sexta-feira, 29 de março de 2013

NO DIA DA MENTIRA UMA MONSTRUOSIDADE DE VERDADE!


O Golpe Militar comemora 49 anos no Dia da Mentira - Jornalista Messias Pontes

Publicado: 29de março de 2013 às 15:25 | Autor: Eliomar de Lima

Com o título “Temos de ser intolerantes com a impunidade”, eis artigo do jornalista e radialista Messias Pontes. Ele aborda o Golpe Militar e as mentiras criadas, segundo diz, em torno dessa “grande tragédia” para o País. Confira:

Na próxima segunda-feira, 1º de abril, Dia da Mentira, completam 49 anos do início da terceira grande tragédia que se abateu sobre o Brasil: o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart, democraticamente eleito. Oficialmente a ditadura foi enterrada no dia 15 de março de 1985 com a posse de José Sarney na Presidência da República. Foram 21 longos anos de trevas, o mais longo período de falta de liberdade, de violenta e insana repressão onde imperava a barbárie: prisões ilegais, sequestros, torturas, estupros, assassinatos, ocultação de cadáveres e até a criação da figura do desaparecido político. Milhares de pais e mães de família foram demitidos de seus empregos, ficando na rua da amargura. Tudo com o irrestrito apoio da velha mídia conservadora, venal e golpista – com raríssimas exceções como o jornal Última Hora, de Samuel Wainer -; com a conivência dos setores conservadores da Igreja Católica, tudo a serviço das elites econômicas, do latifúndio e principalmente do imperialismo norte-americano.

O embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Lincoln Gordon, foi o grande articulador e coordenador do golpe de 1º de abril de 1964. As viúvas da ditadura militar tentam negar este fato, mas há provas incontestes, principalmente os documentos do Departamento de Estado daquele país que foram abertos ao público. O crime perpetrado pelos generais golpistas vende-pátria subverteu a ordem constitucional, a Constituição de 1946 foi por eles rasgada, e vários tratados internacionais dos quais o Brasil é signatários foram desrespeitados, como os que consideram a tortura crime contra a Humanidade, portanto inafiançável e imprescritível.

Mais de 50 mil brasileiros foram vítimas diretas (inclusive idosos, crianças e até bebês) e mais de 100 milhões vítimas indiretas. Contudo não foram só civis que amargaram o terror dos generais golpistas. Um número ainda incerto – há quem afirme ser de milhares – de militares democratas e patriotas foram perseguidos, demitidos, presos, torturados e até mortos. E não era só de baixa patente, não, generais também foram vítimas e o primeiro deles foi o general Eurípedes Zerbini, em São Paulo; o major da reserva Joaquim Pires Cerveira também foi perseguido, só que assassinado, como assassinado pelas costas foi o Capitão Carlos Lamarca.

Milhares de índios também foram assassinados pelos militares golpistas. Somente waimiri-atroari, no Norte do País, foram mais de dois mil, conforma informações do CIMI – Conselho Indigenista Missionário. Outro setor duramente perseguido foi da Igreja Católica progressista. Vários padres estrangeiros foram expulsos do País e muitos foram presos, torturados e até mortos, como o Padre Henrique, secretário de dom Hélder Câmara, este igualmente perseguido, tendo os militares do IV Exército metralhado a casa onde ele morava. Todos esses crimes continuam impunes e a Nação exige a apuração e punição de todos os culpados. Temos de ser intolerantes com a impunidade. Messias Pontes, Jornalista e radialista.

COMO SER A LUZ DO MUNDO?

"Vóis sois a luz do mundo; vóis sois o sal da terra". Que, de fato, o papa Francisco caminhe nessa direção. Também no campo político-administrativo, como cobra o jornalista Érico Firmo - O POVO de hoje - www.opovo.cm.br/política

terça-feira, 19 de março de 2013

BOTANDO OS PINGOS NOS IS... OU NÃO DAI A JOSÉ O QUE NÃO É DE JOSÉ!


