Política
Tasso e a lista do presidente Lula
(Este artigo é do jornalista Fábio Campos - O POVO 16 Set 2009 - 01h42min - Atenção: a manchete acima é do blog e não do artigo do jornalista).
Vejam com atenção um trecho da reportagem assinada pela jornalista Christiane Samarco na edição do último domingo do O Estado de S.Paulo: "A agenda eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não trata só da articulação de palanques regionais fortes para a candidata oficial, Dilma Rousseff. O planejamento estratégico também cuida de uma espécie de -lista negra- com alvos a abater nas urnas. A lista tem três senadores tucanos - Marconi Perillo (GO), Tasso Jereissati (CE) e Arthur Virgílio (AM). Todos os acordos eleitorais patrocinados pelo Planalto nas regiões desses candidatos miram a derrota dos inimigos políticos. O jogo do Planalto fica visível sobretudo no Ceará, onde o presidente não esconde nem dos velhos aliados de Tasso a disposição de tirar-lhe a cadeira de senador. Como são duas vagas em cada Estado, além de apoiar a eleição do peemedebista Eunício Oliveira, o presidente decidiu lançar a candidatura de seu ministro da Previdência Social, deputado José Pimentel (PT). Não satisfeito, ainda procurou os irmãos Gomes - o governador cearense, Cid Gomes (PSB), e o pré-candidato do PSB a presidente, deputado Ciro Gomes - pedindo apoio para Pimentel".
Tasso e a lista do presidente Lula
(Este artigo é do jornalista Fábio Campos - O POVO 16 Set 2009 - 01h42min - Atenção: a manchete acima é do blog e não do artigo do jornalista).
Vejam com atenção um trecho da reportagem assinada pela jornalista Christiane Samarco na edição do último domingo do O Estado de S.Paulo: "A agenda eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não trata só da articulação de palanques regionais fortes para a candidata oficial, Dilma Rousseff. O planejamento estratégico também cuida de uma espécie de -lista negra- com alvos a abater nas urnas. A lista tem três senadores tucanos - Marconi Perillo (GO), Tasso Jereissati (CE) e Arthur Virgílio (AM). Todos os acordos eleitorais patrocinados pelo Planalto nas regiões desses candidatos miram a derrota dos inimigos políticos. O jogo do Planalto fica visível sobretudo no Ceará, onde o presidente não esconde nem dos velhos aliados de Tasso a disposição de tirar-lhe a cadeira de senador. Como são duas vagas em cada Estado, além de apoiar a eleição do peemedebista Eunício Oliveira, o presidente decidiu lançar a candidatura de seu ministro da Previdência Social, deputado José Pimentel (PT). Não satisfeito, ainda procurou os irmãos Gomes - o governador cearense, Cid Gomes (PSB), e o pré-candidato do PSB a presidente, deputado Ciro Gomes - pedindo apoio para Pimentel".
DE NOVO, O HISTÓRICO PODE PESAR?
O desejo de Lula tem forte impacto no processo político do Ceará. No âmbito do PT, a determinação uníssona é emplacar a candidatura do ministro José Pimentel no bojo da aliança que vai trabalhar a reeleição de Cid Gomes (PSB). Ou seja, um só palanque majoritário com Cid, Eunício e Pimentel. O mesmo trio no horário eleitoral gratuito. No comando do PMDB, a tese já é vista com alguma aceitação. O problema é que não se ouviu até aqui uma só frase do governador a respeito do assunto. De público, o único compromisso de Cid é com a candidatura de Eunício Oliveira. Trata-se de um acerto político que vem das articulações das eleições de 2006. Na época, Eunício retirou a sua pretensão de candidatar-se ao Senado para viabilizar a candidatura de Inácio Arruda (PCdoB). Naquela disputa, havia uma só vaga. Agora são duas. Sabe-se que o papel do governador é determinante. Na história recente do Ceará, todos os eleitos para o Senado chegaram lá com o apoio do governador de plantão. Isso ocorreu até quando as condições pareciam desfavoráveis, como na disputa em que um desconhecido Beni Veras, apoiado por Tasso e Ciro, atropelou a candidatura de Paes de Andrade em 1990. Esse fator ganha ainda mais relevo quando se sabe que não se visualiza concorrentes em condições de tirar a reeleição de Cid Gomes.
