terça-feira, 10 de maio de 2011

E A APURAÇÃO DO FURTO DE ÁGUA DA PREFEITURA DE BOA VIAGEM, COMO ANDA?

Prefeito alagoano acusado de furtar água
Fonte: O POVO Online/OPOVO/Politica

O prefeito do município de Campo Grande (AL), Arnaldo Higino Lessa (PTB), foi denunciado pelo Ministério Público Estadual de Alagoas por ter supostamente desviado água da rede de abastecimento da cidade para sua fazenda.

O crime de furto qualificado mediante fraude foi ajuizado no Tribunal de Justiça, segundo nota divulgada ontem no site da Procuradoria.

A descoberta da ligação clandestina na fazenda do prefeito aconteceu quando a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), motivada por reclamações de moradores, realizou vistoria na rede de abastecimento.

O “gato” de Higino Lessa provocava falta de água em três povoados: Cabaças, Traíras e Capim. O prefeito mantém na fazenda um parque de vaquejada - atividade recreativa-competitiva onde cavalos são utilizados para conduzir bois.

O furto de água não é o único escândalo ligado ao prefeito de Campo Grande desde que ele foi reeleito, em 2008. No início de seu segundo mandato, relatório do Conselho Estadual de Educação do Estado de Sergipe incluiu o nome de Higino Lessa entre os políticos alagoanos beneficiados por um centro educacional que emitia certificados de conclusão de curso falsificados.

No ano passado, o petebista chegou a ser afastado do cargo por dois meses enquanto uma denúncia de compra de votos era apurada. (da Agência Estado)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

FALTA DE CREDIBILIDADE DO PREFEITO DE BOA VIAGEM RETIROU A CHANCE DE TERMOS O HOSPITAL.


A decisão de localização do hospital regional, no município de Quixeramobim, deixou mais uma vez patenteada a absoluta falta de credibilidade do prefeito Fernando Assef. É inacreditável que um município como Boa Viagem, que geograficamente se situa em área estratégica do Sertão Central, tenha conseguido apenas o voto da Câmara Municipal de Arneiroz. A inação do "gestor" municipal em promover ações efetivas junto aos municípios que participaram da votação demonstrou, de modo cabal, o desastre político-administrativo a que estamos submetidos. A rigor, pelo que podemos constatar em conversas com prefeitos e lideranças da região, o prefeito Fernando Assef não foi capaz de articular nenhuma liderança em favor de Boa Viagem, nem mesmo o seu deputado federal, cujo município estaria mais bem assistido se o hospital viesse para o nosso município. Impressionou, sobretudo, a demora incompreensível do relapso prefeito Fernando Assef em fazer qualquer movimentação junto aos votantes, o que só veio a ocorrer após a campanha encetada por nós aqui da Rádio Liberdade. Mesmo assim, a primeira manifestação pública do ineficiente prefeito foi desastrosa, parecia até que, de fato, pouco lhe interessaria a vinda do hospital para Boa Viagem. De fato, outra não pode ser a conclusão quando analisamos a absurda declaração de que não havia tido tempo de conversar com os prefeitos, vereadores e demais lideranças da região. Com uma declaração dessas, da maior autoridade do município, Boa Viagem não precisaria mais de ninguém torcendo contra. É como diz o dito popular: com um amigo desses Boa Viagem não precisa de inimigos.
O processo todo demonstrou que o corpo eleitoral que decidiu a parada também levou em consideração a situação político-administrativa de cada município que disputava o empreendimento. Não por acaso Boa Viagem e Canindé foram os mais fragilizados na disputa. Por que isso ocorreu? É simples entender a equação: são os dois municípios cujas administrações são mais mal avaliadas na região. Não é demais repetir que um hospital regional, destinado a atender os casos de alta complexidade, necessita ser ancorado por um sistema municipal de saúde razoavelmente bem estruturado (atendimento básico pelo PSF e hospital municipal que atenda a contento as necessidades de baixa e média complexidade).
Como se encontra o Programa de Saúde da Família e a Casa de Saúde Adília Maria?
Amanhã, no Liberdade a Voz do Povo, confiram a cobertura feita pelo radialista Roberta Silva. O depoimento do prefeito de Antônio Goes, de Pedra Branca dá uma pequena mostra da credibilidade do nosso prefeito.

DIA D. BOA SORTE BOA VIAGEM!

Eleição define cidade que receberá hospital regional

Será escolhida hoje a cidade que receberá o Hospital Regional do Sertão Central. Boa localização é o principal argumento dos municípios que disputam a obra

09.05.2011| 01:30 - O POVO

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Nova unidade de saúde será construída nos mesmos moldes do Hospital do Cariri (RAFAEL CAVALCANTE) Nova unidade de saúde será construída nos mesmos moldes do Hospital do Cariri (RAFAEL CAVALCANTE)

Não é ano eleitoral, mas o clima é de campanha no Interior. Os municípios de Boa Viagem, Canindé, Quixadá e Quixeramobim disputam a sede do futuro Hospital Regional do Sertão Central.

A decisão sobre onde será construído o hospital sai hoje de manhã, em eleição às 9 horas, no Centro de Convenções. Os outros 16 municípios da Região que não disputam a sede têm direito a voto.

Em abril, prefeitos e vereadores dos quatro municípios que estão no páreo foram a campo para convencer os representantes das cidades vizinhas.

Muito gogó e apertos de mão foram gastos em visitas de cortesia e anúncios em carros de som, rádios e jornais. Para contribuir no debate, O POVO procurou os quatro municípios para saber por que eles devem sediar o hospital.

Em visita aos municípios de Arneiroz, Aiuaba e Tauá, no Sertão de Crateús, o prefeito de Boa Viagem, Fernando Assef, defende que o município é o mais bem localizado entre as cidades candidatas. “A menor distancia pode salvar uma vida. De Boa Viagem, não tem nenhum município (da Região) a mais de 200 km”, calcula.

