sexta-feira, 8 de novembro de 2013

ABRAÇO DE TAMANDUÁ...


Fantástica reflexão para nós Petistas, especialmente com vistas ao Dia 10 (próximo domingo): a história costuma ser implacável com quem dela duvide.

A oligarquia Ferreira Gomes e arte de eliminar obstáculos
Publicado: 8 de novembro de 2013 às 14:30 | Autor: Eliomar de Lima 

Com o título “PSDB: O muro das lamentações tardias”, eis artigo do publicitário e poeta Ricardo Alcântara. Ele aborda a situação da tucanada, hoje esvaziada e a arte da oligarquia Ferreira Gomes detonar adversários ou não políticos. Confira:



Cito como lembro: o poema conta que, no primeiro dia, ele entrou no meu jardim, roubou uma flor e eu não disse nada. Nos dias seguintes, idem. Até o dia em que arrancou a última flor e, como eu não havia dito nada, mais nada poderia dizer.
Dos versos lembrei ao refletir sobre o curso gradual com que o PFG – Partido dos Ferreira Gomes – neutralizou, defenestrou e eliminou seus aliados tradicionais para, unindo-se ao lulismo emergente, alcançar a hegemonia política no estado. Sem me alongar em episódios sabidos, lembro que, governador, Lúcio Alcântara comprometeu indevidamente sua própria autoridade ao tolerar que o deputado Ivo Gomes recolhesse assinaturas para instituir uma CPI dos Terceirizados.
Ora, a CPI mirava denúncias de corrupção em um governo que garantia à família do deputado quase todos os cargos públicos na sua região de origem! Um governo que tolera isso se faz merecedor dos aliados que tem e deles não deveria se queixar. Em seguida, o outro tucano-mor da aliança, Tasso Jereissati, esfarelou seu próprio partido quando negou apoio à reeleição do então governador e abriu espaço para a candidatura adversária: o irmão mais novo do seu amigo number one, Ciro Gomes.
Com um arco eleitoral que uniu do banqueiro Adauto Bezerra ao trotskismo fake de Luizianne Lins sob as bênçãos do popularíssimo presidente Lula, Cid Gomes tomou para si o governo do estado e, mais recentemente, a prefeitura da capital. Governo eleito, Tasso recebeu cedo o suficiente aviso: pelo suicídio partidário, receberia a modesta compensação de uma secretaria de Justiça – uma penca de problemas sem potencial nenhum de acumulação de força eleitoral. Não entendeu.
Em Brasília, o senador batia duro no governo do presidente, aliado do governador, e, sem recibo à sutileza dos recados, ele, que já fora o leão da selva, como um gatinho de salão dissimulava o rancor à espera de apoio para um novo mandato. Veio a eleição e, imposição dos fatos, os Ferreira Gomes legaram a quem por eles tudo havia perdido a precária hospitalidade do relento porque o preço cobrado pelo apoio de Lula era aquele mesmo: pijama branco de listas azuis para o tucano.
Ontem, vi Tasso Jereissati na televisão reclamando que Cid Gomes está “brincando de ser governador”. Pois pelo nó de marinheiro que deles recebera, Tasso deveria levar um pouco mais a sério a competência política dos seus alegados traidores. Antes, fosse tudo “brincadeira”! Como um predador dissimulado, o Partido dos Ferreira Gomes segue eliminando aliados – Tasso e Lúcio, Luizianne Lins, Sérgio Novaes… quem será o próximo? – e devorando alguns embriões de resistência.
O golpe fatal está em curso: empurrar Eunício Oliveira para o beiral da derrota, atraindo com uma senatória para José Guimarães as tendências majoritárias do PT cearense, onde já pontifica um naipe de aplicados guaxebas do mando oligárquico. 
Pois eleito senador, Guimarães que se cuide: será o próximo! Ali, a regra é clara: nenhum aliado será poupado a partir do momento em que tenha alcançado a melhor posição enquanto coadjuvante daquele projeto de poder. A forca é o limite.
* Ricardo Alcântara,
Publicitário e poeta.

Sintonize na programação mais livre do Rádio Cearense http://www.radios.com.br/aovivo/Radio-Liberdade-1310-AM/13657#

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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

PARABÉNS AOS VERDADEIROS RADIALISTAS.

Parabéns a tod@s @s radialistas, profissionais que chegam primeiro, e a qualquer hora, nos longínquos cantos do mundo levando a todos a notícia que anima a dinâmica da vida. Abraçar de verdade aos que não se transformam em "pistoleiros da comunicação.

domingo, 3 de novembro de 2013

A VERDADEIRA FACE DO ZÉ SERRA...

Recebi de um amigo e, concordando ipsis litteris com o texto, repasso:

"Digamos que vc. me chame de ladrão. Eu te meto um processo por injúria, calúnia e difamação. Vc. peticiona ao juiz querendo fazer uso da "exceção da verdade" (que é o direito que a lei faculta ao processado de provar em juízo que a pessoa supostamente caluniada é, de fato, ladrão). Aí entro com um mandado de segurança pra impedir que vc. possa usar da "exceção da verdade", ao argumento de que não fui caluniado, nem difamado - na injúria não cabe a exceção da verdade. Quem sou eu? além de um rola-bosta, um tremendo de um ladrão safado, daqueles que faria corar o mais vil dos ladrões do PCC. Leia abaixo e repasse."



sábado, 2 de novembro de 2013

A DOR VAI DANDO LUGAR À SAUDADE...

