O vereador Deodato Ramalho (PT) relembrou momentos do período da ditadura e do golpe militar de 1964, que completa 51 anos nesta quarta-feira (01 de abril). O pronunciamento foi feito no plenário, durante o grande expediente da sessão da Câmara Municipal de Fortaleza desta terça-feira, 31.
O parlamentar lembrou que o golpe militar de 64 começou a ser gestado, no mínimo, dez anos antes, em 1954, quando a direita civil e militar tentou dar o golpe, que acabou levando ao suicídio o presidente Getúlio Vargas. “A sociedade brasileira, historicamente, sempre foi comandada pelas velhas oligarquias, pelos direitistas e pelo grande capital. As camadas populares nunca tinham tido espaço no poder até Getúlio Vargas assumir, que implantou mudanças legais com o apoio da esquerda.”, lembrou.
O vereador explicou que, depois do episódio de Getúlio, as tentativas de quarteladas prosseguiram tendo como ponta de lança o golpista, misto de político e jornalista, Carlos Lacerda e militares, com o apoio de parte da imprensa conservadora, “Apesar de ser elogiado pela sua inteligência e boa oratória, ele sempre foi um grande golpista. Desde a época de Getúlio, Juscelino Kubistchek até o golpe de 64 com o presidente João Goulart.”, explicou.
Deodato lembrou que a tentativa de golpes contra Juscelino, que tinha o golpista Carlos Lacerda como de seus líderes, resultou frustrada pelo contra-golpe, comandado pelo General Teixeira Lott. “Lacerda foi se refugiar em Cuba, que ainda estava sob o regime da ditadura de Fulgêncio Batista“ salientou.
Segundo o vereador é preciso avivar a memória da população sobre esse período obscuro da história do Brasil. “Na época da ditadura, a luta pela democracia levava à prisão, exílio, tortura e morte. Essa é a diferença abissal entre defender a democracia numa ditadura e defender a ditadura numa democracia. Por isso a necessidade de não permitirmos que a memória histórica seja esquecida”, reforçou o vereador.
Projeto de Lei 980/2015
Deodato também anunciou que fez uma moção de apoio ao projeto de lei 980/2015, de autoria do deputado federal Wadson Ribeiro, que criminaliza a apologia ao retorno da ditadura militar ou a pregação de novas rupturas institucionais.
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