SÃO JOSÉ 19/03/2013

Para cientistas, dia de São José não tem relação direta com inverno

Para meteorologistas, o dia de São José não deverá ser definidora da quadra chuvosa. Em 2012, ano de seca, Funceme registrou chuvas em muitas cidades no dia 19 de março
EVILÁZIO BEZERRA
Ao contrário do que indica a crença popular, chuvas de 19 de março, se vierem, nem sempre caracterizam o inverno

Os meteorologistas mandam um aviso alentador aos agricultores: a esperança de uma quadra chuvosa frutífera não precisa se acabar se hoje, no dia de São José, não houver chuvas pelo Ceará. Especialistas afirmam que não há relação entre a quantidade das chuvas no Estado e as precipitações que caem especificamente no dia 19 de março.
Não é possível fazer essa relação, porque os sistemas meteorológicos são mutáveis e não se reproduzem de maneira igual, afirma a meteorologista Raiane Araújo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No ano de 2011, por exemplo, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou chuvas em 43 postos de coleta do órgão, espalhados por cidades do Interior e na Capital; em 2012, foram 124 postos com chuva. Em 2011, a quadra foi um pouco acima da média, enquanto o ano passado deixou a marca desagradável da seca, uma das piores das últimas décadas.
Não é à toa que a crença tenha se estabelecido entorno de um dia do mês de março. O mês é um dos historicamente mais chuvosos do ano. “Há sempre uma probabilidade muito alta de que chova no dia 19 por ser um dia inserido quase no meio da quadra”, diz a meteorologista da Funceme, Cláudia Rickes.

Equinócio

A previsão para o dia de São José é céu de parcialmente nublado a claro com chuvas isoladas na faixa litorânea e no sul do Estado devido a um vórtice ciclônico de ar superior (VCAS), fenômeno atmosférico de baixa previsibilidade e que está mais relacionado às chuvas de pré-estação do que ao sistema climático que provoca precipitações na quadra chuvosa.

As condições para o fenômeno efetivamente causador da quadra chuvosa, a zona de convergência intertropical, estão desfavoráveis, porque a bacia do Atlântico Sul está com temperaturas neutras em suas águas - caso o ambiente fosse mais propício, a temperatura deveria estar maior. Por conta disso, a zona tem procurado temperaturas mais quentes da bacia do Atlântico Norte.
Com o dia de São José se aproxima também um fenômeno conhecido por equinócio e que não é benéfico para os agricultores. O primeiro equinócio do ano acontece entre os dias 20 e 21 de março.

Em linhas gerais, é a passagem da incidência solar mais intensa do hemisfério sul para o hemisfério norte. Assim, a probabilidade é de que as águas aqueçam ainda mais ao norte, diminuindo a força e a permanência das chuvas no Nordeste brasileiro.
ENTENDA A NOTÍCIA
A disputa entre sabedoria popular e conhecimento científico aqui no Ceará se dá de modo intenso no ambiente meteorológico: cientistas negam relação entre dia de São José e qualidade da quadra chuvosa.

Saiba mais
O prognóstico climático para a quadra chuvosa do Estado é atualizado mensalmente.
 Órgãos responsáveis pela previsão - como a Funceme, o Inpe e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) - devem se reunir próxima para estudar o ambiente.

No primeiro prognóstico, divulgado no final de janeiro, às vésperas de começar a quadra chuvosa, a Funceme previa 45% de chances de que as precipitações fossem abaixo da média história.
 O segundo prognóstico, mais otimista, previa que as chuvas fossem um pouco mais generosas: as chances eram de 40% para chuvas abaixo da média.

Nos últimos dias, voltou a chover de modo mais abrangente. Foram registradas chuvas em 50 cidades do Ceará
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sexta-feira, 15 de março de 2013

BOM DEMAIS. PAPA ROMPE COM A POMPA E COMEÇA COM O "PÉ ESQUERDO..."


CATOLICISMO

Pontífice promete fazer mudanças

15.03.2013
Especialistas analisam que elas serão superficiais e não atingirão a moralidade canônica da Igreja
Em seu primeiro dia útil como papa Francisco, o argentino Jorge Mario Bergoglio mandou ontem diversas mensagens de que defende mudanças na Igreja Católica. Com gestos simbólicos, também fez questão de sinalizar tempos de austeridade para a criticada instituição.


