sábado, 24 de novembro de 2012

O VELHO OPORTUNISMO DE SEMPRE... "DESDA" DA ÉPOCA DA ARENA!


Parece uma antiga história de livros infantis: ao tomar banho de rio com um grupo de amigos um menino, que gostava muito de pregar peças nos coleguinhas, começava a gritar "estou me afogando, estou me afogando", daí alguém vinha em seu socorro e ele, fazendo gozação, dizia às gargalhadas: "estou brincando...". Repetia, repetia, essa brincadeira. Um dia, quando de fato estava se afogando, gritou, gritou "estou morrendo, estou me afogando, glub, glub, glub..." Todos riram e ficaram acenando... Foi a última vez que foi visto. O rio o engoliu...Tudo a ver, inclusive quando ora bate no PT e no Lula e logo depois amacia, adula, como sempre faz nas épocas das eleições. Lembram da última: "O problema não é o PT; o PT é bom; o Lula é maravilhoso, é meu amigo, mas não será ele o prefeito de Fortaleza; A Dilma, bem a Dilma é sensacional, nossa parceira..." É assim desde a época da velha Arena - Aliança Renovadora Nacional...

Vejam:

O POVO de hoje (Érico Firmo):
O QUE CIRO REVELA SOBRE O FUTURO DA RELAÇÃO ENTRE PSB E PT
Ciro Gomes (PSB) voltou à tona na velha forma, conforme o jornal O Estado de Minas. Chamou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de “lobista” que, “negociava votos para o governo oferecendo emendas parlamentares”. Afirmou que a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, “não conhece as pessoas, não conhece a legislação e quando aprender o governo já terá terminado”. Com a titular das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi ainda mais desrespeitoso na desqualificação: “Não seria minha secretaria particular para assuntos subalternos”. Não foram só críticas a ministros: ele bateu em duas das auxiliares mais diretas de Dilma Rousseff e no responsável por uma das áreas mais estratégicas, que já comandou a articulação política no governo Lula. E também sobrou para o próprio ex-presidente, acerca da visita a Fortaleza para participar da campanha de Elmano de Freitas (PT). “Foi lá e perdeu, para se lembrar de que não é Deus, mas apenas uma pessoa especial”.
Embora seja aliado do Governo Federal, Ciro sempre se arvorou o direito de dizer o que bem entende. Sob determinado ponto de vista, não deixa de ser até uma virtude em meio tão afeito à dissimulação. O problema para o ex-deputado é que, com tal postura, sua verborragia simplesmente deixou de ser levada a sério. Perdeu o efeito. “Ah, é o Ciro”, é o comentário de desdém no meio político, diante de declarações que, na boca de alguém levado mais a sério, teriam efeito explosivo nas relações entre aliados. Já no mérito da declaração, há de se considerar que a equipe de Dilma é de fato, em grande parte, abaixo da crítica. Tanto que um batalhão já foi posto no olho da rua, embora os substitutos estejam longe de representar salto qualitativo. Mas não é apenas ela que tem colaboradores bem questionáveis, sob aspectos diversos. Tão mordaz nos comentários nacionais, ele deveria, para ser justo, estar mais atento ao que se passa no âmbito local. Assim como não é apenas Lula quem precisa ser lembrado de que não é Deus.

Isso à parte, Ciro também deu indicação de como pensa a relação com os petistas e o possível projeto do PSB: “Ninguém vai governar o Brasil tentando se contrapor ao PT. Vai perder todas as próximas eleições. É necessário propor algo novo. Caso contrário, vai apenas legitimar as vitórias dos petistas”. A mensagem é clara: os Ferreira Gomes bateram de frente com o PT em Fortaleza, mas não têm planos de fazê-lo em âmbito nacional. O caminho solo não é o mais provável e, se vier a ocorrer, será com a tentativa de construir uma espécie de terceira via. Coisa que Ciro tenta, sem sucesso, construir há mais de uma década. O fundamental é que Ciro não vê o futuro do PSB como antítese do PT. Mas como entroncamento do lulismo que tentará convencer o eleitor de que corrigiu alguns caminhos.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

POLÊMICAS À PARTE, DOS DOIS, FOI O PRIMEIRO QUE PROPORCIONOU TANTOS AVANÇOS E MUDANÇAS...