Domingos Alves Cavalcante (1905 - 1989) e Isabel Cavalcante Mora (1912 - 1992)

Domingos Francisco Cavalcante Ramalho (1953 - 2003)

Deodato José Ramalho (1931 - 1978)

Francisco Deoclécio Ramalho (1900 - 1986) e Francisca Ivaní Citó Ramalho (1924 - 2006)
* O "fumo" (pedaço de pano preto) utilizados pelos vovôs era sinal do luto pela morte do papai (1978).

sábado, 26 de outubro de 2013

O REI DAS CHICANAS...

Quando eu digo (e provo) que esse prefeito de Boa Viagem é um chicaneiro, enganador do povo de Boa Viagem, tem gente que, de boa ou má fé, diz que eu exagero. A última chicana (*) desse "cidadão" foi a de espalhar que conseguiu uma decisão favorável no Tribunal de Justiça, para tentar escapar da cassação já imposta pelo TRE. É impressionante a falta de limite do chicaneiro: utilizou uma decisão da desembargadora QUE LHE IMPÔS MAIS UMA DERROTA NO PROCESSO para atrasar o andamento do processo na Justiça Eleitoral e espalhar, por si e seus asseclas, que reverteu a situação a seu favor. 
A chicana consistiu em requerer a juntada da decisão do Tribunal de Justiça (QUE NEGOU O SEU PEDIDO) ao processo no Tribunal Regional Eleitoral, a fim de abrir mais prazo para a parte contrária (Aline Cavalcante Vieira) e para o Ministério Público Eleitoral se manifestarem para, com isso, atrasar o julgamento dos protelatórios EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. 
É impressionante como esse rapaz zomba e engana o povo de Boa Viagem!

Vejam a decisão do Tribunal de Justiça que ele andou apregoando que seria a seu favor.

Processo: 0139049-36.2008.8.06.0001 - Apelação
Apelante: Fernando Antônio Vieira Assef
Apelados: Estado do Ceará, Município de Boa Viagem e Câmara Municipal de Boa Viagem - CE
DECISÃO MONOCRÁTICA
Na hipótese, o Sr. Fernando Antônio Vieira Assef propusera ação ordinária de nulidade, em face de decisão promanada do Tribunal de Contas dos Municípios, relativa à gestão do autor frente à Prefeitura
Municipal de Boa Viagem, referente ao exercício financeiro do ano 2000,
da qual resultara no acórdão nº 7559/01.
A tese defendida na petição inicial é de que foram desrespeitados os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório.
A sentença fora de improcedência.
No apelo, atendo-se as regras do processo civil, o Sr. Fernando Antônio Vieira Assef relatara o seguinte: que o Tribunal de Contas dos Municípios encaminhou ao autor, por meio de ARMP – Aviso de Recebimento por Mãos Próprias, da Empresa de Correios e Telégrafos – ECT, a informação nº 040/02, comunicando o prazo para a apresentação de defesa de 15 (quinze) dias do Processo nº 7559/01; que a agência da ECT, sediada na cidade de Boa Viagem, comunicou ao TCM que por três vezes, através de seu servidor, comparecera a residência do autor, mas não o localizou; que com a devolução do ARMP, o TCM determinou a citação por meio de edital, o que se caracterizou através da publicação do edital de convocação realizado no D.O.E, sem que, no entanto, tenha sido publicado nos jornais locais por no mínimo duas vezes, como determina o art. 232 do CPC; que, com efeito, fora considerado revel.
Afirma que o debate gravita também em torno dos arts. 227 (Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar), 228 (Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência. 
§1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca. §2o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome), 229 (Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência), 230 (Art. 230. Nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas) e 247 (Art. 247. As citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem observância das prescrições legais), todos do CPC, além do art. 5º, LV da CRFB (LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes).
Ressai que apesar de todas as exigências trazidas na Lei Processual Civil, nenhuma delas fora cumprida.
Salienta, ainda, que a própria Resolução nº 02/2002, que dispõe sobre as normas internas do TCM, fora descumprida, na medida em que não se respeitara a ordem de comunicação dos atos processuais prevista no seu art. 1º (A comunicação dos atos processuais à parte se dará por intimação, a ser realizada: I – pessoalmente; II – pelo correio, através de Aviso de Recebimento em Mão Própria (ARMP), ou equivalente; III – por edital), apesar do que dispõe o art. 4º (A intimação por edital será feita quando resultarem frustradas as tentativas de intimação pessoal ou pelo correio). Assim, para o apelante, deveria o TCM, antes de promover a comunicação por ARMP, ter primeiro procedido a comunicação pessoal, para somente depois promover o ato editalício.
Nas contrarrazões recursais argumenta-se que não há sentido em utilizar as regras do Processo Civil quando há procedimento próprio para o TCM; que o mérito administrativo não se eiva sob nenhum aspecto.
O Ministério Público, através do parecer de pgs. 315/325, é bem enfático pelo improvimento do apelo, no que defende a conformação plena do procedimento administrativo à Resolução nº 02/2002.
É o que basta relatar.
Passo a decidir.
Justifico minha atuação em caráter isolado a partir da objetividade do art. 557 do CPC. Adoto tal postura por se tratar de expediente que visa compatibilizar as decisões judiciais e racionalizar a atividade judiciária.
Em verdade, uma vez preenchidos os requisitos inerentes à espécie, o Relator tem o dever de julgar sob tal desígnio, porque aí estará a patrocinar sensível economia processual.
Isto posto, prossigo na análise do recurso.
Ab initio, cumpre-me a consideração de que esta decisão toma de empréstimo algumas das ponderações ministeriais via técnica de fundamentação per relationem, porquanto as conclusões pareceristas revelam-se extremamente judiciosas, o que me leva a prestigiar a atuação do Parquet.
Como cediço, ao procedimento administrativo do Tribunal de Contas do Município aplica-se a regra insculpida em seu Regimento Interno e em suas Resoluções, in casu, a Resolução nº 02/2002, a qual define a forma de comunicação de seus atos. 
Não há, portanto, se falar em aplicação das disposições do CPC. O Supremo Tribunal Federal, por exemplo, no corrente "julgamento do mensalão", fez prevalecer seu regimento interno sobre o
que prevê a Lei nº 8.038 de 1990 para aceitar os embargos infringentes dos réus naquele processo.
Na hipótese, há uma norma especial interna que deve ser necessariamente observada. É regra basilar de hermenêutica jurídica.
Equivocada, pois, revela-se toda a fundamentação recursal atinente à observância do Código de Processo Civil.
Vencido este capítulo decisório, avanço.
Dispõe a Resolução nº 02/2002:
"Art. 1º A comunicação dos atos processuais à parte se dará por intimação, a ser realizada:
I – pessoalmente;
II – pelo correio, através de Aviso de Recebimento em
Mão Própria (ARMP), ou equivalente;
III – por edital.
§1º A intimação conterá o número do processo a que se refere, cópia ou síntese do ato a que se quer dar ciência e indicação da providência ou faculdade processual possível com relação ao ato, assim como o prazo para sua realização.
§2º Estando a parte representada por advogado com poderes especiais, a intimação poderá ser realizada na
pessoa deste, inclusive pelo correio, para o endereço que estiver indicado no instrumento de mandato.
§3º A comprovação da realização da intimação será juntada aos autos.
Art. 2º A intimação pessoal será feita por servidor do Tribunal, devendo o intimado apresentar documento de identidade, cujo número será aposto logo após o 'ciente'.
Parágrafo único. Aposto o 'ciente', presume-se que a parte tem pleno conhecimento:
I – do teor do ato a que se quer dar ciência;
II – o número do processo a que se refere;
III – a providência ou a faculdade processual possível com relação ao ato, assim como o prazo para sua realização.
Art. 3º A intimação pelo correio (ARMP) será enviada para o endereço da parte ou do seu advogado, indicado no respectivo instrumento de mandato.
§1º Obriga-se a parte a indicar com precisão, na peça inicial do processo ou na justificativa, o endereço para o qual serão encaminhadas as intimações, e atualizá-lo, 

