de construção de uma plataforma ecológica transversal – que nem no papel foi construída por Marina -, reduzindo-as a fenômenos eleitorais efêmeros. O campo político está constituído, é uma realidade incontornável, em que a direita e a esquerda ocupam seus eixos fundamentais. Quem quiser intervir nele tem de tomar esses elementos como constitutivos da luta política hoje. Pode situar-se no campo da esquerda ou, se buscar subterfúgios, pode terminar somando-se ao campo da direita, ou ficar reduzido à intranscendência.
(Extraído do Blog do Emir, editado pelo sociólogo Emir Sader, hospedado no Portal da Agência Carta Maior)
14 comentários:
Colegas blogueiros,
Duas grandes mulheres, duas grandes guerreiras e patriotas. Poderiam muito bem, estarem servindo ao País na Câmara Federal. Procuraram o caminho mais difícil, talvez se equivocaram. Mesmo assim, tiro o chapéu para às duas.
ROMBO DA PREVIDÊNCIA MUNICIPAL EM BOA VIAGEM-CE
Chamou nossa atenção pela descrição detalhada de todos os dados acerca do rombo q existe no Instituto de Previdência do Município de Boa Viagem-CE. Segue abaixo detalhamento feito por um servidor identificado como LUDIBRIADO E ARREPENDIDO no Blog da AM Liberdade:
"No intuito de solucionar as sanções impostas, o ex-Prefeito
(denunciante) informa que instaurou uma Comissão Processante incumbida de apurar a dívida da Prefeitura com o Instituto e identificar e relatar possíveis irregularidades ocorridas durante os exercícios de 1999 a 2004. “ Os resultados
da auditoria realizada foram:
1.“o acusado deixou de pagar parte das contribuições devidas
pela Administração ao IPMBV durante os exercícios de 1999 a 2004”, conforme
evidenciam as planilhas anexadas às fls. 55/58 dos autos;
2.os valores das contribuições inadimplidas, atualizadas para 31
de janeiro de 2008, atingiram as seguintes cifras:
–R$ 883.067,09 (oitocentos e oitenta e três mil e sessenta e
sete reais e nove centavos), corrigido pelo INPC,
correspondente à inflação oficial;
–R$ 1.017.031,05 (um milhão, dezessete mil e trinta e um
reais e cinco centavos), referentes aos juros de mora
previstos no art. 45, V, da Lei municipal n° 662;
3.descumprimento ao disposto na Lei Federal n° 9717/98, bem
como da Medida Provisória n° 2187-13/2001, uma vez que
não foram realizadas avaliações atuariais durante os seis
anos de mandato; 4.em 10/12/2003 foi sancionada a lei n° 850, com autorização
para pagar a dívida da Prefeitura com o IPMBV, no valor total
de R$ 256.299,67 (duzentos e cinqüenta e seis mil duzentos e
noventa e nove reais e sessenta e sete centavos) em 60
(sessenta) parcelas mensais, posteriormente a Lei n° 867
ampliou o número de 60(sessenta) parcelas para 100(cem)
parcelas. Entretanto, o valor de R$ 256.299,67 (duzentos e
cinqüenta e seis mil duzentos e noventa e nove reais e
sessenta e sete centavos), não decorreu de processo
administrativo de apuração da dívida, sendo o mesmo
arbitrado pelo denunciado. Após seis meses, o valor da dívida
não foi corrigido. “A despeito da edição das leis em
dezembro/2003 e junho/2004, o acusado continuou
inadimplindo contribuições
previdenciárias até outubro de
2004, conforme planilha de fl. 22 do PA1/08” anexa à fl. 57
deste caderno processual;
5.o acusado tinha ciência e consciência da dívida, tanto que
sancionou leis de sua iniciativa autorizando o parcelamento; 6.a inadimplência não decorreu de contingências (...)Salienta-se nesse ponto que as contribuições previdenciárias integram asdespesas de pessoal permanente da Administração Municipal
direta e indireta (…) nessa qualidade,as dotações
correspondentes eram obrigatoriamente contempladas em