Da infância pobre para o comando do principal tribunal do país
Joaquim Barbosa: filho de pedreiro e faxineira assume a presidência do STF
Publicado: 22/11/12 - 8h00
Novidade no Supremo. Barbosa ao lado de Lula, na solenidade de nomeação ao STF, por indicação do próprio ex-presidente, que buscava um negro para um cargo representativo Jamil Bittar/Reuters/7-5-2003
BRASÍLIA — Joca, um dos oito filhos de um pedreiro que deixou Paracatu, Minas Gerais, para tentar a sorte em Brasília, no início da década de 1970, assume hoje, às 15h, a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Joca era o apelido de infância do ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes, de 58 anos, o primeiro negro a comandar a mais alta Corte do país. Implacável na condenação dos réus do mensalão e, às vezes, incisivo na forma de lidar com outros ministros, Barbosa assume gerando a expectativa de inaugurar uma nova fase no Judiciário
Barbosa chegou ao STF em 2003 por indicação do ex-presidente Lula. O presidente queria um negro para um cargo tão representativo e escolheu Barbosa, até ali um pouco conhecido procurador da República no Rio. Barbosa teve, então, que mostrar que a cor da pele poderia ter sido um ponto de partida, mas não o fator determinante na escolha. Ele tinha atrás de si uma carreira e notório saber jurídico, tal qual os demais colegas da Corte.
Em 2006, ainda um novato no STF, Barbosa deu mostras da independência e da firmeza que marcariam sua trajetória de juiz. Diante da desconfiança de alguns, o ministro acolheu quase na íntegra a denúncia do ex-procurador Antônio Fernando de Souza contra 40 réus do mensalão, entre eles o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado José Genoino, dois ex-dirigentes do PT, partido que viabilizara a chegada dele ao tribunal. Mas as surpresas não param por aí.
Barbosa conduziu com mãos de ferro o processo e acabou produzindo um relatório final considerado mais contundente e mais consistente que a denúncia do procurador-geral. Avesso a firulas, atropelou a resistência do revisor Ricardo Lewandowski a aspectos do relatório, ignorou arestas com o ministro Gilmar Mendes e, numa costura política com o ex-presidente Ayres Britto, conseguiu a condenação de 25 dos 40 réus, inclusive dos petistas.
Transmitido pela TV Justiça e com ampla cobertura da imprensa, o julgamento confirmou que Barbosa é mesmo direto no trato com os colegas. Nada muito diferente da assertividade que ele revelou nas votações de outros projetos importantes, que acabaram sendo aprovados pelo STF depois de acaloradas discussões.
— Ele foi muito duro (no julgamento do mensalão). Mas não podemos deixar de dizer que a atuação dele é coerente com tudo o que ele foi ao longo da vida. Ele sempre foi assim sério, cara fechada. Ele foi do Ministério Público e sempre expôs o que pensa. Ele é assim — resume Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado de Duda Mendonça, um dos réus do mensalão.
Barbosa marcou pontos importantes também na aprovação da Lei da Ficha Limpa, na permissão para pesquisas com células-tronco, e na união entre pessoas do mesmo sexo. Hoje, Barbosa é o juiz mais conhecido no país. Ele já negou que tenha intenção de fazer carreira política. Antes de se tornar celebridade, teve que percorrer longo caminho, marcado por disciplina, estudo e superação.
Negro, pobre e migrante, desembarcou em Brasília no início dos conturbados anos 1970 com um objetivo muito claro: fugir da pobreza e da irrelevância, sina reservada a milhares de outros jovens de mesma origem social. E foi o que ele fez. Depois de alguns bicos, foi chamado para trabalhar como digitador na gráfica do Senado.
Não era um grande emprego, mas ele não tinha escolha. O jovem Barbosa trabalhava das 18h às 4h da madrugada digitando textos para o “Jornal do Senado”, que, às 7h, já deveria estar sendo entregue no Senadinho, no Rio. Neste período, passou no vestibular para Direito, na Universidade de Brasília, e teve que se desdobrar para se manter na faculdade e no trabalho. Segundo antigos colegas, algumas vezes, Barbosa dormia na oficina porque não sobrava tempo para voltar para casa.
— Ele era compenetrado, muito atento no serviço. Era um dos melhores digitadores. Escrevia rápido e quase não cometia erros. Não nos dava nenhum trabalho — derrama-se o ex-coordenador de Produção Mário César Pinheiro Maia, chefe de Barbosa na gráfica e ainda hoje amigo do ministro.
Maia também era técnico do Photon, o time da gráfica em que Barbosa jogava como ponta-esquerda:
— Ele gostava de driblar, não soltava a bola. Era fominha, mas jogava bem.
Maia e outros amigos dos tempos de gráfica foram convidados para a posse de Barbosa, ou Quinca, como ele era conhecido no Senado.
— Quando ele não estava trabalhando, estava estudando. Teve uma vida sofrida, mas era bom menino — lembra José de Lourdes, parceiro de Barbosa em longas madrugadas de trabalho.
Quase sempre calado, Barbosa não aceitava provocação. Segundo Lourdes, certa vez, um colega faixa preta em judô fez uma brincadeira de mau gosto. Barbosa rasgou um palavrão e exigiu que o lutador se retratasse. Assim, impôs respeito.
Na UnB, Barbosa teve uma passagem discreta. No período, os estudantes estavam divididos entre progressistas, que queriam derrubar a ditadura militar, e conservadores, alinhados com o regime. Segundo o ex-reitor da UnB José Geraldo de Sousa, contemporâneo de faculdade do ministro, Barbosa era um reformista, queria mudar o sistema, mas dentro das regras estabelecidas:
— Era um período difícil. Os estudantes começaram a ser organizar com a criação do Centro Acadêmico e