§2º Tratando-se de Processo-fim Auxiliar, aquele que o iniciar deverá indicar o endereço da parte envolvida.
Art. 4º A intimação por edital será feita quando resultarem frustradas as tentativas de intimação pessoal ou pelo correio.
§1º O edital será publicado uma só vez no Diário Oficial do Estado e deverá conter os requisitos do art. 1º da presente Resolução.
§2º Na juntada, aos autos, do edital publicado, certificar-se-á a data do Diário Oficial e de sua circulação."
Como se vê, está literalmente expressa no caput do art. 4º a discricionariedade do TCM em promover a comunicação, ou pessoalmente, ou por ARMP, para então, em caso de frustração do ato, proceder a intimação por edital.
E, registre-se, a norma prevê que o edital será publicado somente uma vez no Diário Oficial do Estado, o que fora fielmente cumprido.
Efetivamente, tentada a entrega por três vezes do ARMP no endereço da residência do autor, bem como realizada a citação por meio de edital no D.O.E, tenho que o TCM respeitara os princípios garantistas
do devido processo legal.
Com tais considerações, diante de tudo o que fora exposto, nego provimento ao apelo.
Expedientes legais.
Fortaleza, 18 de outubro de 2013.
DESEMBARGADORA VERA LÚCIA CORREIA LIMA
Relatora

(*) 
1. Jurídico: dificuldade criada, no decorrer de um processo judicial, pela apresentação de um argumento com base em um detalhe ou ponto irrelevante; abuso dos recursos, sutilezas e formalidades da justiça; o próprio processo judicial (de forma pejorativa); contestação feita de má-fé; manobra capciosa, trapaça, tramóia.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

RESGATANDO O AFETO.

“Resgatando o afeto" - Jornal O POVO - 22.09.2013.