NO VÁCUO, O FATO SE CONSUMA
E o que pensam as cabeças do PMDB? Sobre isso, fala-se pouco e ouve-se muito. Mas os bastidores fervilham. No partido, já se percebe a aceitação de uma chapa para senador Eunício-Pimentel, com apoio de Cid e de Lula. Contra Tasso Jereissati. Um cacique do PMDB se baseia no histórico: "A eleição do governador arrasta os senadores". Outra: "Com o governador apoiando a chapa, os prefeitos tendem a migrar para as candidaturas ao Senado que Cid apoiar. Agir assim é da natureza das lideranças políticas do Interior, mesmo que pertençam a siglas que não estão na aliança". Outro ponto levantado: numa eleição para o Senado não é a capacidade de levantar recursos financeiros para a campanha que determina a vitória. "Um bom caixa todos vão ter. O que faz a diferença é a política", diz a fonte. Trocando em miúdos, o apoio de Cid é a questão. É óbvio que o governador vai permanecer calado até que as circunstâncias políticas e o calendário eleitoral imponham a abertura das negociações e um posicionamento público. Enquanto isso, como não há vácuo em política, o petismo vai tratando a candidatura de Pimentel como fato consumado.
O LEGADO QUE NÃO VEIO AO PRESENTE
E como fica Tasso Jereissati? O senador tem um aliado de peso dentro da aliança favorável a Cid. Seu nome: Ciro Gomes, que pode ser candidato a presidente da República. Sobre Cid, uma lembrança: no início do ano passado, em entrevista ao programa Jogo Político (TV O POVO e TV Assembleia), ao ser perguntado sobre o possível apoio à candidatura de Tasso Jereissati, o governador afirmou, sem pestanejar, que seu único compromisso era com a aliança partidária que o elegeu em 2006. Numa leitura sem mediações, o PSDB não compõe esse compromisso. Mas, a política é feita de mediações. Tasso tem a seu favor um "recall" sem concorrência. Trata-se da maior liderança política do Ceará após o fim da ditadura militar. Deixou a sequência de gestões no Governo com imensa aceitação popular. Tem contra si o fato de ter deixado de lado, ainda quando governador, a disputa de posições no âmbito dos formadores de opinião. Sua mediação com o distinto público, inclusive os leitores de jornal, dava-se somente através da publicidade oficial. Sem um partido sólido a defender seu histórico, o legado tucano envelheceu. Virou coisa do passado que as novas gerações não compartilham. Assim, o que fez de bom acabou empanado pelo discurso da oposição de esquerda.
5 comentários:
Colegas blogueiros,
O Senador Jereissati é empresário, muito mais empresário do que político. Ele entrou na política para defender os interesses de suas empresas no congresso Nacional.
É sempre assim, eles os empresários vão para Brasília quando sentem que as coisas para o lado dos trabalhadores estão melhorando. O próprio Senador Tasso é um deles.
Ele quando governador por 12 anos, tirou várias conquistas trabalhistas dos professores, quem não se lembra dos anuênios e quinquênios que sempre recebíamos.
Além da situação minguada dos salários, que eram baixíssimos. É bom lembrar tudo isso a todos os funcionários públicos.
É bom lembrar caro professor, que antes do Tasso sequer vcs recebiam seus vencimentos.
Ou o senhor não lembra da "Gonzaguetas"?
O Governador Tasso devolveu a credibilidade para o Estado do Ceará, colocou o funcionalismo em dia, reduziu a mortalidade infantil, implantou o programa de agentes comunitários de saúde, ganhou certificação do Unicef.
Por isso bata na boca antes de falar do Tasso, pois o que ele mais deixou foi saudade.
Espero que um dia ele resolva se candidatar novamente a Governador.
é anônimo também num lembra que o Tasso antes de ser governador era um empresário quebrado, que deixou o Ceará cheio de dívidas que atrapalhou todo o governo do Lucio Alcantara. Vendeu a Coelce e dinheiro evaporou, ninguém sabe ninguém viu. E a perseguisão aos servidores? E a patifaria feita no Banco do Nordeste?
e o BEC que o Tasso embolçou.??!!
Colegas blogueiros,
O grande problema é que os defensores do Tasso, sofrem de grandes esquecimentos.
Nunca se soube onde foi parar 1 bilhão de reais do dinheiro da coelce.
O ex Deputado João Alfredo, hoje Vereador por Fortaleza, tentou de várias formas descobrir onde anda esse dinheiro. Não conseguiu.
As privatizações foram as maiores fraudes, os maiores engodos, as maiores falácias já vistas nesse estado.
E ainda dizem que esse Senador fez isso ou fez aquilo. Pagar salários em dias é obrigação de qualquer um. Não é favor não.
O autor das gonzaguetas o elegeu em 1986 para o governo do estado. Depois o Tasso o traiu miseravelmente, lembram-se???
O Tasso é altamente ingrato, não respeita ninguém, se acha o próprio. Lá em Brasília não conseguiu se destacar no congresso Nacional.
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