DEMAGOGIA ILUDE, MAS ACABA PREJUDICANDO O POVO E A COLETIVIDADE.

(Fábio Campos - Jornal O POVO - 08.09.09)

AS VOZES DO ATRASO ESTÃO SEMPRE VIVAS

O Governo do Ceará faz sua parte providenciando as fiscalizações. “Os dados são do Departamento de Trânsito do Ceará (Detran-CE), que confirma o reforço na fiscalização este ano. De janeiro a agosto, o órgão apreendeu, em todo o Estado, 813 motos, uma média de 101 por mês”. Diante do absurdo que se assiste no Interior, talvez ainda seja pouco. O Governo poderia ser ainda mais severo. O que chama a atenção é o nível de reclamação contra as fiscalizações. Quando elas partem dos infratores é até compreensível. O problema é quando muitos dirigentes públicos e detentores de mandatos passam a condenar as ações de fiscalização do Estado. Uma reclamação que não é feita às claras. Portanto, é a do pior tipo. É a reclamação tipicamente politiqueira ou movida por interesses politiqueiros. Entenda-se: os que reclamam avaliam que o Governo perde politicamente quando cumpre com sua obrigação. O raciocínio, de grande estupidez, é o seguinte: como é imenso o público usuário de motos o Governo deveria relaxar na fiscalização do uso das mesmas para não perder supostos votos. Então, deixa o usuário sofrer traumatismo craniano, deixa que ele morra, fique paralítico, que leve a família ao mais terrível sofrimento, que não pague os impostos do veículo, que não regularize seus documentos. O contribuinte paga a conta. Tudo em nome de uns votinhos. Um bom militante de esquerda na década de 80 diria que isso é “a barbárie”. Que o Governo mantenha a linha adotada até aqui.

A SEGURANÇA DEVE SER INTEGRADA

De uma leitora: “Sou leitora assídua da Coluna Política e, assim como tantos outros cidadãos desta cidade, me sinto contemplada com sua fala cotidiana sobre a necessidade de construirmos uma cidade civilizada, como imperativo para uma vida mais digna para todos. Na Coluna do dia 4/9, tudo o que foi dito me trouxe alegria e esperanças, que, em mim, se renovam a cada dia, a cada pequeno passo que seja, dado no caminho da organização do nosso espaço urbano. Trago, neste sentido, uma reflexão que a muito venho amadurecendo na minha cabeça, mas que é tão simples que me parece ingênua e improvável. Não a contenho mais dentro de mim: por que raios os diversos entes públicos de nossa cidade (de nosso Estado, de nosso País) não conversam entre si e não atuam de forma integrada? Explico: por que o Ronda do Quarteirão, a Guarda Municipal, a PM e agentes da AMC, para citar alguns, muitas vezes todos juntos na Beira-Mar nos fins de tarde, por exemplo, não atuam em sintonia, auxiliando uns aos outros na fiscalização, indicação e educação daqueles que cometem toda a sorte de pequenas e grandes infrações, como: ciclistas sobre o calçadão, carros parados à esquerda da avenida - para comprar milho, conversar com amigos, exibir seus carros - pedestres com seus lindos cachorrinhos que fazem ali, onde pessoas caminham, suas necessidades, paredões de som que emudecem a todos?”

Postagem sugerida pelo Dr. Amâncio Filho.