O afeto é um sentimento simples, em que se acolhe o outro em sua inteireza, do jeito que ele é. Da infância até a morte, o afeto é vital, e dá sustentação e sentido ao nosso conviver. Nas parcerias, há uma tendência a garantir a posse do outro, como se ele fosse um troféu, uma tábua de salvação, não uma pessoa com quem se partilha afeto. Os “machões” dizem que afeto é coisa de mulher, ou de gente frágil.
Lamentavelmente em nossa cultura, afeto e ternura, tornaram-se sinônimos de fragilidade. Talvez se privem do afeto em seu endurecimento, mas por fraqueza, por medo de fazer vínculos, de gostar de alguém. “A doçura”, diz Sponville, “é uma coragem sem violência, uma força sem dureza, um amor sem cólera”. Penso assim também em relação ao afeto, como uma força tranquila, parecida com o amor.
Devemos converter nosso olhar em relação ao outro para que a harmonia e afeto possam encontrar espaços entre nós. O modo como o olhamos, produz vínculos ou afastamentos. Um olhar é como um discurso. Diz, revela, condena, perdoa, acaricia ou pune. Pelo olhar, escutamos a dor, a alegria, a inquietação, a solidão, o prazer. Precisamos valorizar a força que tem o olhar e o poder da comunicação do rosto. Na mostra banalizada dos corpos em nossa cultura, esquecemos que é pelo rosto que nos encontramos com o outro, que é pelo olhar que nasce o afeto. O deslocamento de nosso olhar para regiões “siliconadas”, como lócus de prazer, afasta-nos do sentido humano de ver o homem todo, a pessoa.
Os dias atuais apontam para uma necessidade maior de afeto e menos violência. É preciso ensaiar de novo o amor, resgatar a afetividade, para que possamos ver “os cinquenta tons de cinza do arco íris”, a vida nos olhos dos outros, a generosidade das pessoas, a dor do irmão que sofre, a carência do filho que chora, o som da chuva. Precisamos reaprender o exercício de pequenas expressões civilizadas e afetivas. Desarmar nossa internalidade e não ter a vergonha de ser afetivo.
Minha preocupação tem se voltado para a frequente condição de mal estar em que estamos vivendo. De certo modo, estamos contagiados pela agonia coletiva da humanidade e falar disso é uma tentativa de pensá-la, preveni-la, atenuá-la. Talvez devamos começar a pensar também em caminhos que possibilitem algumas saídas desse círculo vicioso do sofrimento, da violência, dos crimes, das corrupções e dos abusos de álcool e drogas. São múltiplas as possibilidades de tornar a vida mais humanizada, mais calorosa, mais significativa. Resgatar em nós a afetividade é uma dessas possibilidades construtivas.
Sempre que escrevo sobre sentimentos, sinto saudade dos abraços que não dei, dos afetos que não troquei, dos gestos que não foram feitos, dos afagos que economizei, dos olhares que não troquei. A vida tem pressa e ontem já se foi. Amanha é agora. A boa notícia é que se corrermos… ainda dá tempo!
Zenilce Vieira Bruno
zenilcebruno@uol.com.br
Psicóloga, sexóloga e pedagoga.

sábado, 14 de setembro de 2013

FICO LISONJEADO POR SER ELEVADO AO PATAMAR DE ANIMAL TÃO FUNDAMENTAL PARA A HUMANIDADE!




- Boa Viagem precisa de muito mais urubus. Muita carniça tem infelicitado a vida da nossa gente. Urubus são aves pacíficas, aparentemente frágeis diante de aves predadoras, mas fortes e extraordinariamente fundamentais para o equilíbrio ecológico, para a prevenção de doenças. 
- Quando uma "ave predadora" ataca um "Urubu" a cidade, o cidadão, deve correr em seu auxílio. Ele ajuda a livrar a cidade da sujeita, da imundície, das carcaças fétidas que habita a cidade e, sobretudo, o coração de "Aves predadoras".
 
Como os urubus conseguem comer carne podre?
por Yuri Vasconcelos
Os cientistas ainda não desvendaram totalmente esse mistério, mas acreditam que os urubus se deliciam com comida estragada sem passar mal graças ao seu sistema imunológico e ao potente suco gástrico secretado por seu estômago. Mas isso não significa que eles prefiram carne podre à fresquinha. Acontece que os urubus não têm habilidade para caçar, pois as garras de suas patas são ineficientes para essa tarefa. Assim, só lhes resta a carcaça de animais mortos. Apesar de feioso e com má fama, o urubu tem papel essencial na natureza. Como é um animal necrófago, que se alimenta de carne em putrefação, faz uma espécie de "faxina" nos locais onde vive, pois elimina do meio ambiente a matéria orgânica em decomposição. Para encontrar a refeição, eles contam com olfato e visão apurados. São capazes de ver um bicho pequeno a 3 mil metros de altura! Mas os urubus não cantam de galo: eles não têm siringe, o órgão vocal das aves, e só fazem uns barulhos esquisitos chamados de crocitar.
 I

mportância dos urubus e suas principais ameaças

Os urubus prestam serviços ecológicos vitais. Eles são necrófagos, responsáveis pela eliminação de 95% das carcaças de animais mortos na natureza, faz uma espécie de “faxina” nos locais onde vive, pois elimina do meio ambiente a matéria orgânica em decomposição. São nossos coletores naturais de lixo. Limpam as carcaças até os ossos. Ajudam a matar todas as bactérias. Ajudam a absorver o antrax, que de outro modo, se espalharia e causaria tremendas perdas de gado e doenças em outros animais. Estudos recentes mostram que em áreas nas quais não há urubus, as carcaças levam até 3 ou 4 vezes mais tempo para se decomporem e isso trás enormes consequências na propagação de doenças.

sábado, 7 de setembro de 2013

INDEPENDÊNCIA OU MORTE!