Apesar de considerarem que o papa deverá ser mais popular e mais próximo dos fiéis, especialistas avaliam que ele não deverá fazer mudanças estruturais e dogmáticas durante o seu papado. Segundo pesquisadores ouvidos pelo Diário do Nordeste, temas polêmicos e tabus na Igreja católica, aborto, casamento gay, uso de preservativos e pílulas anticoncepcionais deverão permanecer inalterados no Vaticano.

Prioridades são muitas

Para Rodrigo Franklin de Sousa, PhD e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie, são muitas as prioridades internas e externas que vão demandar a atenção do novo papa.

"As externas dizem respeito a como a Igreja vai lidar com o mundo ao seu redor, a perda de fiéis e de credibilidade por causa de tantos escândalos recentes, e como achar uma voz que comunique com o mundo. Internamente, ele precisará renovar a administração do Vaticano, buscando maior transparência, ética e um melhor funcionamento da máquina burocrática", avalia o professor.

Para o especialista, é preciso antes de mais nada que o papa Francisco mostre maior iniciativa em lidar com esses problemas. "Embora Bento XVI tenha, por exemplo, expressado publicamente seus sentimentos com relação às vítimas da pedofilia, não foi percebido como alguém que tomou atitudes concretas e enérgicas. Francisco deverá, no mínimo, lidar de forma mais ativa e transparente com estas questões urgentes", disse.

Mudanças pouco prováveis

A professora de Filosofia e Ética da Universidade de Fortaleza (Unifor), Sandra Helena Souza, também afirmou ser cética com relação a mudanças estruturais e na moralidade canônica.

"Isso para mim é muito pouco provável. Haverá sim um papa mais pop, pelo fato de ele ser latino. Ele assume o nome Francisco, que representa essa humildade, que não é um nome, é um programa, como foi dito pelo frei Beto. O nome tem um carisma interessante, de doação para os pobres, mas também de alheamento com as questões estruturais da Igreja".

De acordo com Sandra Souza, pode ocorrer um ajuste, com definições mais claras e alguns ordenamentos sobre transparência e a lisura, mas nada muito radical. "Tudo isso tem a ver com o histórico dele até aqui. Ao assumir esse lugar, enfim, ele pode surpreender", analisa. Para a professora, o histórico dele, de briga política na Argentina com o casal Kirchner mostra que ele não é um papa neutro.

Crise da modernidade

Para a professora, no momento atual, no qual o mundo vive a chamada "crise da modernidade secular", que engloba aspectos financeiros, políticos, morais, de segurança, não seria estratégico para a Igreja fazer mudanças radicais, de estrutura e, também, de dogmas. "Seria um risco muito grande. Em situações como essa, as pessoas procuram referências sólidas e talvez esse não seja o momento certo para se abrir, modernizar, flexibilizar. Ao contrário, é o momento para fechar posições, dogmatizar mais e poder dizer: aí fora vocês estão perdidos, mas aqui (na Igreja Católica), vocês tem segurança", explicou.

De acordo com Sandra Souza, o fato de o papa ser oriundo da América Latina pode ter sido negociado durante o processo de escolha. "Isso pode significar entregar os anéis, para não entregar os dedos. Eu cedo ao fato que a Igreja precisa se ampliar, sair do território europeu e vou para a América Latina, onde, inclusive eles perdem espaço rigorosamente para os neopentecostais. Mas, ao mesmo tempo, essa dimensão moral continua", disse.

O mestre em história e doutorando em sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Márcio Porto, tem opinião semelhante. "Não posso afirmar com toda segurança que isso foi decisivo na escolha, mas deve ter sido analisada e pesada dentro desse momento crítico da Igreja. Deve ter ser tido pauta de discussões", declarou.

Sandra Souza disse que há questões que têm de ser discutidas para revelar qual tipo de articulação foi feita para o papa ser eleito. "Deve ter havido uma grande estratégia para elegê-lo. Nessa estratégia deve ter toda a composição da Cúria. Como é que ele vai lidar com essa Cúria, ainda não se sabe pois ele não era um homem da Cúria".

O historiador Márcio Porto salientou que o papa vai ter que enfrentar as questões mais complicadas. "É preciso dar uma solução e resolver todos esses problemas internos", disse.

