IPO do Facebook faz oito novos bilionários
Mark Zuckerberg, fundador da rede social, fica com uma bolada de US$ 19,3 bilhões, em 29º lugar, segundo lista da Bloomberg
RIO — A abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) do Facebook na Nasdaq mudou o mapa dos bilionários do planeta desde a sexta-feira. A empresa, que levantou US$ 18,4 bilhões no mercado, vale agora US$ 104,2 bilhões. Com isso, aos 28 anos recém-completados, o diretor-executivo e um dos fundadores da rede, Mark Zuckerberg, passa a ter US$ 19,3 bilhões, ficando como o 29º homem mais rico do mundo pelo ranking da Bloomberg em tempo real. Zuckerberg, que ajudou a fundar o que viria a ser a maior rede social do mundo num dormitório na Universidade de Harvard, há oito anos, foi dormir na sexta-feira mais rico do que os fundadores do Google, Sergey Brin e Larry Page. Além de Zuckerberg, há pelo menos mais sete novos ricaços.
O brasileiro Eduardo Saverin, de 30 anos, outro dos fundadores do Facebook, deixou a administração da empresa antes de o site virar mania entre internautas mundo afora. Mas guardou o suficiente em ações para também virar um bilionário, com uma fortuna estimada em quase US$ 4 bilhões, porque detinha 4% dos papéis da companhia antes do IPO. Ele vive atualmente em Cingapura e chegou a renunciar à cidadania americana recentemente para deixar de pagar US$ 67 milhões em impostos ao governo americano. Senadores americanos querem impedir que ele volte aos EUA depois dessa “manobra fiscal”.
Outro co-fundador, Dustin Moskovitz, 27 anos, que chegou a ser colega de dormitório de Zuckerberg em Harvard, também desponta na lista de magnatas da internet. Tem uma participação avaliada em US$ 5,08 bilhões. Ele chegou a ser chefe de tecnologia de informação da rede social, mas saiu em 2008 e fundou outra empresa. Christopher Hughes, 28 anos, que também ajudou a lançar a rede social, ainda mantém uma participação de US$ 841 milhões, segundo a Bloomberg.
Além dos criadores da rede social, executivos mais graduados da empresa também experimentam o gosto da riqueza repentina. Até o braço-direito de Zuckerberg na administração do Facebook, a americana Sheryl Sandberg, que ocupa o cargo de diretora-operacional da empresa, já pode se considerar uma bilionária. Com cerca de 27 milhões de ações, sua participação na companhia está agora avaliada em cerca de US$ 1 bilhão e ela ainda tem 14 milhões de unidades de ações restritas (que só podem ser compradas quando atingidas determinadas condições ou metas).
Primeiro investidor externo do Facebook, Peter Thiel aportou US$ 500 mil na empresa em 2004, no ano em que foi criada. Hoje suas ações do Facebook estão avaliadas em US$ 1,7 bilhão. Ele também foi um dos fundadores da rede de pagamento virtual PayPal.
Mas o investidor mais forte do Facebook é Jim Breyer, diretor-executivo do fundo de investimento Accel Partners, que aplicou inicialmente US$ 12,7 milhões em ações da rede social. Hoje a empresa tem cerca de 10% de participação no Facebook, avaliada em US$ 7,65 bilhões.
Mark Pincus, fundador da maior produtora de games em redes sociais, a Zynga, não ficou bilionário somente fazendo jogos, mas também porque tem 4,3 milhões de ações do Facebook. Terminou o dia com com uma fortuna de US$ 1,3 bilhão em ações, se considerado também o valor de sua participação na Zynga (13%).
Afastado da empresa, Sean Parker também tornou-se bilionário
A lista da Bloomberg, que aponta Zuckerberg em 29º lugar, é um pouco diferente de outra, da revista “Forbes”, principalmente porque separa as fortunas por indivíduos. É o caso, por exemplo, da família Walton, da Walmart, que a “Forbes” agrega. O mesmo se passa com os Koch, da Koch Industries, também nos EUA. Pela “Forbes”, até o início deste ano, o fundador do Facebook aparecia dono de US$ 17,5 bilhões em 35º lugar. Considerando a fortuna de sexta e mantidos os demais inalterados, Zuckerberg apareceria na “Forbes” em 23º lugar, atrás do megainvestidor George Soros (US$ 20 bilhões) e pouco à frente da família dona dos chocolates italianos Ferrero Rocher.
A estreia do Facebook em Nasdaq também tornou bilionário Sean Parker, que foi o primeiro presidente da empresa e terminou afastado em 2005 após ser detido por suspeita de posse de cocaína. Considerado um gênio para negócios na internet e espécie de mentor de Zuckerberg por um tempo, Parker, aos 32 anos, tem cerca de US$ 2,65 bilhões em ações da rede social.
Na Rússia, o homem mais rico do país, o já bilionário Alisher Usmanov, também engordou sua fortuna. Com um patrimônio avaliado em US$ 17,4 bilhões e 34º mais rico do mundo segundo a Bloomberg, Usmanov tem cerca de 80% das 85,6 milhões de ações do Facebook detidas pela Digital Sky Technologies (DST Global). Outra parte das ações (12,5%) desse fundo é detida pelo bilionário Yuri Milner, controlador da DST Global, que têm sua participação na rede social avaliada em US$ 409 milhões. Eles também investem na Zynga, no site de compras coletivas Groupon e no Twitter.
http://oglobo.globo.com/tecnologia/ipo-do-facebook-faz-oito-novos-bilionarios-4943922#ixzz1vQBknd00
Um comentário:
Bem que ele poderia destinar um pouco dessa grana para centros de reabilitação de pessoas com deficiências, já que o mesmo é tão eficiente!!! Justo, não???
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