Para Assef, também contam a favor de Boa Viagem uma casa de apoio para os pacientes e bem estruturado projeto de esgoto para o hospital. “Os pacientes que não puderem ficar na casa de apoio vão poder voltar para almoçar na própria cidade, por conta da localização”, avalia.

O prefeito de Canindé, Cláudio Pessoa, diz que o município está “na briga” e já conta com votos fechados de pelo menos três municípios próximos. Ele também cita a boa localização do terreno de Canindé, às margens da BR-020, como ponto forte do município. “Temos bom fornecimento de água e esgoto, teremos atendimento do Samu e a policlínica está em construção bem adiantada”, enumera.

Segundo Pessoa, também pesam a favor do município o turismo religioso e o fato de 2 milhões de pessoas passarem por Canindé por ano.


Apoio

Para o secretário de obras de Quixadá, Carlos Augusto Cavalcante, a cidade foi preparada ao longo do tempo pelo Governo do Estado para ser sede de uma unidade hospitalar de grande porte. Ele cita a existência do aeroporto regional e do hemocentro regional como dois equipamentos que darão apoio ao futuro hospital.

Além disso, Cavalcante classifica o município como “maior polo universitário fora de Fortaleza” e sede de sete cursos de nível superior na área de saúde. “Diferente de outros municípios, Quixadá atende aos critérios do Ministério da Saúde de assistência, regulação (de leitos) e ensino e pesquisa”, avalia.

O secretário não deixa de citar o sempre lembrado argumento da localização. “O terreno do hospital fica a mil metros do aeroporto. A cidade toda fica num raio de 1km e é em torno de 100 km a maior distância para o município mais distante”, aponta.

O POVO tentou contato, durante dois dias da semana passada, com a prefeitura de Quixeramobim. Ninguém atendeu nos números da prefeitura e no celular do prefeito, Edmílson Vasconcelos Júnior.

Onde

ENTENDA A NOTÍCIA

O Sertão Central será a terceira região do Ceará a receber hospital de alta complexidade. Além do inaugurado Hospital do Cariri, deve ficar pronto até o fim do ano o Hospital da Região Norte, em Sobral.

COMO SERÁ A ELEIÇÃO


Quatro municípios apresentaram proposta de terreno para receber o Hospital. São eles: Boa Viagem, Canindé, Quixadá e Quixeramobim.

Tem direito a voto os outros 16 municípios da Região: prefeitos, presidentes da Câmara Municipal e presidente do Conselho Municipal de Saúde de cada município tem direito a um voto cada.

O peso dos votos é proporcional à população de cada um dos 16 municípios votantes. Um voto de município com 50 mil habitantes, por exemplo, tem peso 50.

A eleição é aberta, realizada em dois turnos. Para levar no primeiro turno, o município deve ter metade dos votos mais um.

Em caso contrário, a eleição vai para segundo turno, entre os dois primeiros colocados. Vence o município que tiver a maioria absoluta
dos votos.

Thiago Mendes
thiagomendes@opovo.com.br

domingo, 8 de maio de 2011

CRACK, SÓ SE FOR DE BOLA! CUFA E FALA FAVELA FINCANDO O PÉ EM BOA VIAGEM.


Nesse fim de semana, graças a Deus, conseguimos dar prosseguimento às articulações que há um bom tempo estávamos fazendo para trazer a Boa Viagem a Cufa - Central Única de Favelas e o Fala Favela, movimentos sociais que desenvolvem um extraordinário trabalho com a juventude brasileira e cearense, especialmemte da periferia das cidades, descobrindo e desenvolvendo talentos, criando e dando oportunidades para que esses talentos desabrochem e não caiam no pavoroso e mortal mundo da droga. Como disse na Rádio Liberdade o brother DJ Doído (Cristiano), que juntamente com o mano Davi , deu a oficina, a bola agora fica com cada um. Vamos em frente. Vida longa a essa nossa iniciativa. Todo apoio à galera do hip hop, do rap e do grafite de nossa Boa Viagem. "Vamos juntos e misturados", como diz o mano Preto Zezé, presidente macional da CUFA.

HOMENAGEM DO BLOG DA LILI A TODAS AS MÃES!






Para Sempre - Poema para o Dia das Mães

Por que Deus permite que as mães
vão-se embora?

Mãe não tem limite,é tempo sem hora,
luz que não apaga

quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido

na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento.

Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça, é eternidade.

Por que Deus se lembra - mistério profundo -de tirá-la um dia?

Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei:

Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre

junto de seu filho e ele, velho embora,

será pequenino feito grão de milho.

(Carlos Drummond de Andrade)

sábado, 7 de maio de 2011

COMISSÃO DA VERDADE, JÁ!

(Na foto: Roberto Gomes, presidente da Habitafor de Fortaleza; ministra Maria do Rosário; Deodato Ramalho e Dimitri Cruz, Coordenador de Direitos Humanos de Fortaleza).

Ministra confia em aprovação da Comissão da Verdade

Maria do Rosário disse que a intenção do governo pretende apurar a verdade, mas sem revanchismo

07.05.2011| 01:30

A ministra-chefe da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, disse estar confiante na aprovação do projeto de lei que institui a Comissão da Verdade. O assunto tramita na Câmara dos Deputados e é alvo de polêmica dentro do próprio governo.


Maria do Rosário acredita em aprovação rápida da criação da Comissão da Verdade (DEIVYSON TEIXEIRA) Maria do Rosário acredita em aprovação rápida da criação da Comissão da Verdade (DEIVYSON TEIXEIRA)

A ministra-chefe da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, disse estar confiante na aprovação do projeto de lei que institui a Comissão da Verdade. O assunto tramita na Câmara dos Deputados e é alvo de polêmica dentro do próprio governo.

