FORTALEZA CADA VEZ MAIS APLAUDE O SECRETÁRIO DEODATO RAMALHO.

(Fábio Campos - O POVO - 11.09.09)

O atraso se recusa a ver a nova pauta
Fábio Campos11 Set 2009 - 01h23min
Como é usual, a política demora a perceber as questões prementes. A política é de natureza conservadora. É feita por aqueles que se apegam ao sistema que os levou ao poder. Em grande parte, a política é feita por políticos que se mantêm fieis às circunstâncias que os elegeram. É isso que faz com que a política tenha enorme dificuldade de perceber que, por exemplo, a pauta das cidades (temas urbanos) palpita e tende a substituir o ramerrão que marca o discurso tradicional das campanhas eleitorais. Aos poucos, muito aos poucos, os políticos vão percebendo que as políticas urbanas demandam as devidas atenções. Em um bairro, tão importante quanto a escola com a merenda em dia e um professor preparado em sala de aula é a condição física da praça, a limpeza, a iluminação, o silêncio e o clima de paz comunitário. Tão importante quando um posto de saúde bem equipado e com bons servidores é a organização urbana do bairro sem monturos, com calçadas livres, despoluído visualmente e sem agressões ao direito ao silêncio. Cada vez mais os cidadãos vão se organizar em torno dessas questões. E a política vai, enfim, correr atrás. A intensidade das respostas que os leitores dão quando a Coluna aborda tais questões talvez seja uma boa medida das afirmações acima. Nos dois próximos tópicos, exemplos de manifestações de leitores.

OS TRÔPEGOS SOBRE DUAS RODAS

Do médico, militante do serviço público, e ex-vereador José Maria Pontes (PT): “A Coluna me chamou atenção pelo fato de tocar em um dos maiores problemas de saúde pública do nosso Estado, que é o acidente de moto. Dou plantão aos domingos em uma emergência. Fico apavorado com tanto acidente envolvendo moto. O motociclista está muitas vezes em completo estado de embriaguez. O número de mortes neste tipo de acidente é grande, sem falar nos pacientes que ficam períodos longos nas nossas UTI(s), além daqueles que ficam com sequelas para o resto da vida. Dirigir moto com capacete e sem estar alcoolizado já é perigoso, imagine movido a álcool e sem capacete! O Sindicato dos Médicos e o Conselho Regional de Medicina fazem frequentemente encontros de três dias com os médicos em cidades do nosso Interior. Uma queixa comum é a alta incidência de acidentes de moto em que o condutor não usa capacete. O volume de dinheiro do orçamento da saúde destinado ao atendimento destes pacientes é grande, sem falar de um valor que não tem preço: a vida. Os prefeitos devem mandar fiscalizar e punir quem não usa o capacete. O favor político não pode está acima dos interesses da coletividade. Que se faça cumprir a lei para o benefício de todos, pois a vida não tem preço“.

SEM ESSA DO COITADINHO

Do leitor Luiz Henrique Falcão: “A Coluna está se tornando guardiã de nossa cidade ao dar voz aos cidadãos de bem que se sentem usurpados todos os dias pela falta de educação e respeito que pairam em nossa cidade pela falta da mão pesada do Estado. Temos que acabar com essa onde de coitadinho. Outro dia estava vendo uma reportagem em uma TV local onde o repórter foi totalmente parcial ao apontar o problema dos feirantes da Beira-Mar, ouvindo uma parte sem direito ao contraditório... Segundo o secretário Deodato Ramalho (Semam), depois que aumentou a fiscalização, a quantidade de pedidos de licença também aumentou. Ninguém quer trabalhar correndo risco de levar multa ou ter seu estabelecimento fechado. O povo precisa ter a sensação de que tem gente olhando pelo todo. Homens como esse secretário precisam ser encorajados para que continuem fazendo seu serviço.