domingo, 18 de novembro de 2012

Norman Finkelstein sobre o Conflito EUA-Israel versus Palestina. Imperdível. VIVA A PALESTINA!

QUADRO NOVO NO BLOG...


A partir deste domingo, e sem o prévio consentimento da autora, republicaremos neste blog os sempre lúcidos, humanos e instigantes escritos da querida Zenilde Vieira Bruno, Psicóloga, sexóloga e pedagoga, de raízes boa-viagenses, publicados semanalmente (aos domingos) no Jornal O POVO, onde ele nos traz bela lições de vida do cotidiano, das relações humanas, dos afetos, dos amores, enfim da vida... Boa leitura e boa reflexão a todos e todas...


ARTIGO
 18/11/2012

Essa tal solidão


"Solidão faz mal? Não. Se dela fizermos o caminho de crescimento singularidade pessoal"
Em plena explosão das redes sociais e das facilidades dos contatos físicos, emocionais e sociais, o que mais escuto é o lamento de que seu mal é a solidão. Que ficar só dói, fere, humilha, incomoda, abate a autoestima. Afinal ter alguém com quem partilhar a vida é, inegavelmente, muito bom. Só que, existem algumas parcerias em que se fica verdadeiramente solitário, sem trocas, sem comunhão, e onde se instala uma “solidão a dois”. Há parceiros que apenas emprestam seus corpos a um gozo tão econômico de afeto, que nem deixa saudades para um próximo contato. Há ainda outros pares que se maltratam, desrespeitam-se, e até se destroem. Pouco se lembra de que é possível partilhar algo de si, da vida, de modo muito agradável, simplesmente com uma pessoa amiga. É preciso desfazer o mito de que a solidão só se quebra tendo uma parceria dita “amorosa”.
Na verdade o sentimento de solidão fica intolerável quando o outro não nos alcança, não quer, não pode nos ouvir, ou não entende o que queremos dizer, seja de dor ou de alegria. Ou quando nós mesmos não sabemos fazer isso, não sabemos nos escutar, acolher-nos, considerar-nos. Somos uma cultura sem esse exercício de partilha e escuta.
Estudos atuais vem ressignificando à solidão, ao apontar as dimensões positivas que a experiência pode guardar. Não se trata necessariamente de uma situação desesperada e sofrida. “A solidão não é um tempo de abandono”, diz Phillis Hobe, “É, ou pode ser um tempo de ser ou tornar-se”. Pode ser, portanto, um lugar de confronto e de conforto, de diagnóstico e de cura. Os nossos acontecimentos interiores merecem todo o nosso afeto. Neste sentido também, a solidão torna-se uma aventura e até serve para nos lembrar de nosso destino relacional, nossa vontade de buscar o outro. Isso é diferente do isolamento em que nos colocamos, às vezes, de modo ofensivo.