Maria do Rosário foi recebida ontem, no Palácio da Abolição, pelo chefe de gabinete e irmão do governador Cid Gomes (PSB), o deputado estadual licenciado Ivo Gomes (PSB).

Entusiasta da comissão, proposta para investigar os crimes ocorridos durante a ditadura militar (1964-1985), a ministra admitiu que o tema ainda é tabu entre a população brasileira.

“No entanto, é preciso que saibamos o que aconteceu com essas pessoas que fizeram parte da construção do País”, explica. Ao se referir à Comissão da Verdade na África do Sul, baseada na reconciliação, a ministra ressaltou que a pretensão do Governo brasileiro é de “fazer uma Comissão sem revanchismo, privilegiando a apuração da verdade e o reconhecimento da dignidade das vítimas”.

Segundo Rosário, o mais importante é que informações sobre o desaparecimento de pessoas durante a ditadura militar sejam levadas ao Ministério.


Universalização

A ministra também destacou a importância da Secretaria na organização de indicadores divulgados por institutos de pesquisa do País, para subsidiar o Governo na formulação de políticas de direitos humanos.

Rosário frisou, ainda, a necessidade do resgate para a área no País, que, segundo ela, estava perdida. “Algumas pessoas insistem em dizer que os direitos humanos só servem para bandidos. É preciso romper com esse conceito e com essa errônea afirmação. Os direitos são de todos os cidadãos”, defendeu.

ENTENDA A NOTÍCIA

A proposta de criação da Comissão da Verdade foi enviada ao Congresso pelo ex-presidente Lula em maio do ano passado. Um dos objetivos é esclarecer circunstâncias de torturas e mortes na ditadura militar.

SAIBA MAIS


Na visita da ministra à Assembleia Legislativa, o movimento Crítica Radical pediu, mais uma vez, a libertação do italiano Cesare Battisti. Como resposta, Maria do Rosário afirmou que é contra a extradição do italiano e que “a questão é de direitos humanos”. Mas ela destacou que espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o caso com “bom senso”. No entanto, a ministra disse que o Executivo não pode interferir na decisão da Corte e que “só resta aguardar”.

Durante a audiência pública, jovens do município de Iguatu entregaram a ministra um processo de denúncia contra possíveis torturas que estariam acontecendo na cidade. Rosário se comprometeu a ler o material e a acompanhar o caso.

Membros do Movimento dos Pdvistas Federais do Ceará , que são ex-trabalhadores do serviço público que pediram demissão voluntária ao Governo Federal, também estiveram na audiência e solicitaram à ministra ajuda na aprovação dos projetos de lei que garantirão a reintegração desses ex-servidores ao serviço público. De acordo com o movimento, os trabalhadores foram enganados pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), porque até hoje não receberam as indenizações e nem as capacitações prometidas pelo Governo para quem pedisse demissão voluntária.


VAMOS NÓS: Enquanto os acovardados ou acomodados, até mesmo dentro do governo, para diz o mínimo, teimam em não resgatar essa dívida histórica com o País e com o seu povo, esse resgaste, de uma certa forma, começa a ocorrer através de várias iniciativas da sociedade, como, por exemplo, o que acontece agora com a novela/documentário AMOR E REVOLUÇÃO. O governo não pode ficar inerte, submetido às pressões de segmentos, especialmente militares e seus financiadores privados, que mancharam a história da Nação com a arbitrariedade, a perseguição, as prisões ilegais, a tortura , o exílio e a morte. COMISSÃO DA VERDADE, JÁ!

Charge do O POVO de hoje.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

AÇÕES ILEGAIS E VIOLENTA DOS ESTADOS UNIDOS ALIMENTAM O ÓDIO E A INTOLERÂNCIA DE PARTE A PARTE.






Centenas de pessoas se manifestam no Paquistão para homenagear Bin Laden
Fonte: O POVO Online/Mais Noticias/Internacional
A manifestação foi organizada pelo Jamiat Ulema e Islam (JUI), partido político ideologicamente ligado aos talibãs em Kuchlak, subúrbio de Quetta
06.05.2011| 07:06

Centenas de pessoas saíram em passeata nesta sexta-feira, 6, pelas ruas da cidade de Quetta, no sul do Paquistão, para fazer uma homenagem ao chefe da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, morto pelos Estados Unidos, e para convocar uma guerra santa contra os americanos.
A manifestação foi organizada pelo Jamiat Ulema e Islam (JUI), partido político ideologicamente ligado aos talibãs em Kuchlak, subúrbio de Quetta, onde a multidão gritava "Vida longa a Osama". Uma bandeira americana foi queimada.
"Os serviços prestados por Osama aos muçulmanos serão para sempre lembrados", disse Abdul Qaidr Loone, jovem líder do JUI, em um discurso.
Hafiz Fazal Bareach, ex-senador e alto dirigente do JUI, afirmou que, ao matarem Bin Laden, os Estados Unidos criaram milhares de outros à sua imagem e semelhança.
"Um Osama se transformou em mártir, e agora nascerão milhares de Osamas, porque ele criou um movimento contra as forças antimuçulmanas que não depende de personalidades", declarou, acrescentando que a "jihad (guerra santa) continuará contra os Estados Unidos e seus aliados".
Maior partido político religioso do Paquistão, o Jamaat e Islam convocou manifestações em todo o país nesta sexta-feira para denunciar a operação de um comando de elite americano que matou Bin Laden na cidade paquistanesa de Abbottabad no começo da semana.

DECISÃO HISTÓRICA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONTRA O PRECONCEITO. AMOR E REVOLUÇÃO TRATARÁ DA TEMÁTICA.