todas as leis orçamentárias anuais”;
7.Com a alíquota de contribuição inferior ao estipulado no §1° do
art. 149 da Constituição Federal, o município deixou de
recolher a quantia de R$ 598.584,89 (quinhentos e noventa e
oito mil quinhentos e oitenta e quatro reais e oitenta e nove
centavos), atualizado pela taxa SELIC para 31 de janeiro de
2008;
(continua)
(continuação)
8.ao inadimplir contribuições o denunciado obrigou a Prefeitura
pelo valor correspondente; a correção monetária não alterou
substancialmente aquele valor; assim, há de se
responsabilizar a Prefeitura pelo quantia de R$ 883.067,09
(oitocentos e oitenta e três mil e sessenta e sete reais e nove
centavos), correspondente ao valor
corrigido pelo INPC; os
juros, porém não podem ser imputados à Fazenda Pública,
eis que representariam comprometimento patrimonial; porém,
o IPMBV não pode abdicar dos juros que, além de previsto
em lei, constituem a única receita proveniente da reserva
financeira r integram o custeio do plano de benefícios; resta
então responsabilizar o acusado pelo pagamento dos juros nomontante de R$ 1.017.031,05 (um milhão, dezessete mil e
trinta e um reais e cinco centavos);
9.Assim, a dívida alcançou o valor de R$ 2.498.683,03 (dois
milhões, quatrocentos e noventa e oito mil seiscentos e
oitenta e três reais e três centavos), relativo a R$ 598.584,89
(quinhentos e noventa e oito mil quinhentos e oitenta e quatro
reais e oitenta e nove centavos) que não foram retidos, mais
R$ 1.017.031,05 (um milhão, dezessete mil e trinta e um reais
e cinco centavos) relativo a juros, e mais R$ 883.067,09
(oitocentos e oitenta e três mil e sessenta e sete reais e nove
centavos), correspondente à inflação.'
É incrível como esse Deputado Antônio Carlos tem coragem de falar besteira para defender o Governador. O pior é que é sempre assim. Independente do nível do escândalo em que o Governo do Estado se meta, esse Deputado aparece para dizer que tudo não passou de um ato radical da oposição (Leia-se: Dep. Heitor Férrer, já que este é, virtualmente a única oposição dentro da Assembléia).
Esse lider do governo ANTONIO CARLOS, representa o seu patrão muito bem.Caro deputado,perguntamos onde fica o povo?.O PT se diz partido dos trabalhadores . Vamos focar a ética Sr. deputado.
Helrison, Alguém já foi preso?
Dr. Amãncio não seja inocente. Nem ninguém foi preso, nem será e ainda tem advogado influente pago com o nosso dinheiro. SE O SENHOR AINDA PENSA EM FORTE AQUI NA POLITICA DE BOA VIAGEM FAÇA UM ASSALTO AÍ NO RIO DE JANEIRO E PRONTO SERÀ FESTEJADO AQUI COMO CARDIAL OU COMO O NANDIM QUE FEZ TODA A PATIFARIA COM O DINHEIRO DOS SERVIDORES E COMO PRÊMIO FOI ELEITO PREFRITO DE NOVO, ASSIM É A POLÍTICA DE BOA VIAGEM. QUANTO SUJO O SUJEITO MAIS PRESTÍGIO ELE TEM. GUENTA POVÂO.
LURDINHA, O PIOR É QUE VC TEM RAZÃOA. KKKKKKKKKKKKKKKKK. ABRAÇOS
Enquanto a população vive o pânico da gripe H1N1, o mural de recados da Rádio do Prefeito trata de perfumaria e amenidades postado por meia dúzia de alienados e puxa-sacos.
Os fortalezenses elegerão, em outubro do próximo ano, um prefeito que não se preparou para administrar esta cidade, com visível carência de um administrador, não apenas bem intencionado, mas com a capacidade de gerenciar um expressivo volume de problemas acumulados nos últimos anos, além daqueles gerados, naturalmente, pelo crescimento natural das cidades e pelas necessidades de uma sociedade em constante desenvolvimento.
Toda esta faxina foi feita graças a imprensa e, principalmente a revista veja, que sempre foi e vai atras da noticia e das falcatruas que acontecem no governo.