Para Amparo Caridade, a solidão negativa é a marca do divórcio entre o indivíduo e sua própria existência. Enquanto expressão de insuficiência, ela emerge em meio às frustrações por falta de satisfação nos diversos campos da vida privada e coletiva. A capacidade de o indivíduo ficar só é um dos maiores sinais de amadurecimento emocional. Ter a capacidade de estar sozinho, refletir e deliberar sozinho, é inevitável e necessário para nos mantermos como seres singulares, como sujeitos morais, e em última instância como sujeitos políticos.
Solidão faz mal? Não. Se dela fizermos o caminho de crescimento e singularidade pessoal. Se for vista como condição humana, não como condenação, pode ser nosso lugar de construção e amadurecimento. Existencialmente falando, a questão vai mais além. Na verdade, nem temos como escapar da solidão, se nos permitirmos amadurecer, se nos permitirmos experienciar a falta de respostas às nossas indagações e aos nossos anseios. Ficamos assim, muitas vezes de mãos vazias, na solidão da falta de respostas porque, em última análise, sobretudo para o essencial, estamos sós. O essencial tem uma fundura própria, que só se alcança numa proximidade muito especial com o próprio eu. Isso se alcança na solidão. Na bendita solidão.
 Zenilce Vieira Bruno
zenilcebruno@uol.com.br - Psicóloga, sexóloga e pedagoga

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

"HERÓIS" E "BANDIDOS" DE OCASIÃO...


São ou não dois pesos e duas medidas? Ação penal contra o ex-presidente do PSDB parado no STF há 7 anos! Julgamento de todos, COM OBEDIÊNCIA DAS REGRAS DO ESTADO DE DIREITO e independente do(s) nome(s) que figure(m) na capa do processo...

STF 16/11/2012
Ação do mensalão mineiro está parada há 7 anos

A ação civil com pedido de ressarcimento de dinheiro aos cofres públicos por fatos relacionados ao mensalão mineiro está há sete anos parada no Supremo Tribunal Federal (STF). Nela, o Ministério Público pediu o bloqueio de bens até o limite de R$ 12 milhões do ex-governador, ex-presidente do PSDB e atual deputado federal Eduardo Azeredo e de outros dez requeridos - entre eles Marcos Valério Fernandes de Souza e o atual senador Clésio Andrade (PMDB-MG).
Além da ação civil, o suposto esquema de desvios de recursos públicos e de empréstimos fraudulentos para bancar a campanha à reeleição de Azeredo ao governo mineiro e de aliados em 1998 é alvo de três ações criminais, duas no STF e uma na Justiça mineira.
O relator da ação civil no caso é Carlos Ayres Britto, que se aposenta no domingo. O ministro que for indicado para substituí-lo deverá assumir a relatoria da ação, cujo prosseguimento aguarda, desde 2005, o julgamento pelo plenário de dois recursos de defensores. O processo (PET 3.067) poderá também ser redistribuído para outro membro da Corte.
A expectativa é que a ação civil do mensalão mineiro só volte a entrar na pauta do Supremo após a conclusão do julgamento do mensalão federal, que envolve pagamento de parlamentares no governo Lula.
Os procuradores e promotores apontam na ação civil que o governo de Minas autorizou de forma ilegal o pagamento de R$ 3 milhões das estatais Companhia Mineradora de Minas (Comig, atual Codemig) e Companhia de Saneamento do Estado (Copasa) para a SMPB, de Marcos Valério, com o objetivo de patrocinar o evento esportivo Enduro da Independência de 1998. Trata-se da maior parte do dinheiro do desvio apontado na ação criminal do mensalão mineiro. “O esquema delituoso verificado no ano de 1998 foi a origem e o laboratório” do mensalão federal, nas palavras do ex-procurador-geral da República Antonio Fernandes de Souza. (das agências)


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

PEDIRAM MINHA OPINIÃO SOBRE O ZÉ DIRCEU... VAMOS LÁ, PARTILHO DAS IDÉIAS VERTIDAS NO ARTIGO DO GRANDE LEONARDO BOFF.


Para além do “mensalão”