Dra. Marcela e Marina trocam beijo na redação do jornal

Dra. Marcela e Marina trocam beijo na redação do jornal - 04/mai

No capítulo de Amor e Revolução previsto para ir ao ar na quarta-feira, 11 de maio, Dra. Marcela (Luciana Vendramini) conta a Marina (Giselle Tigre) que tem uma amiga homossexual que está interessada nela. Em sua sala, na redação do Jornal O Brasileiro, Marina pergunta se por acaso essa mulher é a própria Marcela, que fica desconcertada. A advogada teme perder a melhor amiga por conta da confissão, mas revela sua paixão por Marina. Marcela diz a Marina que imagina como seria as duas... E pede um beijo à amiga. Após o beijo, Dra. Marcela pergunta se tem alguma chance, mas Marina fica reticente.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

QUE BOM! AMOR E REVOLUÇÃO CONTINUA A DESPERTAR ENORME INTERESSE DOS BRASILEIROS. CONHECER A HISTÓRIA PARA NÃO REPETI-LA...COMISSÃO DA VERDADE JÁ.

A partir de hoje vamos divulgar, aqui, os capítulos da novela/documentário AMOR E REVOLUÇÃO exibida no SBT como uma contribuição ao resgate da memória histórica do nosso País. Essa divulgação tem também o sentido de apoio à luta dos brasileiros pela instalação da Comissão da Verdade. O Brasil, infelizmente, é o único País da América Latina que ainda não viabilizou o conhecimento, pela sociedade, de todos os fatos que marcaram aquele momento de terror promovido pelas forças militares que derrubaram um governo democraticamente eleito e instalaram uma longa e cruel ditadura. Aos daqui que compactuaram com essa infâmia contra o povo brasileiro divulgar esses fatos é uma forma, também, de os levarem a uma reflexão do grande mal que fizeram ao apoiar tantas atrocidades.

COMISSÃO DA VERDADE JÁ!

Batistelli, Jandira e Maria se deparam com blitz durante fugacapítulo 23 / qui - 5/5

Policiais perseguem guerrilheiros pela estrada de terra. Thiago confessa a Marina que fica tocado quando está ao seu lado. Durante a perseguição, o pneu do carro dos policiais fura e os guerrilheiros conseguem escapar. Tenente Telmo continua a torturar Bianca, que está sentada na cadeira do dragão. Para se livrar da tortura, o estudante Henrique promete ao Delegado Aranha se infiltrar no Teatro Vanguarda e também na faculdade. Jeová telefona para o Coronel Santos, que é seu pai, e diz que a realidade no Dops está muito cruel, muito triste. Dra. Marcela tenta tranquilizar Marina, que está aos prantos por conta de Thiago Paixão. Telmo promete soltar Bianca contanto que ela não fale nada sobre os avós de Alice e Lara. Lúcia fica enciumada com Thiago. Batistelli, Jandira e Maria planejam partir para Cuba para o treinamento na guerrilha. Batistelli diz a Jandira e Maria que um padre do clero progressista vai ajudá-los. Na igreja, padre Inácio comunica padre Bento que vai receber visitas, militantes que lutam pela democracia no Brasil. Padre Inácio liga para José Guerra, que é seu primo. Os dois combinam um encontro. Augusto, avô de Alice e Lara Fiel, vai à casa da família Guerra. Ele encontra Ana, que diz que as garotas estão em sua casa. General Lobo Guerra e Filinto ouvem a conversa. Filinto afirma ao pai que vai dar um sumiço em Augusto. José vai à cantina tomar vinho e encontra Miriam. Ela começa a seduzi-lo. Ana pede para Feliciana chamar Alice e Lara para ver o avô, Augusto Fiel. Ao ver Feliciana ir em direção ao quarto das garotas, General Lobo Guerra ordena que ela não chame as meninas. Lobo Guerra vai à sala conversar com Augusto Fiel, que diz que recebeu um telefonema de Bianca, diretora do colégio das garotas, a pedido de Olivia. Lobo Guerra diz que as meninas não estão em sua casa. Augusto o enfrenta. Pela estrada, Batistelli, Jandira e Maria seguem de carro em direção à igreja de padre Inácio. Eles se deparam com uma blitz policial.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A morte de Osama Bin Laden e o Jornal Nacional

Começo me apresentando: Sou brasileiro, cidadão, bancário e psicólogo da cidade de Fortaleza-CE. Não tenho costume de escrever sobre política, nem fatos públicos e pra ser honesto sobre quase coisa nenhuma mas hoje não pude me conter. Espero que possam ler até o fim...

Dia 02/05/2011, acabo de chegar em casa depois de um dia de trabalho bastante conturbado, como são os primeiros dias úteis, especialmente nas segundas-feiras no Banco do Brasil. Fiquei sabendo vagamente da morte de Osama Bin Laden a partir de rápidos comentários de clientes. Resolvi assistir o jornal nacional para ver as notícias e fiquei realmente chocado com a forma que o assunto foi tratado. A morte era anunciada com um sorriso no rosto por simplesmente todos os repórteres, lembrava muito as coberturas festivas, como os carnavais, as vitórias esportistas, as festas de rua. As palavras “celebravam” “festejavam” “comemoravam” eram constantemente citadas e fiquei me perguntando se era realmente de uma morte que aquelas pessoas estavam falando. Em nenhum momento ninguém falava sobre como era um sintoma doentio a comemoração em praça pública de um assassinato. Ou de até que ponto aquele comportamento era ético?