Qualificar a intervenção do cidadão na política nacional é um dos mais eficazes instrumentos da verdadeira independência! Fiz esse texto hoje, sem qualquer ilação com o dia 07 de setembro. Todavia, após publicá-lo no facebook, percebi que pode ser uma boa reflexão para esse dia.

A tragédia da política, que, aliás, salvo honrosas exceções de alguns sistemas, não parece ser só a nossa. Campanhas milionárias vão, cada vez, elitizando a política, abastecendo os escândalos e afastando quem ou não se dispõe a entrar nesse vil mercado - o do voto - ou não tem dinheiro nem financiador para entrar na disputa.

Claro, não podemos generalizar. Porém, é pura demagogia, cretinice ou hipocrisia negar essa grave defeituação do nosso processo eleitoral.

Declaração do hoje secretário Eduardo Diogo expressa muito bem esse mercado que caracteriza a vida política brasileira. Ainda ontem, conversando com uma amiga que, assim como eu, nasceu com a política em casa (aos três anos ajudava o pai a confeccionar as "famosas" forminhas para o voto do analfabeto), ela me contava a história que partilho nesta post. Aproveitei e contei situações que ocorreram comigo, com minha mãe Maria Zélia Cavalcante Ramalho e com meu filho Deodato José Ramalho Neto (que andou se entusiasmando para seguir meu passos entrando para a luta política. Acho que o episódio o fez repensar!).
Aqui no Ceará há deputado(s) que não pisam no Estado nem mesmo na época das campanhas. O "negócio" é mais do que escancarado.
O desanimador é que mesmo na efervescência das manifestações de ruas ninguém toca no assunto. Toda a desgraceira é apresentada como fruto de péssimos políticos. Demagogicamente ninguém fala da contaminação do processo eleitoral, com a apresentação do ato de COMPRAR dissociado do ato de VENDER. É como se todos tivéssemos medo de tocar o dedo na ferida, que significa dizer que, na mercância do voto, a operação envolve não apenas quem compra, mas também quem vende (e é ilusão achar que quem vende são apenas pessoas humildes. É não. A tragédia vai de A a Z).

Já advertindo que esse tipo de situação ocorre em qualquer recanto do Brasil. No interior e nas capitais, VAMOS LÁ (nenhum dos episódios é força de expressão. Ocorreram mesmo):

Declaração do secretário - Coluna Vertical - O POVO 07.09.2013:

"PREÇO DO VOTO

Bem que o secretário Eduardo Diogo (Planejamento), presidente do PSD de Fortaleza, sonhou com mandato em 2014. Mas, segundo amigos próximos, desistiu logo ao saber, principalmente, do preço da campanha."

Episódio 1 (comigo - 1988 - candidato a prefeito em Boa Viagem):

1. Na mais do que romântica campanha de 1988, do voto vinculado (Mauro governador; Dorian Sampaio senador; Moisés Pimentel deputado federal; Aroldo Mota - meu primo - deputado estadual e eu candidato a prefeito, dispúnhamos de um único veículo. Uma velha C-10 branca, que só funcionava aos empurrões. Ganhou logo o apelido, colocado, salvo engano, pelo Jacob Carneiro, então um membro influente da estrutura de poder do José Vieira Filho (Mazinho), de Branca de Neve. O fato: estávamos aguardando o sol esfriar um pouco para sair para uma reunião de campanha (naquele pleito a liseira jamais permitiu fazer um comício) em comunidade distante da sede (tínhamos que sair com horas de antecedência, por razões óbvias: a Branca de Neve sempre nos deixava na mão...). Chegam duas senhoras nos pedindo para levá-las a uma outra comunidade, localizada em sentido oposto. Eu próprio expliquei a nossa dificuldade, estávamos saindo em outra direção e só tínhamos a Branca de Neve etc etc. Elas saem, sem disfarçar a chateação, e uma verbera (literalmente): "DEPOIS ESSAS PRAGAS AINDA QUEREM QUE A GENTE VOTE NELES..."

Episódio 2 - (com minha mãe - 1996 - eu candidato a prefeito em Boa Viagem):

Minha mãe, sempre uma guerreira muito solidária, desde quando, aos dezessete (17) anos,  casou com meu saudoso pai Deodato José Ramalho (que era apaixonado por política e dedicou toda a sua vida aos seus conterrâneos, vindo a falecer em 1978 aos 47 anos de idade), visitava os eleitores em suas casas. Muito querida, com uma legião de compadres e comadres, fazia a peregrinação na busca de voto para o teimoso filho. Eis que chega em uma casa e a eleitora, isso depois de fazer festa com a presença da pessoa querida, benquista na sociedade etc etc... Começa a pedir algo como um "agrado" para votar. Diante de várias negativas, de discursos da minha mãe dizendo que quem compra vota não presta (lembrando Dom Aloísio "quem compra voto ou roubou ou vai roubar"), a eleitora, fixando o olhar nas duas alianças que demonstrava a viuvez da minha amada mãe, lançou o último apelo: "POIS DONA MARIA JÁ QUE A SENHORA TEM DUAS ALIANÇAS, ME DÊ UMA DESSAS...";