Já o filósofo Mario Sergio Cortella avaliou que papa Francisco deve corrigir o problema da baixa representatividade de latino-americanos no Colégio dos Cardeais. "Com todo respeito ao mundo italiano, é um contrassenso que a Itália tenha 27 cardeais e o Brasil, nove.
Na 1ª homilia, Francisco defendeu "bases sólidas"

O então cardeal de Buenos Aires, em 2008, durante visita a abrigo para usuários de drogas. A simplicidade é característica mais citada do novo papa FOTO: REUTERS

Roma Na primeira mensagem pastoral como pontífice, uma missa aos cardeais na Capela Sistina com transmissão pela TV, o papa Francisco defendeu que a igreja "caminhe" e seja "edificada" sobre bases sólidas. Caso contrário, disse ele, a poderosa instituição corre o risco de deixar de ser uma igreja e ser rebaixada a uma mera ONG beneficente. "A nossa vida é um caminho. Quando paramos, alguma coisa está errada", disse o escolhido para liderar 1,2 bilhão de fiéis.

O novo papa fez um chamado pela colaboração dos cardeais e estabeleceu uma espécie de lema para a Igreja em seu pontificado: caminhar, construir e difundir a palavra de Jesus.

"Nós podemos caminhar o quanto quisermos, podemos construir muitas coisas, mas se não confessarmos (professarmos) Jesus Cristo, a coisa não anda. Nos tornaremos uma ONG beneficente, mas não a igreja", disse. Ao reforçar o apelo à religiosidade, o novo papa citou uma frase dura do escritor francês Léon Bloy (1846-1917): "Quem não reza ao Senhor reza ao diabo". "Quando não se confessa Jesus Cristo, se confessa o mundanismo do diabo, do demônio", disse Francisco. Em seguida, ele disse que não adianta ao católico ocupar altos cargos na hierarquia da Igreja, caso vire as costas à cruz.

Coerência

A mensagem do novo papa foi recebida no Vaticano como um aviso de que religiosos devem zelar pela coerência entre palavras e ação, entre o que pregam e o que fazem.

A simplicidade é uma das qualidades mais destacadas de Bergoglio por quem o conhece. O cardeal chamava a atenção por andar de ônibus e metrô, dispensando o carro oficial da Arquidiocese, para celebrar missas em favelas e comunidades carentes da capital. Por lavar os pés dos doentes, fazer a própria comida e preferir uma batina preta ao traje de cardeal.

"Quando caminhamos sem a cruz, quando construímos sem a cruz e quando confessamos um Cristo sem a cruz, não somos discípulos do Senhor. Somos mundanos, somos bispos, padres, papas, mas não discípulos do Senhor", disse.

Francisco terá a missão de devolver credibilidade à Igreja, que enfrentou escândalos de abuso sexual e suspeitas de corrupção. Ao fim do jantar de festa pela sua eleição, na quarta-feira, o papa disse em tom bem-humorado aos cardeais que o escolheram: "Deus os perdoe pelo que vocês fizeram".

Em suas primeiras horas de pontificado, Bergoglio também chamou a atenção por quebrar o protocolo com gestos de humildade. Quando o conclave acabou, ele permaneceu de pé para receber cumprimentos na Capela Sistina, em vez de se sentar no trono de papa.


quinta-feira, 14 de março de 2013

BIENVENIDO HERMANO!


POLÍTICA 14/03/2013

A dimensão política da escolha por um controvertido papa

Bergoglio cobrou que a Argentina parasse de "rezar" para o FMI. "Não vamos a lugar nenhum, simplesmente nos endividaríamos ainda mais"