Não estou aqui de maneira nenhuma defendendo as ações de Osama, muito pelo contrário, repudio seus atos, suas mortes. Mas a comemoração em praça pública de uma morte é pelo menos de se estranhar, de se questionar, e em nenhum momento houve um mínimo sinal do contraditório, do outro ponto de vista. Assistindo só conseguia me lembrar das antigas cerimônias de execução da Idade Média, ou mesmo as provocadas pelos regimes radicais como o Talibã, tão criticada pelo mundo “civilizado” ocidental, no qual o povo festejava os assassinatos, daquele que por algum motivo eles consideravam inferiores a si. E o que mais me impressionou é que os argumentos americanos não eram ditos como perspectivas e sim como a verdade nua e crua. Que isso acontecesse na mídia Americana não era de se estranhar, mas aqui no Brasil me pareceu um contra-senso. As questões éticas da comemoração de uma morte em nenhum momento foram questionadas. Era como se fosse o óbvio, natural, a comemoração daquelas mortes.

Uma avó americana foi mostrada com sua netinha tirando fotos dizendo que era uma lembrança para aquela criança da comemoração daquele dia. A netinha devia ter pouco mais de cinco anos. E o jornal seguia mostrando tudo direitinho, a grande festa, aquele momento tão bonito de assassinato. A sede de sangue era clara. As pessoas se abraçavam, comemoravam, as imagens chegavam a ser bonitas, parecia um réveillon, ou a comemoração de um título esportivo, mas não era, era a alegria pela morte, pelo sangue, pela vingança. Espero profundamente que daqui a 100 anos isso seja mostrada como sinal de primitivismo da humanidade do nosso tempo.

As imagens do 11 de setembro, que eram repetidas o tempo todo, parecia uma maneira de justificar o assassinato de Osama e de mais quatro pessoas, sem nenhum julgamento, e pior, sem nenhum questionamento ético.

Não agüento mais ver o discurso da paz servir de propósito pra guerra. A história é contada simplesmente por uma perspectiva, a americana, oferecida ao publico como uma verdade, que dispensa qualquer criticidade. O fato da operação ter sido feita exclusivamente por Americanos não é questionada. A troca de tiro não resultou em nenhum ferido do lado Ianque e cinco mortes do lado oposto leva a questionar até que ponto se tratou de uma troca de tiros ou de um simples execução sumária. E se foi uma execução sumária como parece ter sido, o discurso de que Obama usou sua esposa como escudo mais parece uma última provocação. “O morto era covarde”. Que Osama era corvarde isso é bem sabido, porém também covarde foi o ato de executar alguém sem julgamento. Não é claro e límpido que sangue só pede mais sangue. Que alguém vai querer vingar essa morte matando e que as mortes que virão pedirão mais morte ainda?

Nenhum detalhe sobre essa execução, a meu ver, pode ser levada a sério, pois não havia testemunhas, apenas os soldados americanos envolvidos. Nenhuma autoridade Paquistanesa envolvida na operação, e isso sequer foi questionado. Osama foi assassinado NO PAQUISTÃO. O exercito americano simplesmente entra, executa, destrói o cenário e se livra do corpo, e nada, absolutamente nada é questionado. Como se realmente o mundo fosse deles, como parecem verdadeiramente acreditar.As autoridades do Paquistão sequer tomam conhecimento do caso. E assim parece se manter toda a imprensa local, pelo mesmo caminho.

Jogaram o corpo no mar. Pronto. Como se fosse a coisa mais natural do mundo. Fizeram um exame de DNA, a partir de uma suposta irmã de Osama, de um cara que diga-se de passagem tem 51 irmãos. Qual a seriedade disso? Ninguém questiona. É como se fosse a coisa mais natural do mundo. Não é claro e límpido que existe alguma coisa estranha aí?

Para piorar, ainda vem vários líderes mundiais a público dar os parabéns ao presidente americado. A justificativa que Obama não quis bombardear a casa a qual alegaram que se encontrava Osama por não querer ferir civis inocentes foi dita como a coisa mais normal do mundo sem mencionar o banho de sangue ao qual foi submetido o Afeganistão, como a morte de milhares de civis inocentes com a justificativa de encontrar Osama Bin Laden. É como se a guerra nunca tivesse acontecido.

Em nenhum momento um comentário crítico sobre as reais circunstancias políticas envolvidas no caso. Nada sobre a guerra do Iraque baseada exclusivamente na alegativa americana de que estes estavam produzindo armas químicas e nucleares, coisa que o próprio relatório americano desmentiu no final, quando admitiram que se enganaram e que não havia armas químicas nenhuma. Saldo da guerra: Mais de 100 mil mortos. Em nenhum momento o petróleo foi mencionado, é como se esse produto não tivesse nenhuma relação com as milhares de mortes. Em nenhum momento foi dito do financiamento americano ao grupo de Osama Bin Laden, antes destes se voltarem contra seus interesses puramente econômicos.

Espero que não fique aqui parecendo que estou defendendo os métodos ou atitudes terroristas, mas apenas dizendo que uma guerra como essa não tem mocinhos. O ódio só gera ódio dos dois lados. E isso precisa ser dito. É preciso dizer: BASTA, CHEGA DE SANGUE” Quero poder dizer aos meus filhos que nós vamos celebrar a paz e o amor e não a morte e a vingança. Milhares de pessoas morreram dos dois lados, tudo isso é lamentável, e a frase que vem a minha mente quando penso nisso todo é a da composição que diz que “Não importam os motivos da guerra a paz ainda é mais importante que eles”.

Obrigado pra quem leu meu desabafo até o fim. Se acharem válido podem passar pra frente.

Um abraço a todos,

Daniel Welton

segunda-feira, 2 de maio de 2011

BIN LADEN E ESTADOS UNIDOS: GALHOS DE UMA MESMA ÁRVORE?

Osama bin Laden, quando combatia os russos no Afeganistão, apoiado e financiado pelos americanos.














Criança atingida por bombardeios americanos no Iraque.