Episódio 3 - (com meu filho Deodato J. Ramalho Neto - eleição de 2010):

Mesmo não sendo candidato, desde que eu me entendo como gente, participo e acabo levando os que me são próximos a participar das campanhas dos candidatos do meu Partido. Em 2010 não foi diferente. Como não tive muito tempo de ir a Boa Viagem pedi ao meu filho para fazer algumas visitas para pedir voto para os nossos então candidatos Ilário e Rachel Marques. Sempre recebido festivamente em várias das casas visitadas, com expressão de carinho e, em muitos casos, de agradecimento por algo que eu já havia feito por ela ou alguém dela etc etc. Com alegria, e tenho certeza que era sincera, diziam "AH, GOSTO MUITO DO DEODATINHO, SEU PAI MEU FILHO JÁ ME AJUDOU MUITO...". Contudo, todavia, com honrosas exceções, na hora que se falava de voto, vinha a terrível proposta de negociação "tenho cinco votos em casa, eu tô vendendo, mas tô precisando de R$ 250,00...".

Episódio 4 (da minha amiga - eleição de 2012 em Fortaleza):

Candidato encontra algumas eleitoras e uma pede R$ 50,00 com a promessa de "voto garantido". Passados alguns minutos, eis que a eleitora retorna para devolver os R$ 50,00, o que motivou o estranhamento do candidato pelo gesto. Já estava pensando em algo positivo, em arrependimento pela venda do voto por parte da eleitora, quando ela explica: "estou devolvendo porque encontrei ali outro candidato que me deu R$ 150,00). No senso comum, lamentavelmente, o que é destacado como honestidade é a atitude de devolver o valor pelo qual havia vendido o voto anteriormente...

É trágico ou não é?

sábado, 31 de agosto de 2013

A COMEMORAÇÃO É PELA VITÓRIA DO MUNICÍPIO...

Decisão Plenária
Acórdão em 20/08/2013 - RCED Nº 3277 JUIZ LUÍS PRAXEDES VIEIRA DA SILVA
Publicado em 27/08/2013 no Diário de Justiça Eletrônico, nº 157, página 9/10
Inicialmente, julgando preliminares de ausência de interesse de agir da recorrente; de ausência de interesse de agir em face de decisão na Justiça Comum proferida na ação Ordinária nº 2008.0015.8190-9/0; e de nulidade da citação feita pelo Tribunal de Contas dos Municípios, o Tribunal, por unanimidade, decide pela rejeição das prefaciais. Logo após, julgando preliminar de decadência da inclusão do PSD como litisconsórcio necessário, a Corte, por unanimidade, não conhece da preludial. No mérito, o Tribunal, por maioria e em consonância com o parecer ministerial, conhece do recurso contra expedição de diploma para dar-lhe provimento, a fim de cassar os diplomas de Fernando Antonio Vieira Assef e Maria da Conceição Costa Araújo, eleitos para os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito no Município de Boa Viagem, tudo nos termos do voto do Relator. Vencido o Juiz Manoel Castelo Branco Camurça, que votou pelo conhecimento e improvimento do presente recurso, a fim de guardar coerência com seu entendimento esposado quando do julgamento do Recurso Contra Expedição de Diploma nº 13-71.2013.6.06.0000.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

VAMOS QUE VAMOS... QUE VENHA AGORA O "MAIS PROFESSORES..."

Mais Médicos atende a uma reclamação da sociedade, diz Dilma

A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender nesta quinta-feira (29) o Programa Mais Médicos e disse que o projeto atende a uma reclamação da sociedade. A declaração foi feita durante seu discurso na formatura de 1,7 mil alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em Campinas.
“Fizemos esse programa [Mais Médicos] porque há uma reclamação [da sociedade]. O governo que não escutar a reclamação do povo, não é um bom governo. Nós escutamos que a saúde tem um problema, o atendimento. Então fizemos um programa de chamamento para onde não tinham médicos suficientes. Aqui no Brasil, há 700 municípios em que nenhum médico mora lá”, disse a presidenta.
Segundo Dilma Rousseff, a consulta por demanda de médicos em todo país apontou a necessidade de contratação de 15 mil profissionais. Para justificar a vinda de médicos estrangeiros, a presidenta ressaltou que “não houve número de médicos suficientes para alguns lugares do Brasil, que geralmente tem menos médicos, como periferias, interior do país, zona de fronteira, Semiárido nordestino e Amazônia e algumas regiões de grande pobreza com Índice de Desenvolvimento Humano [IDH] muito baixo”.
A presidenta disse que, nos Estados Unidos, a cada 100 médicos, 25 são estrangeiros. Na Inglaterra, o número chega a 37. Já no Brasil, o índice de médicos estrangeiros chega a 1,7 a cada 100 profissionais em atuação.
Sobre o Pronatec, a presidenta Dilma Rousseff destacou três pontos como essenciais ao programa: qualidade e diversidade dos cursos e o empenho dos estudantes. “Em nenhum país do mundo houve avanços significativos enquanto as pessoas não estudaram”.
“O Brasil precisa imensamente de profissionais com capacidade de trabalho, que tenham especialização. Nós somos um país que está se desenvolvendo rapidamente. Cada vez mais os trabalhos menos especializado vão perder importância e aqueles que pareciam menos especializados vão mudar, com a chegada do computador”, disse a presidenta.
Desde o início deste ano, foram matriculadas 3.184 alunos em Campinas, onde foram oferecidas 5.555 vagas a serem preenchidas até o fim do ano, totalizando um investimento de R$ 11,1 milhões. Em agosto, o Pronatec matriculou 657.241 estudantes em 1.872 municípios. A meta do governo federal é qualificar 1 milhão de brasileiros para o mercado de trabalho até 2014.
Entre os cursos mais demandados na cidade de Campinas, destacam-se o de operador de máquina de usinagem com comando numérico computadorizado; auxiliar de operações e logísticas, operador de empilhadeira e operador de torno com comando numérico computadorizado.
(Agência Brasil)

