Ministério Público nega participação de autoridades em fraudes
Segundo a Procuradoria de Justiça dos Crimes Contra a Administração Pública, o esquema de desvio de recursos através de licitações fraudulentas envolveria apenas empresas e prefeituras. Reportagem da revista Veja inclui Ciro e Cid Gomes
Ítalo Coriolano
coriolano@opovo.com.br
20/09/2010 02:00
O Ministério Público Estadual informou que, até o momento, não há indícios de participação de autoridade federal ou estadual em um suposto esquema de desvios de verbas – R$ 300 milhões – de prefeituras cearenses. O caso – que está sendo apurado em parceria com a Polícia Federal - foi denunciado na última edição da revista Veja, e envolveria o governador Cid Gomes, seu irmão, o deputado federal Ciro Gomes, e o deputado estadual Zezinho Albuquerque, todos do PSB.
Segundo certidão da Procuradoria de Justiça dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), Benon Linhares, datada da última sexta-feira, os delitos estariam sendo praticados por empresas sediadas em Fortaleza e municípios do Interior.
O documento informa que as provas apreendidas estão sob análise da perícia forense da Polícia Federal do Ceará. Parte desse material foi recolhido durante a Operação Goliath, deflagrada pela PF no último dia 23 de junho. Na ocasião foi executado mandato de busca e apreensão no gabinete da 1ª secretaria da Assembleia Legislativa, ocupado por Zezinho.
Segundo reportagem de Veja, a assessora do deputado, Maria Lúcia Martins – presa nessa mesma operação -, seria responsável por recolher os recursos oriundos de licitações fraudulentas.
O esquema, afirma a revista, teria começado em 2003, quando Ciro Gomes comandava o Ministério da Integração Nacional. A pasta teria repassado recursos para algumas prefeituras, que, por sua vez, realizavam licitações dirigidas para que a empresa vencedora fosse uma das 17 pertencentes ao empresário Raimundo Morais Filho.
Ele ficaria com 4% do valor e repassava o restante para Zezinho. Recebido o dinheiro, o parlamentar o mandaria para as prefeituras, que executavam obras ou serviços licitados com qualidade inferior à exigida nos contratos. O montante que sobrava serra reunido em um caixa dois, que, segundo os arquivos de Morais, teria custeado as campanhas de Cid para governador e de Ciro para deputado federal em 2006. De 2007 a 2009, período em que Ciro não era mais ministro, os recursos sairiam do próprio Governo do Estado.
Tanto o deputado federal como o governador Cid Gomes negam qualquer participação no suposto esquema, e adiantam que irão processar judicialmente a revista. Para Ciro, as acusações são “levianas e mentirosas”, e pretendem “alterar a vontade popular que se manifesta na preferência pelo Cid em todas as pesquisas”.
Segundo a Procuradoria de Justiça dos Crimes Contra a Administração Pública, o esquema de desvio de recursos através de licitações fraudulentas envolveria apenas empresas e prefeituras. Reportagem da revista Veja inclui Ciro e Cid Gomes
Ítalo Coriolano
coriolano@opovo.com.br
20/09/2010 02:00
O Ministério Público Estadual informou que, até o momento, não há indícios de participação de autoridade federal ou estadual em um suposto esquema de desvios de verbas – R$ 300 milhões – de prefeituras cearenses. O caso – que está sendo apurado em parceria com a Polícia Federal - foi denunciado na última edição da revista Veja, e envolveria o governador Cid Gomes, seu irmão, o deputado federal Ciro Gomes, e o deputado estadual Zezinho Albuquerque, todos do PSB.
Segundo certidão da Procuradoria de Justiça dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), Benon Linhares, datada da última sexta-feira, os delitos estariam sendo praticados por empresas sediadas em Fortaleza e municípios do Interior.
O documento informa que as provas apreendidas estão sob análise da perícia forense da Polícia Federal do Ceará. Parte desse material foi recolhido durante a Operação Goliath, deflagrada pela PF no último dia 23 de junho. Na ocasião foi executado mandato de busca e apreensão no gabinete da 1ª secretaria da Assembleia Legislativa, ocupado por Zezinho.
Segundo reportagem de Veja, a assessora do deputado, Maria Lúcia Martins – presa nessa mesma operação -, seria responsável por recolher os recursos oriundos de licitações fraudulentas.