As ligações dos Bush com os Bin Laden



Reproduzo artigo publicado no sítio português Resistir em maio de 2002 (Do blog do Altamiro Borges - http://altamiroborges.blogspot.com/)


A notícia chegou a 26 de outubro de 2001, em meio a indiferença geral, num despacho lacônico da agência Associated Press: a família Bin Laden retirava seus 2,02 milhões de dólares de investimentos da sociedade Carlyle Group. O anúncio seguia-se a um artigo de página inteira, publicado a 27 de setembro de 2001 no Wall Street Journal, referente a uma participação financeira da família Bin Laden neste grupo. Mas nenhum outro veículo da mídia interessou-se realmente por esta informação.

O que é o Carlyle Group?

Trata-se de uma companhia de investidores privados, pouco conhecida do grande público, que gere cerca de 13 mil milhões de dólares de investimentos em diferentes sociedades de armamento, de telecomunicações e de laboratórios farmacêuticos. Um complexo financeiro tentacular. Dentre as quatro sociedades mais importantes detidas por este grupo nebuloso, constam:

— Empi, Inc (atividade principal: medicamentos e produtos médicos. Faturamento em 2000: US$ 73 milhões);

— Medpointe, Inc (atividade principal: medicamentos e preservativos. Faturamento estimado em 2001: US$ 223 milhões);

— United Defense Industries, Inc (atividade principal: fabricação de tanques e de veículos blindados para o exército americano ou para exportação. Faturamento em 2000: US$ 1,18 mil milhões);

— United States Marine Repair, a maior companhia americana de navios de guerra não nucleares (faturamento em 2000: US$ 400 mil milhões) [1].


O conjunto destas atividades ligadas ao armamento ou à defesa torna o Carlyle Group um dos mais importantes fornecedores do Pentágono. Grande parte destas encomendas dependem entretanto da boa vontade da administração. Mas esta sociedade discreta não se limita apenas a atuar no armamento americano. Em 14 anos de existência ela estendeu seu poder financeiro a todo o mundo, onde os investimentos fossem lucrativos.


Hoje, o conglomerado Carlyle controla mais de 160 sociedades, em 55 países, e possui um escritório em França, localizado na Av. Kléber, 112, em Paris. Sua filial francesa salientou-se em Junho de 2000 ao tomar partes da holding financeira do Figaro, sob as barbas de Serge Dassault, que cobiçava o título para si próprio. Do outro lado do Atlântico, o patrão mor do Carlyle Group não é senão Franck Carlucci, antigo secretário de Estado da Defesa sob Ronald Reagan, entre 1987 e 1989 e embaixador em Lisboa em 1974-75, durante a Revolução Portuguesa. Mas esta familiaridade política não é o mais espantoso.


A firma também emprega, a tempo inteiro ou para operações temporárias de relações públicas, Georges Bush (antigo presidente dos EUA e pai do actual racha-talibans), John Major (ex-primeiro ministro da Grã Bretanha), Karl Otto Pohl (ex-presidente do Bundesbank), Fidel Ramos (ex-presidente das Filipinas), Arthur Levitt (ex-presidente da Security Exchange Commission), e James Baker (antigo secretário de Estado de Bush senior) [2]. Em suma, a nata mundial dos grandes decisores... E até 26 de outubro de 2001 a família do homem mais procurado do planeta também fazia parte deste alegre conjunto!


É evidente que não se poderia acusar todos os membros da família de financiar o terrorismo islâmico. Mas em contrapartida é certo que nem todos os membros cortaram os laços com Osama. Pode-se apostar que se o Carlyle Group emprega todas estas figuras de proa da geopolítica mundial (cujos salários são evidentemente mantidos secretos) é para aproveitar das suas vastas agendas de endereços, e assegurar os contactos internacionais necessários aos seus domínios de actividade a fim de alcançar uma bela facturação. Com o pretexto de esta ser uma época tormentosa, o exército americano acaba, por exemplo, de pedir ao Congresso uns 500 milhões de dólares a fim de encomendar o seu novo brinquedo: o tanque Crusader, de que tem necessidade para futuras operações terrestres.

E quem fabrica os tanques Crusader?


Adivinhou: a empresa United Defense Industries, Inc, e portanto o Carlyle Group! O Congresso americano está em vias de debater a oportunidade deste investimento pesado (pago pelos contribuintes) e as conversações estão em curso... Assim, graças a investimentos diversificados e muito sumarentos, os accionistas do Carlyle beneficiam de um retorno sobre o investimento de 34% ao ano. Algo nunca visto neste tipo de actividade.


Com uma tal rentabilidade, mantida desde a criação do grupo, esperar-se-ia ver todos os analistas financeiros do planeta aconselharem a compra de títulos Carlyle. Mas isso não acontece, e por uma razão muito simples: o Carlyle Group não está cotado em bolsa. Uma opção espantosa para uma entidade deste porte...


Mas só à primeira vista. Está fora de causa, para os grandes trutas do Carlyle, deixar o accionista médio aproveitar de um tal maná. Outra vantagem, que não é das menores: colocando-se fora do circuito bolseiro, o grupo não é obrigado a divulgar à Security Exchange Comission (a comissão americana encarregada de verificar a regularidade das operações bolsistas) o nome dos seus associados (e particularmente dos accionistas incómodos, como o clã Bin Laden) nem as suas fatias respectivas.

Esta atitude é também o melhor meio de dissimular o pormenor das atividades, que poderiam ofuscar muita gente. Com efeito, cada vez que Bush Junior passa a encomenda de um tanque ou de um navio a uma sociedade do grupo Carlyle, em nome da defesa americana, é Bush Senior que passa pela caixa, para receber outro punhado de dólares, bem como os Bin Laden, que durante todos esses anos embolsaram os seus 34% de dividendos anuais.