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Trem da Alegria do prefeito Roberto Cláudio. Salários de até R$ 8.002,00.

PRÓXIMA SEMANA TEM JULGAMENTO...

PROCESSO: RCED Nº 3277 - Recurso contra Expedição de Diploma UF: CE
582/2013
Nº ÚNICO: 3277.2013.606.0000
MUNICÍPIO: BOA VIAGEM - CEN.° Origem:
PROTOCOLO: 5822013 - 04/01/2013 10:40
RECORRENTE: ALINE CAVALCANTE VIEIRA
ADVOGADO: Manuel Gomes Filho
ADVOGADO: Rodrigo Feijó Abud
RECORRIDO: FERNANDO ANTONIO VIEIRA ASSEF, candidato diplomado ao cargo de Prefeito
RECORRIDO: MARIA DA CONCEIÇÃO COSTA ARAUJO, candidata diplomada a vice-prefeita
ADVOGADO: Cássio Felipe Góis Pacheco
RELATOR(A): JUIZ LUÍS PRAXEDES VIEIRA DA SILVA
ASSUNTO: RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA - INELEGIBILIDADE - REJEIÇÃO DE CONTAS PÚBLICAS
LOCALIZAÇÃO: COPRO-COORDENADORIA DE PROCESSAMENTO
FASE ATUAL: 14/08/2013 18:42-Enviado para ASJU3. Conclusos a(o) Relator(a)
 
 
 Andamento  Distribuição  Despachos  Decisão  Petições  Todos 
Andamentos
SeçãoData e HoraAndamento
COPRO14/08/2013 18:42Enviado para ASJU3. Conclusos a(o) Relator(a) Constará da pauta de julgamento do dia 20.08.2013.
COPRO14/08/2013 18:42Recebido
SPRO114/08/2013 14:48Enviado para COPRO. Remessa .
SPRO114/08/2013 14:48Publicada pauta no DJ n. 149, p. 12
SPRO114/08/2013 14:46RCED nº 32-77.2013.6.06.0000 incluído na Pauta de Julgamento nº 418/2013 . Julgamento em 20/08/2013.
SPRO114/08/2013 14:46Pauta de Julgamento nº 418/2013 publicada em 14/08/2013.
SPRO112/08/2013 18:36Cancelado o envio para SEÇÃO DE AUTUAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

OUTRO FRANCISCO ANTES DO PAPA FRANCISCO..."NON TENHAM MEDO NÃO..." É A CARA DELE!



Soube agora mesmo do falecimento do grande sacerdote Padre Albino Donatti. A melhor definição para ele é essa mesmo: grande humanista e cidadão do mundo. No sertão de Senador Pompeu foi sempre um aliado, animador, da luta do povo mais humilde. Sua casa era um porto seguro para o movimento social, para os mais humildes. Tive a honra não apenas de ser seu advogado, e da paróquia de Senador Pompeu, mas de gozar da sua amizade. Tinha por ele um enorme admiração, respeito e carinho. O acompanhei e assessorei em várias de suas lutas, como a articulação com seus amigos italianos para salvar a Cooperativa de Senador Pompeu. Depois que retornou para sua terra natal,a Itália, pequena vila nas imediações de Trento, lá estive com ele e pude sentir todo o seu imenso amor por Senador Pompeu, pela nossa gente e, sobretudo, pelo desejo de um Brasil melhor, com justiça social. Guardarei sempre seu nome na minha mente e no meu coração.

Faço minhas essas palavras do colega Valdecy Alves:

quarta-feira, 7 de agosto de 2013
FALECE O GRANDE HUMANISTA E CIDADÃO DO MUNDO ALBINO DONATTI - UM PADRE ITALIANO MILITANTE DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO QUE FEZ HISTÓRIA NAS LUTAS POPULARES DAS CIDADES POR ONDE PASSOU - SENADOR POMPEU - CEARÁ - UMA DAS QUE LHE É GRATA POR TODO O SEU TRABALHO SOCIAL QUE O MANTERÁ VIVO PARA SEMPRE – SOU-LHE GRATO PELO MUITO QUE ME ENSINOU DE LUTA POPULAR E EXERCÍCIO DA CIDADANIA! ELE ENSINAVA QUE AMAR ANTES DE TUDO É AGIR PARA CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR PARA TODOS E QUE O PARAÍSO NÃO ERA NO OUTRO MUNDO – MAS QUE TINHA QUE SER CONSTRUÍDO COM A PARTICIPAÇÃO DE TODOS AQUI NA TERRA - A PARTIR DA FORÇA DA FÉ E NO CRISTO QUE ELE TINHA COMO EXEMPLO MAIOR!