O esquema, afirma a revista, teria começado em 2003, quando Ciro Gomes comandava o Ministério da Integração Nacional. A pasta teria repassado recursos para algumas prefeituras, que, por sua vez, realizavam licitações dirigidas para que a empresa vencedora fosse uma das 17 pertencentes ao empresário Raimundo Morais Filho.
Ele ficaria com 4% do valor e repassava o restante para Zezinho. Recebido o dinheiro, o parlamentar o mandaria para as prefeituras, que executavam obras ou serviços licitados com qualidade inferior à exigida nos contratos. O montante que sobrava serra reunido em um caixa dois, que, segundo os arquivos de Morais, teria custeado as campanhas de Cid para governador e de Ciro para deputado federal em 2006. De 2007 a 2009, período em que Ciro não era mais ministro, os recursos sairiam do próprio Governo do Estado.
Tanto o deputado federal como o governador Cid Gomes negam qualquer participação no suposto esquema, e adiantam que irão processar judicialmente a revista. Para Ciro, as acusações são “levianas e mentirosas”, e pretendem “alterar a vontade popular que se manifesta na preferência pelo Cid em todas as pesquisas”.
7 comentários:
Deodatinho, será que o Ministério Público Estadual tem legitimidade para dar esse tipo de declaração? A questão aqui é de competẽncia do órgão ministerial. Quem atua no IPL? Resposta: Polícia Federal. Logo, o inquérito é - ou pelo menos deveria ser - acompanhado pelo Ministério Público Federal. Daí minha indagação: não seria o Ministério Público Federal quem deveria dar esse tipo de declaração? Pq não pediram lá uma certidão dessas, ou mesmo na PF? Será que essa certidão apresentada pelos irmãos Ferreira Gomes é válida mesmo? Fica a pergunta no ar...
Colegas blogueiros,
Acredito que a essa hora do nosso momento político, tentar plantar notícias, não funciona mesmo. O povo a cada denúncia, revolta-se mais ainda, Cid e Dilma só fazem subir nas pesquisas. Todo o nosso Brasil está atento a tudo. Os inimigos do povo, estão desesperados, aturdidos, delirantes, não entendem como vão perder logo no primeiro turno. A veja mais uma vez presta um grande serviço a ela própria, cada vez mais abre os olhos do povo brasileiro, para não dá ouvidos a esse jornalismo sujo e mercantilista. O importante para ela é apenas vender e receber o dinheiro dos trouxas que lhe dão ouvidos.
Comentários feito pelo prof Alfredo Carlos.
Muitas dessas investigações envolve equipes tanto da polícia federal quanto a estadual. Quando o assunto diz respeito a desvios de verbas federais a competência é da Justiça Federal, o que leva o assunto para órbita da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Isso não significa que não ocorra eventual colaboração com órgãos do Estado. No caso em discussão também a Polícia Federal emitiu uma nota oficial desmentindo a Veja.
Sem prejuízo das devidas apurações, não se pode negar que a Veja se tem notabilizado pela leviandade de muitas de suas reportagens. Tanto o rancor contra o PT e o Lula vêm longe, e se aprofundo quando o governo democratizou a compra de material escolar que, antes, era feito quase que exclusivamente pela Editora Abril, a dona da Veja.
quem está desse lado é tudo certinho. percebo que este blog percebe udo limpo do lado daí
A posição política deste blog é clara e sem subterfúgio. Tem lado sim. Porém, desafio qualquer um a apontar uma defesa que seja de atos de desvio de conduta de membros do governo do PT. O que sempre deixamos claro é que, seja contra quem for, uma acusação tem que ser provada. Infelizmente, muitos, como o anônimo aí de cima, ao invés de combater a corrupção, parta de onde partir, se justificam com o discurso alientante e desonesto de que todos são iguais. É claro que a corrupção é um câncer presente em muitas sociedades. A diferença é que no governo do PT ela foi e é duramente combatida, tanto assim que foi nesse governo que a Polícia Federal foi fortalecida (concurso píblico, melhoria salarial, equipamentos etc) e a Controladoria Geralda União passou a atuar de fato. Só para exemplificar: todas essas operações de grande envergadura no combate à corrupção foram desenvolvidas a partir de ações da Controladoria Geral da União em parceria com a Polícia Federal. Isso fala por si só.
Bem como não se confirma que a Delegada LAURÉLIA tenha sido atropelada propositalmente, como dizia outro site desta cidade, a mesma foi atropelada por um sujeito alcoolizado e identificado,
durante sua caminhada na Av. Beira Mar.
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