Dificilmente os sacerdotes reunidos na Capela Sistina poderiam fazer opção mais política, em diversas e até contraditórias dimensões. Agora papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio é provavelmente o cardeal mais envolvido em polêmicas deste mundo na atualidade, a ponto de comprar embates públicos com o governo argentino. Em questões comportamentais, é conservador – como praticamente todos os membros do conclave –mas tido como moderado, o que já representa avanço na direção progressista em relação a seus dois antecessores. É contra casamento gay, aborto, eutanásia, coisas do tipo. Por outro lado, é crítico das desigualdades, defende políticas sociais e de ajuda aos pobres, e combate políticas econômicas ortodoxas e tidas como neoliberais. Mas é acusado de envolvimento com a ditadura militar no País e até de suposta cumplicidade em sequestro de jesuítas no período. Seu nome é citado em diversos processos. Chegou ainda a emitir mensagens de “reconciliação” e “arrependimento” em apoio a recentes movimentos a favor da anistia para agentes do regime acusados de crime no período ditatorial. Quem convive com ele, por outro lado, menciona sua humildade e timidez, além do fato de ser normalmente calado. Anda de ônibus em Buenos Aires e cozinha a própria comida, por exemplo. Além disso, ficou famoso o episódio no qual lavou e beijou os pés de doentes de aids, ao repetir gesto bíblico. E teria sido sua própria rejeição à ideia de ser papa a responsável pela derrota no conclave que elegeu Bento XVI, em 2005, quando, segundo os relatos, ele foi o segundo colocado. Naquela época, ele era considerado a “oposição” moderada ao conservadorismo de Joseph Ratzinger.

Os embates políticos confrontaram-no com a própria Santa Sé, quando a nomeação de bispos argentinos, em 2006, passou por cima da cúpula da Igreja no País, supostamente por influência do à época secretário de Estado do Vaticano, Angelo Sodano, e o cardeal colombiano Adolfo Trujillo. Conforme noticiou à época o jornal Clarin, ambos eram considerados excessivamente conservadores pelo clero argentino – já tido como um dos mais retrógrados do mundo.

Outra dimensão política da escolha é, evidentemente, o fato de ser o primeiro papa não-europeu em quase 1,3 mil anos. E, sobretudo, um pontífice do Terceiro Mundo, latino-americano. Em 14 de fevereiro, a coluna já destacava que o eurocentrismo não condizia com a realidade da Igreja, muito menos o colégio de eleitores. Calcula-se que quase metade dos católicos do mundo vive no continente americano. Contudo, só a Itália tinha 21 cardeais com direito a voto no conclave – mais que os 19 de toda a América Latina. A escolha de Francisco pode sinalizar ao menos o início da adequação desse eixo de poder à realidade da base da fé cristã.

A VISÃO ECONÔMICA DO PONTÍFICE
Um dos aspectos mais interessantes da atuação política de Bergoglio é sua oposição às políticas econômicas adotadas na Argentina, sobretudo durante a aguda crise da virada do século. Em 2001, ele disse que “há pobres perseguidos por pedir trabalho e ricos que fogem da Justiça. Gente que chora pela violência e gente que joga comida fora”. Um ano mais tarde, cobrou que o País parasse de “rezar” para o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Não vamos a lugar nenhum, simplesmente nos endividaríamos ainda mais”, afirmou.

“GUERRA SANTA” CONTRA CASAMENTO GAY E GOVERNOS DOS KIRCHNER
Com os governos de Néstor e, mais tarde, Cristina Kirchner, o agora papa travou abertas guerras políticas. A ponto de o ex-presidente ter até mesmo transferido a tradicional missa de ação de graças pelo aniversário da Argentina da catedral de Buenos Aires para a cidade de Santiago del Estero. O principal conflito foi relacionado à lei que passou a permitir casamento entre pessoas do mesmo sexo, definida por ele como “movimento do demônio”, contra a qual moveu “guerra de Deus”. Por outro lado, Bergoglio ressalta, também, a importância do respeito aos homossexuais - o que, nessa matéria, já o coloca em posição mais avançada que o da maioria de seus pares.
De modo que, com sua escolha, a Igreja emite sinais diversos: não deverá haver mudança em relação ao casamento gay ou aborto, mas há expectativa de aprofundamento do trabalho social da Igreja e do engajamento na luta contra as desigualdades. Já em relação à ruptura com o eurocentrismo e à aproximação com os países subdesenvolvidos, convém aguardar para observar se a Santa Sé irá além da mera simbologia da escolha por um sul-americano
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segunda-feira, 11 de março de 2013

QUEM MENTIU? QUEM RASGOU A CONSTITUIÇÃO? QUEM LEVOU À LONA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DE IMPRENSA?