O Carlyle Group prosperava tranquilamente na sombra, até que dois organismos governamentais, o Judicial Watch e o Center for Public Integrity, insurgiram-se contra a situação. Estas duas associações, que vasculham as milhares de páginas entregues pelo Congresso todos os anos, bem como os documentos desclassificados da CIA ou do FBI, denunciaram o estado de coisas [3] relatado pelo Wall Street Journal e pela BBC. É claro que uma tal notícia fez o Carlyle sair do seu mutismo. A família Bin Laden (excepto o maldoso Ussama, naturalmente) é constituída por pessoas respeitáveis informaram com a mão no coração os dirigentes do Carlyle Group e também Arabella Burton, secretária particular de John Major, quando a notícia se tornou conhecida.


Então por que é que eles retiraram os seus investimentos no Carlyle? Georges Bush pai viajou pelo menos duas vezes, em outubro de 1998 e em 2000, a Jeddah, a sede familiar dos Bin Laden, na Arábia Saudita. Será que lhes pediu notícias de Osama, ou simplesmente um cheque? Após as revelações do Wall Street Journal , Jean Becker, porta-voz de Bush Senior, declarou primeiro que Bush Sr. havia encontrado a família Bin Laden uma vez, e a seguir, no dia seguinte: "Depois de ter visto as notas do ex-presidente" ... "O ex-presidente Bush não tem relação com a família Bin Laden. Ele encontrou-se com eles duas vezes". Somente duas? Segundo o Figaro de 31 de outubro de 2001, Osama Bin Laden foi internado no hospital americano de Dubai a 14 de Julho de 2001 para uma operação dos rins e recebeu a visita de um responsável da CIA e de vários membros da sua família (para a qual, recorde-se, ele é a ovelha negra e com a qual é suposto ter cortado todos os laços).


Estes membros da família seriam daqueles que possuíam fatias do Carlyle Group? Mistério, tão complexa é a família Bin Laden. Finalmente, a 7 de novembro de 2001, The Guardian revelava que certos responsáveis do FBI queixavam-se de que "por razões políticas, todas as suas investigações sobre a família Bin Laden haviam sido paralisadas, sobretudo desde que Georges W. Bush tornara-se presidente".

Estas investigações referiam-se a dois irmãos de Osama Bin Laden, Omar e Abdullah, devido à sua relação com a Assembleia Mundial da Juventude Muçulmana, que faz parte das associações suspeitas de financiar o terrorismo. Estariam eles entre os 24 membros da família Bin Laden residentes nos Estados Unidos, que desapareceram (sob a supervisão do FBI!) do aeroporto de Washington a 14 de setembro de 2001, três dias depois dos atentados [4]? Mistério, a lisa completa dos passageiros não foi publicada.


É preciso dizer que as ligações entre a família Bush e o Médio Oriente são antigas, profundas e lucrativas. Não foi a sociedade de Georges Bush Jr, Harken, que obteve a exploração exclusiva do gás e do petróleo do emirato do Bahrein por 35 anos, apesar de não ter nenhuma experiência em perfurações off-shore? Algumas grandes petroleiras (inclusive a Amocco, que estava na competição) perceberam então que Bush Senior, então presidente, não estava ali à toa.


A 22 de junho de 1990, algumas semanas antes que o papá Bush desencadeasse a Tempestade do Deserto, Bush Jr. liquidava sua participação na Harken por US$ 850 mil. Uma semana depois a Harken anunciava perdas recordes de US$ 23 milhões. A partir da invasão, o título caiu a pique... "Pura sorte", comentou Júnior [5], esquecendo-se a propósito de declarar à SEC esta cessão. Interrogado pela mesma SEC oito meses depois acerca do esquecimento ele precisa que a SEC havia certamente perdido a folha de declaração [6].


Dentre os associados de Georges Bush Júnior figurava um personagem enxofrado chamado Khalid Bin Mafhouz. Seu nome está associado ao escândalo do BCCI (bancarrota em que 12 mil milhões de dólares desapareceram como fumaça), do qual ele possuía 20% do capital. Ele foi reconhecido culpável de dissimulação fiscal e teve de pagar uma multa de US$ 225 milhões, além de uma interdição por toda a vida de exercer uma profissão bancária nos Estados Unidos.


Durante o inquérito efetuado para este processo, verificou-se que a CIA havia utilizado este banco para financiar certas operações obscuras, misturando droga e tráfico de armas, tudo evidentemente coberto pelo segredo de Estado. Em 1987, Khalid Bin Mahfouz adquiria 11,5% da Harken, a sociedade presidida por Georges Bush Jr. através do seu homem de negócios nos Estados Unidos, Abdullah Taha Bakksh [7].


No Conselho de Administração do Carlyle encontrava-se até ao ano passado Sami Baarma, director da Prime Commercial Bank do Paquistão, do qual Bin Mahfouz é o patrão. Melhor ainda, James Bath, amigo do mesmo regimento de Georges W. Bush Júnior e filho de uma grande família petroleira texana, foi um dos primeiros investidores no negócios petroleiro de Bush Júnior, uma vez que detinha 5% das suas duas primeiras sociedades, Arbusto 79 e Arbusto 80.


Ora, desde 1976 James Bath era o representante nos EUA de Salem Bin Laden, o irmão mais velho de Osama, que morrerá num acidente de avião tal como o seu pai, o fundador da dinastia! Processado por um antigo sócio, ele testemunhou sob juramento em 1992 e confirmou estes factos. O FINCEN (Financial Crime Enforcement Network) investigava então a sociedade de Bath, Ventures Corp, Inc e supeitava que ela facilitasse tomadas de controlo de companhias a fim de influenciar a política externa americana [8].