De saída quero dizer que nunca fui filiado ao PT. Interesso-me pela causa que ele representa pois a Igreja da Libertação colaborou na sua formulação e na sua realização nos meios populares
17/09/2012
 Leonardo Boff
Há um provérbio popular alemão que reza: “você bate no saco, mas pensa no animal que carrega o saco”. Ele se aplica ao PT com referência ao processo do “mensalão”. Você bate nos acusados, mas tem a intenção de bater no PT. A relevância espalhafatosa que o grosso da mídia está dando à questão mostra que o grande interesse não se concentra na condenação dos acusados, mas através de sua condenação, atingir de morte o PT.
De saída quero dizer que nunca fui filiado ao PT. Interesso-me pela causa que ele representa pois a Igreja da Libertação colaborou na sua formulação e na sua realização nos meios populares. Reconheço com dor que quadros importantes da direção do partido se deixaram morder pela mosca azul do poder e cometeram irregularidades inaceitáveis. Muitos sentimo-nos decepcionados, pois depositávamos neles a esperança de que seria possível resistir às seduções inerentes ao poder. Tinham a chance de mostrar um exercício ético do poder na medida em que este poder reforçaria o poder do povo que assim se faria participativo e democrático. Lamentavelmente houve a queda. Mas ela nunca é fatal. Quem cai, sempre pode se levantar. Com a queda não caiu a causa que o PT representa: daqueles que vem da grande tribulação histórica sempre mantidos no abandono e na marginalidade. Por políticas sociais consistentes, milhões foram integrados e se fizeram sujeitos ativos. Eles estão inaugurando um novo tempo que obrigará  todas as forças sociais a se reformularem e também a mudarem seus hábitos políticos.
Por que muitos resistem e tentam ferir letalmente o PT? Há muitas razões. Ressalto apenas duas decisivas.
A primeira tem a ver com uma questão de classe social. Sabidamente temos elites econômicas e intelectuais das mais atrasadas do mundo, como soía repetir Darcy Ribeiro. Estão mais interessadas em defender privilégios do que garantir direitos para todos. Elas nunca se reconciliaram com o povo. Como escreveu o historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma no Brasil 1965,14), elas “negaram seus direitos, arrasaram sua vida e logo que o viram crescer, lhe negaram, pouco a pouco, a sua aprovação, conspiraram para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que continuam achando que lhe pertence”. Ora, o PT e Lula vem desta periferia. Chegaram democraticamente ao centro do poder. Essas elites tolerariam Lula no Planalto, apenas como serviçal, mas jamais como presidente. Não conseguem digerir este dado inapagável. Lula presidente representa uma virada de magnitude histórica. Essas elites perderam. E nada aprenderam. Seu tempo passou. Continuam conspirando, especialmente, através de uma mídia e de seus analistas, amargurados por sucessivas derrotas como se nota nestes dias, a propósito de uma entrevista montada de Veja contra Lula. Estes grupos se propõem apear o PT do poder e liquidar com seus líderes.
A segunda razão está em seu arraigado conservadorismo. Não quererem mudar, nem se ajustar ao novo tempo. Internalizaram a dialética do senhor e do servo. Saudosistas, preferem se alinhar de forma agregada e subalterna, como servos, ao senhor que hegemoniza a atual fase planetária: os USA e seus aliados, hoje todos em crise de degeneração. Difamaram a coragem de um presidente que mostrou a autoestima e a autonomia do país, decisivo para o futuro ecológico e econômico do mundo, orgulhoso de seu ensaio civilizatório racialmente ecumênico e pacífico. Querem um Brasil menor do que eles para continuarem a ter vantagens.
Por fim, temos esperança. Segundo Ignace Sachs, o Brasil, na esteira das políticas republicanas inauguradas pelo PT e que devem ser ainda aprofundadas, pode ser a Terra da Boa Esperança, quer dizer, uma pequena antecipação do que poderá ser a Terra revitalizada, baixada da cruz e ressuscitada. Muitos jovens empresários, com outra cabeça, não se deixam mais iludir pela macroeconomia neoliberal globalizada. Procuram seguir o novo caminho aberto pelo PT e pelos aliados de causa. Querem produzir autonomamente para o mercado interno, abastecendo os milhões de brasileiros que buscam um consumo necessário, suficiente e responsável e assim poderem viver um desafogo com dignidade e decência. Essa utopia mínima é factível. O PT se esforça por realizá-la. Essa causa não pode ser perdida em razão da férrea resistência de opositores superados porque é sagrada demais pelo tanto de suor e de sangue que custou.
 *Leonardo Boff é teólogo, filósofo, escritor e dr.h.causa em política pela Universidade de Turim por solicitação de Norberto Bobbio.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

VALE A PENA SACRIFICAR O VOTO POR "TRINTA MOEDAS"?

O internauta AnônimoADRIANO NUNES escreveu o seguinte:
Eu pensei que este prefeito fosse demorar um pouco mais, mais parece que ele quis mostrar para funcionários que deixaram as salas de aulas para pedir voto para ele, vão ter que pedir por muito tempo, pois para se aposentarem terão que chegar aos sententa. hahahahahaha. e para pagar a campanha precisa de dinheiro do IPM ou vocês acham que o Argeu iria colocar o dele no fogo sem juros. hahahahaha e para nao esquecer: o ARGEU ja esta com a segunda prefeitura pronta. Corram atrás de emprego...É por tempo limitado, kikikiki