O documentário "The revolution will not be televised" (A revolução não será televisionada), filmado e dirigido pelos irlandeses Kim Bartley e Donnacha O'Briain, apresenta os acontecimentos do golpe contra o governo do presidente Hugo Chávez, em abril de 2002, na Venezuela. Os dois cineastas estavam na  Venezuela realizando, desde setembro de 2001, um documentário sobre o presidente Hugo Chavez e o governo bolivariano quando, surpreendidos pelos momentos de preparação e desencadeamento do golpe, puderam registrar, inclusive no interior do Palácio Miraflores, seus instantes decisivos, respondido e esmagado pela espetacular reação do povo. 

Vídeo com legendas em português http://www.youtube.com/watch?v=_DvqSnSUTt0 __. __._,_.___

Que belíssima lição de politização e de bravura democrática deu o povo venezuelano, em abril de 2002, enxotando os golpistas do palácio Mira Flores e recolocando o presidente democraticamente eleito de volta ao poder. 

sexta-feira, 8 de março de 2013

Vídeo de João Santana em homenagem a Chávez

DOIS MILHÕES, NAS RUAS, PRANTEIAM HUGO CHAVEZ... FILAS DE ATÉ DEZESSEIS HORAS PARA VER O CORPO!


Venezuela homenageia Hugo Chávez com cortejo fúnebre

Milhares de partidários participaram da primeira cerimônia do velório do presidente da Venezuela.
07/03/2013 00h00
Caracas - O cortejo fúnebre com o corpo do Hugo Chávez, morto na terça-feira, aos 58 anos, após uma batalha de quase dois anos contra um câncer, partiu às 10h45 locais (12h15 de Brasília) de ontem do hospital militar de Caracas, onde o presidente venezuelano havia sido internado após voltar de Cuba em 18 de fevereiro.
Vestidos de vermelho, cor símbolo da chamada Revolução Bolivariana chavista, parentes, equipe de governo e milhares de partidários honraram o líder venezuelano, cujo corpo está em um caixão coberto pela bandeira do país.
"Chávez ao panteão!", gritavam seus partidários referindo-se ao mausoléu que ele construiu para abrigar os restos do herói da independência Simón Bolívar, herói da independência do século 19 que Chávez dizia ser sua maior inspiração. Muitos choravam e aplaudiam segurando fotos de Chávez na despedida.
Leia mais na edição on line de O Estado.

quarta-feira, 6 de março de 2013


HASTA SIEMPRE PRESIDENTE DEL PUEBLO!


Maduro sobre partida de Chávez: su espíritu anda libre protegiendo a nuestro pueblo (+Video)
NACIONALES - hace 5 horas

En declaraciones a Telesur, informó: “hemos revisado con todos los gobernadores, con la Fuerza Armada Nacional Bolivariana, y hay paz y tranquilidad en todos el país”./ (Imagen de VTV).
“Su espíritu anda libre, anda lleno de luz protegiendo a nuestro pueblo. Nuestro pueblo está en las calles expresando su solidaridad, sus sentimientos”, manifestó el Vicepresidente de la República, Nicolás Maduro, en referencia al Presidente Chávez.
En declaraciones a Telesur, que transmitió VTV, informó: “hemos revisado con todos los gobernadores, con la Fuerza Armada Nacional Bolivariana, y hay paz y tranquilidad en todos el país”.
“La paz era su anhelo central en la vida, construir la paz con justicia con igualdad, redimiendo al humilde”.
“Tenemos un sentimiento de un gran vacío que solo lo llena la solidaridad y el acompañamiento colectivo. Estar todos juntos como familia”.
“Si algo hemos recogido en los comunicados de todos los gobiernos del mundo, la ONU, la OEA, Celac, Alba, Petrocaribe, es el reconocimiento al carácter de redentor de los pobres. Le agradecemos a los presidentes, gobierno, líderes del mundo”, señaló.
“Él es hoy la encarnación de las ideas y del espíritu más luminoso de una país que es y quiere ser grande, que es y quiere ser justa, libre e independiente. Eso está aquí de ahora y para siempre”.
“Tenemos un sentimiento de un gran vacío que solo lo llena la solidaridad y el acompañamiento colectivo, estar todos juntos como familia”.
“Formó en nosotros grandes valores de lealtad. La palabra clave de esta revolución es la lealtad. Hemos sido leales a Hugo Chávez en vida, seamos leales a Hugo Chávez y a su legado ahora que ha transcendido”, llamó el alto funcionario..