Depois de negar tê-lo conhecido, Georges W. Bush finalmente reconheceu que ambos haviam efetuado vagos negócios conjuntos. Isto foi divulgado durante as primárias republicanas para a eleição presidencial que Bush ganhou na Florida nas condições que se sabe [9]. Quanto a Khalid Bin Mafhouz, foi preso em 3 de agosto de 2000, a pedido da Administração Clinton, e colocado sob mandato de prisão no hospital militar de Taef, na Arábia Saudita. Desde então, ninguém sabe o que se passou. Bin Mahfouz, é preciso dizer, faz parte das pessoas procuradas por apoio à organização Al Qaeda, através de organizações humanitárias islâmicas.


O que resulta de tudo isto? Na operação liberdade imutável, quem são os bons e quem são os maus? Os mariners americanos que desembarcam no Afeganistão saberão quais os interesses porque arriscam a sua pele? Têm os governos europeus conhecimento destas informações? Por que Bush Jr, como exigem com insistência o Judicial Watch e o Center for Public Integrity, não pede ao seu pai para acabar com todos os contactos com a Carlyle? Khalid Bin Mahfouz já estará no fundo do Mar Vermelho? Por que George W. Bush esperou quinze dias para levantar a lista das organizações suspeitas cujos haveres deveriam ser congelados nos Estados Unidos e alhures? Na era das transações bancárias e anónimas instantâneas, estes quinze dias são uma eternidade.


Grosso modo, por uma única razão: neste nível de imbricação de interesses privados e pessoais, Bush nada pode fazer ou dizer. Ele não pode senão pregar uma cruzada do mundo livre contra os infames integristas barbudos, que impedem os grupos petroleiros de contruir o oleoduto vital que encaminharia o petróleo das imensas reservas do Cáspio para o Mar Vermelho. Basta olhar um mapa da região para ficar convencido.


E para o caso altamente improvável de se capturar Bin Laden vivo, George W. Bush acaba de inventar um tribunal militar de excepção, ao abrigo da imprensa e dos curiosos, evidentemente por razões de segurança nacional. Osama poderia mostrar fotos do churrasco de carneiro familiar, com Bush Sénior sentado no tapete. Que fazer? Que fazer para que o mais influente país do mundo deixe de ser dirigido por pessoas cuja carteira de acções engorda cada vez que arrebenta uma guerra no planeta?


Até o 11 de setembro, tudo era perfeito. A guerra desenrolava-se em casa dos outros, aos quais bastava armar, direta ou indiretamente, embolsando pelo caminho as comissões das vendas de armas. A partir do 11 de setembro, pela primeira vez desde 1865, o conflito pode desenrolar-se também no solo dos EUA. O povo americano, particularmente as famílias das vítimas dos atentados, tem o direito de perguntar o porque ao seu presidente.

Notas

[1] Ver Hoover's Online.
[2] The Guardian.
[3] Voir Judicial Watch et Center for Public Integrity.
[4] Scoop, agencia de imprensa da Nova Zelândia, com sede em Wellington.
[5] US News and World Report, 1992.
[6] The Nation, 26 avril 1999.
[7] Intelligence News Letter, 2 mars 2000.
[8] Houston Chronicle, 4 juin 1992.
[9] Time Magazine.

domingo, 1 de maio de 2011

DIA DO TRABALHADOR. COMEMORAR AS CONQUISTAS; DENUNCIAR A BÁRBARIE E LUTAR SEMPRE!

ZÉ MARIA DO TOMÉ


Fui criado com pirão, leite e bastantes frutas vindas do sítio de minha avó. Aliás, fruta era coisa de menino, especialmente as colhidas e comidas na própria árvore. Quando elas são amadurecidas no pé, sem dúvida, ficavam mais saborosas. O caju, a manga, a goiaba, a banana, a tangerina e o sapoti eram plantados nas margens do riacho, nas crôas, terras naturalmente férteis e, quando muito, misturavam-se ao esterco curtido de gado, por isso floresciam saudáveis e apetitosos.

Hoje as terras em que as sementes dessas e de ouras frutas são plantadas recebem uma carga enorme de produtos químicos, os chamados agrotóxicos. O objetivo da utilização desses produtos é combater e prevenir as pragas agrícolas, facilitando, assim, o cultivo de plantas que passam a produzir frutas maiores, mais bonitas e “menos defeituosas”. É exigência do mercado seduzir os consumidores com grandes exemplares de bela aparência.

Acontece que o agrotóxico também é um veneno e, portanto, causa diversos males à saúde do ser humano, dos animais e do próprio solo. O Ceará é o estado que mais consome agrotóxico no nordeste e, no Brasil, fica em quarto lugar. Sabe-se que, num distrito de Limoeiro do Norte (194 km de Fortaleza) chamado São Tomé, uma considerável parte da população vem sofrendo de intoxicação aguda decorrente da pulverização aérea de agrotóxicos, apresentando irritação nos olhos, tontura, depressão, fraqueza óssea, sangramento, falhas da memória e câncer. Pesquisas realizadas pela Universidade Federal do Ceará apontam, inclusive, que a água da região está contaminada.

O agronegócio não esperava que, em meio à zona rural do baixo Jaguaribe, existisse um cidadão, desses forjados nas lides sindicais, que acreditava em uma sociedade compartilhada e justa. Ele lutava junto aos trabalhadores por melhores condições de vida e, dessa forma, contra o veneno. Foi, com sua sensibilidade e sua atenção, um dos primeiros que percebeu a coceira no corpo das crianças, a tosse seca dos jovens e os olhos irritados da população desde o início da pulverização nas plantas da área.

Não tardou e vieram os laudos médicos comprovando que seus companheiros estavam com câncer e outras doenças. Zé Maria não era de desanimar e, ao contrário, arrebanhou mais gente em protestos com reuniões, passeatas e abaixo assinados junto às autoridades. Com atitudes ousadas e solidárias, tornou-se uma pedra no meio do caminho do agronegócio. Zé Maria foi assassinado em 21 de abril de 2010 e, desde então, perdi todo aquele prazer infantil de saborear as frutas.