Governistas e oposicionistas dizem por que não votar em Serra ou em Dilma
Entrevistas com dez nomes da política nacional foram feitas pela revista Rolling Stones Brasil
24/06/2010 16:20
As últimas pesquisas de intenção de voto apontam certo equilíbrio entre PT e PSDB, e mesmo os discursos de Dilma Rousseff e José Serra são, por vezes, bem parecidos. Porém, para os aliados e inimigos de um e outro candidato, eles são muito diferentes. Em entrevistas feitas pela revista Rolling Stone Brasil para conhecer os argumentos negativos e positivos que dez políticos - sendo metade da base governista e metade da oposicionista - defendem para cada candidato, não faltaram acusações.Para os aliados de Dilma, Serra figura como incapaz e inábil. A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) defende que há tendência de inverter o sentido atual de governo com o candidato do PSDB. “Até porque vão governar com quem? Com o mesmo arco de alianças que governaram anteriormente, com o PFL (DEM)”.
Entrevistas com dez nomes da política nacional foram feitas pela revista Rolling Stones Brasil
24/06/2010 16:20
As últimas pesquisas de intenção de voto apontam certo equilíbrio entre PT e PSDB, e mesmo os discursos de Dilma Rousseff e José Serra são, por vezes, bem parecidos. Porém, para os aliados e inimigos de um e outro candidato, eles são muito diferentes. Em entrevistas feitas pela revista Rolling Stone Brasil para conhecer os argumentos negativos e positivos que dez políticos - sendo metade da base governista e metade da oposicionista - defendem para cada candidato, não faltaram acusações.Para os aliados de Dilma, Serra figura como incapaz e inábil. A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) defende que há tendência de inverter o sentido atual de governo com o candidato do PSDB. “Até porque vão governar com quem? Com o mesmo arco de alianças que governaram anteriormente, com o PFL (DEM)”.
A senadora ainda especulou sobre o caráter de Serra: “Convivo com muitas pessoas que foram adversárias, inimigas e companheiras do Serra. Se há algo que é praticamente consenso, é que devemos ter sempre muito cuidado com as costas”, salientou.Cândido Vaccarezza (PT-SP) ressaltou outro aspecto da personalidade do tucano:
“Uma de suas características é a agressividade, inclusive, podem-se observar os ‘pitis’ que ele dá”. Paulo Paim (PT-RS) fez uma análise sobre a proposta atual baseada em experiências passadas com o PSDB, “não corresponde ao nosso programa principal de apoio ao social, como instrumento de valorização do mercado interno e distribuição de renda”.
Para Brizola Neto (PDT-RJ), o governo Serra representaria um retrocesso por “interromper o processo de emancipação nacional iniciado pelo presidente Lula, com política de reafirmação de soberania nacional no plano internacional e garantia de crescimento econômico baseado em políticas sociais”.
Já para os que estão com Serra, Dilma está entre a mentira e a inexperiência. Artur Virgílio (PSDB – AM) disse que não arriscaria votar em quem nunca disputou uma eleição e não esteve diante da responsabilidade de liderar.
“O que a gente conhece da ministra Dilma é o que o presidente Lula diz”. E completa: “Ela ainda está na puberdade política”. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) segue na mesma linha, e afirma que a pré-candidata não pode “exibir uma biografia testada pelas urnas”. Para ele, “a promiscuidade entre as esferas públicas e privadas revelada nas entranhas do escândalo do Mensalão deve ser banida”. Líder do PSDB na Câmara dos Deputados, João Almeida (BA) acusa a ministra de não ter conseguido efetivar programas e gerir a questão energética.
“A pífia execução do PAC não tem foco, objetivo ou resultado. Por ser fantasioso e megalomaníaco, não conseguiu cumprir as metas mágicas estabelecidas pelo governo. Ela culpou a natureza pelo apagão de seu ‘desgoverno’, quando na verdade foi devido à incompetência administrativa pessoal”. Arnaldo Madeira (PSDB-SP) completa as críticas dizendo que Dilma faz como Lula: “diz hoje uma coisa, amanhã outra, de acordo com suas conveniências”.
O único que preferiu não criticar foi Romero Jucá (PMDB-RR). “Os dois são preparados e têm visão técnica. Pensando individualmente, não há grandes diferenças. Apenas a linha do social do governo Lula é mais acentuada do que a do PSDB. Ainda bem que não se ganha o voto na base da desqualificação de um ou outro, porque os dois estão equilibrados no preparo”, disse.
Redação O POVO Online com informações da revista Rolling Stones Brasil
Redação O POVO Online com informações da revista Rolling Stones Brasil
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