Padre Albino Donatti
(Foto: Valdecy Alves)
Segundo informações do padre João Melo de Senador Pompeu (CE), do Blog do Instituto Casarão  e do blog do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Senador Pompeu, faleceu hoje (07/08/2013), na Itália, Padre Albino Donatti. Padre Albino veio como padre desenvolver seus trabalhos sacerdotais no Sertão do Nordeste. Esteve por algum Tempo na cidade de  Santa Helena e em Cajazeiras no Estado da Paraíba, de onde acabou sendo expulso pelos políticos conservadores locais, que viam com escândalo um padre que fazia política, o que era comum aos sacerdotes ligados à Teologia da Libertação. Forma de atuação que misturava o cristianismo com a teoria de Karl Marx. Expulso da Paraíba passou a morar e a ser Padre de Senador Pompeu, onde causou uma verdadeira revolução, um terremoto... com a sua forma de atuar, agir e interferir para construção de um mundo melhor. 

Em Senador Pompeu acabou entrando em conflito com políticos locais, sendo o mais famoso dele as brigas que fora parar na Justiça com o prefeito da época José Rolim Gomes e até com vários vereadores do Município. Grandes personagens atuaram em Senador Pompeu militando com ele: O vereador e advogado Deodato Ramalho, o Escritor Junior Saraiva, o Pintor Erasmo Carlos, os Escultores Máximo e Valmirez, o grande artista plástico Paraibano José Modesto.  Padre Albino fundou a Escola de Arte de Senador Pompeu, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antonio Conselheiro, auxiliou na tomada de cooperativas e sindicatos das mãos de patrões e grupos políticos pelos trabalhadores. FEZ HISTÓRIA NOS MOVIMENTOS POPULARES FORTALECENDO A LUTA POR LIBERDADE, DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA! Além de ter  construído o Teatro do Salão paroquial e ter criado há 30 anos atrás a nacionalmente conhecida CAMINHADA  DA SECA, já em sua 30ª edição. UM GRANDE PADRE, UM CIDADÃO MILITANTE, UM TRABALHADOR, UM SONHADOR, UM SER HUMANO MARAVILHOSO E ÉTICO. QUE CONTINUARÁ VIVO EM TODAS AS MENTES QUE O CONHECERAM E PASSARAM A RESPEITAR, POIS É MAIS QUE UM HOMEM: AGORA, MORTO, É UM SÍMBOLO!


Capa de Monografia de Cláudio Vitoriano
Presidente da FAMSEP

O grande pensador Joseph Campbel dizia que o heroi criador consegue guiar a sociedade, como um farol. Sendo grande não nos momentos da vitórias da luta de um povo, mas no momento da responsabilidade e muitas vezes no silencioso momento em que no desespero, silenciosamente conduz a cruz e faz do sacrifício base da libertação de todos. Uma vez morto fica ainda mais vivo e eternizado como símbolo, pois se torna mito. PADRE ALBINO É UMA FIGURA MITOLÓGICA NA HISTÓRIA DE SENADOR POMPEU. Fez sem prometer, construiu sem roubar, muitas vezes edificando prédios com recursos de sua aposentadoria, lutou para conscientizar, para ensinar a pescar, para livrar muitos da ignorância, para despertar talentos, para libertar da exploração e da escravidão de uma política cruel, opressora e exploradora desde o tempo colonial. ESTÁ VIVO NA SOCIEDADE DE SENADOR POMPEU E NO CORAÇÃO DAQUELES QUE O AMARAM E PARA SEMPRE PASSARAM A ADMIRAR.

Conheci Padre Albino ainda adolescente, tornando-me militante de várias causas, trabalhando com ele como sacristão e auxiliar geral. Mas ao mesmo tempo militando no teatro da paróquia e na pastoral dos jovens nos movimentos políticos. FUI CHAMADO DE COMUNISTA. DE SOFRER MÁ INFLUÊNCIA DE PADRE ALBINO E POLÍTICOS LOCAIS VISITARAM MEU PAI ACONSELHANDO A ME AFASTAR DO PADRE DIZENDO QUE ACABARIA PRESO COMO SUBVERSIVO!  Agradeço pelo muito que me ensinou, que fez pelo povo de minha terra natal. OBRIGADO, MEU AMIGO! Enquanto estiver vivo perpetuarei seus feitos, seus exemplos, sua história, seu sonho por um mundo justo e uma sociedade melhor, onde os direitos mínimos fundamentais fossem respeitados. Abaixo fragmento de uma entrevista que gravei com Padre Albino Donatti no ano de 1995, quando estava de férias em Senador Pompeu e cursava Direito em São Paulo:

Morreu como homem, para converter-se em eterno mito, para sempre vivo na grande galeria dos que fazem história e guiam multidões, despertando as mais profundas utopias no ser humano. PERDEMOS UM FAROL! UM GUIA! GANHAMOS UMA ESTRELA NO ALTO DA ABÓBADA CELESTE QUE PODE SEMPRE GUIAR PELO QUE DISSE, PELO QUE FEZ, PELO EXEMPLO. ADEUS AMIGO ALBINO DONATTI!