VAMOS NÓS: Hugo Chavez, com seus erros e acertos próprios de quem é humano, será lembrado e reverenciado não apenas na Venezuela, mas em toda a América Latina, como um revolucionário que, pela via do voto, assentou as bases políticas, sociais e econômicas para as as transformações populares na nação venezuelana, com repercussão e reprodução em vários países latinos. Combatido pela elite corrupta da venezuela, que patrimonialísticamente se aproveitavam das riquezas do País, conquistou o coração do seu povo e com massivo apoio popular abriu espaços de acesso ao poder às grandes massas. Ganhou eleição; posto nas cordas, submeteu-se a referendo popular para saber se continuava no poder ou não e novamente saiu vitorioso. Agora é torcer para que a revolução bolivariana, que tem como fonte inspiradora a solidariedade, a partilha da riqueza nacional com seu povo e o sonho do socialismo, não seja interrompida. O seu legado somente será conhecido agora, repetindo sempre a manipulação, especialmente da grande mídia transnacional, que sempre escondeu a realidade da Venezuela de antes e depois do governo chavista, quando não projetava mundo afora mentiras, falsificações. Agora é hora também, e nessa linha, de conviver com inúmeros discursos hipócritas aparentemente fazendo justiça ao legado de Hugo Chavez.
                                                   
                                                         HASTA SIEMPRE PRESIDENTE!



domingo, 3 de março de 2013

A HISTÓRIA DE QUEM TEM HISTÓRIA PARA CONTAR...


Josifran Alves, atual presidente do combativo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itapajé




Companheira, guerreira, Francisca Alves (liderança do sindicato a 28 anos)

Alcides Pinto, primeiro presidente (1963)
 
Neste domingo tive uma agenda toda especial: participar a comemoração dos 50 anos do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itapajé, que, além da identidade na luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, tenho a honra de ter o meu escritório de advocacia fazendo a assessoria jurídica (preventiva e contenciosa) desse combativo sindicato já há mais de 10 anos, desde quando era presidido pela nossa grande companheira Petista, dona Francisca Alves (que descobri anos depois ser minha parenta pelo lado de seu pai Antônio Alves de Oliveira - tb Cavalcante, como meu saudoso avô Domingos Alves Cavalcante, do Marruás). Na celebração rememoramos toda essa caminhada, inclusive com o depoimento do primeiro presidente, comp. Alcides Pinto, hoje com 84 anos, que em sua fala lembrou os duros tempos de penúria, de humilhação, a que eram submetidos os trabalhadotes rurais. Presentes ainda o cmpanheiro deputado federal José Airton, Moisés da Fetraece, Glaydson Mota da CUT, Josifran Alves companheiro vereador Petista de Itapajé, atual presidente do Sindicato, do cokega advogado Dimas Cruz (vereador de Itapajé), comp. Jonairton Alves, ex-vice-prefeito de Itapajé, que lembra quando, aos 10 anos de idade, viu um fazendeiro tentando comprar a sua mãe para que não defendesse um trabalhador e como essa não aceitou nem se vender, nem as intimidações, foi presa pelo latifúndio, que dominava o policiamento local. Esse episódio, lembra emocionado comp. Jonairton, marcou profundamente a sua infância, pois na escola ficava envergonhado, já que ficava imaginando o que tinha feito a sua mãe para ser presa, já que na sua cabeça de criança alguém só iria preso se roubasse ou matasse... Além dessa prisão arbitrária relata tantos outros episódios de agressão, intimidação, envenenamento d"agua, utilização de capangas para expulsar trabalhadores, que marcaram a luta de sua mãe e de seus companheiros do sindicato. Dona Francisca, hoje com 78 anos, e ainda na militância sindical, relata com firmeza a sua luta de 28 anos seguidos no Sindicato, historiando todas as perseguições que sofreu ao longo dos anos por conta dessa militância sindical, social e política, inclusive como uma das primeiras vereadoras do PT no Ceará (prisão arbitrária, agressão física contra si e seus filhos etc), patrocinadas pelos políticos conservadores e latifundiários do município...