Infelizmente a presidente sabe de tudo ( assim como seu chefe)mas finge que não vê e não ouve nada.Agiu por pressão popular e da midia.
Veremos se ela agora tera coragem para mudar a historia desse pais da corrupção e da impunidade.
PESSOAL, SE ELA QUER DIMINUIR O NUMERO DE MINISTERIOS,
TEMOS QUE APOIA-LA, – FALO SERIO – VOU INCENTIVAR. VOU DAR UMA TREGUA A PRESIDENTE DILMA.
QUERO VER SE E VERDADE QUE ELA TEM PEITOS DE ACO!!! DUROS, FORTES.
VAI DESAPARECER UM MONTE DE ONGs CORRUPTAS E FANTASMAS.
POR ISSO QUE OS PARTIDOS ALIADOS NAO QUEREM ABRIR MAO DAS TETAS.
CLARO!!! OBVIO!!! NAO QUEREM PERDER A VACA EM ANO DE ELEICAO.
INDEPENDENTE DE PARTIDO, TEMOS QUE APOIAR ESSA IDEIA.
PENSE BEM!!! TEREMOS MENOS ORLANDINHOS, WAGNER ROSSI, PEDRO NOVAIS,
LUPILANTRAS, NEGROMONTES E OUTRAS PRAGAS QUE SUGAM OS MINISTERIOS
24 HORAS POR DIA, 7 DIAS POR SEMANA, 365 DIAS POR ANO. LULA VAI CHORAR.
ALGUNS MINISTERIOS SE TRANSFORMARAM EM CAIXA DOIS, MENSALONGs,
CASA DA MAE JOANA, CAIXA REGISTRADORA DE PUTEIRO E POR AI VAI………
EU SO ACREDITO VENDO!!! SE ELA CONSEGUIR, E PORQUE TEM PEITO DE ACO…
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), faturou pelo menos R$ 2 milhões com sua empresa de consultoria, a P-21 Consultoria e Projetos Ltda., em 2009 e 2010, entre sua saída da Prefeitura de Belo Horizonte e a chegada ao governo Dilma Rousseff. Os dois principais clientes do então ex-prefeito foram a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o grupo da construtora mineira Convap. A federação pagou R$ 1 milhão por nove meses de consultoria de Pimentel, em 2009, e a construtora, outros R$ 514 mil, no ano seguinte.
A consultoria de Pimentel à Fiemg foi contratada quando o presidente da entidade era Robson Andrade, atualmente à frente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e se resumiu, de acordo com o atual presidente da Fiemg, Olavo Machado, a “consultoria econômica e em sustentabilidade”. No entanto, dirigentes da própria entidade desconhecem qualquer trabalho realizado pelo ministro.
O serviço à Convap durou de fevereiro a agosto de 2010, época em que Pimentel era um dos coordenadores da campanha de Dilma e viajava o Brasil com a candidata. Após a consultoria, a Convap assinou com a prefeitura do aliado de primeira hora de Pimentel, Márcio Lacerda (PSB), dois contratos que somam R$ 95,3 milhões.
Em maio deste ano, ao ser questionado durante viagem a Ipatinga (MG) a respeito das atividades da P-21 Consultoria e Projetos Ltda., já na condição de ministro, o petista não quis dizer quem eram os seus clientes e classificou o rendimento da empresa como “compatível com a atividade dela” e “nada extraordinário”.
MArina e Helóisa buscaram um novo caminho para preservarem a coerência pessoal. Bem diferente de boa parte do PT. E quem dos vermelhinho em boa viagem pode falar em sucesso político levando números em consideração...afinal, o discurso é que não estão preocupados com os números mas sim em não negociar posicionamentos e nas urnas o resultado é sempre o mesmo, fracasso e inexpressividade.
Tanto Marina quanto Heloisa são atores importantes na democracia brasileira e ambas permanecem construindo a movimentações políticas em acordo com o que professam. Talvez, se houvesse um interesse maior em pesquisar para fundamentar melhor esses artigos ao invés de parecer com o papagaio de pirata dos ferreira gomes, Antonio Carlos, não leriamos aberrações e opniões sem base como essas.
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