quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A ELITE NACIONAL E A GRANDE IMPRENSA COMERCIAL E PARTIDARIZADA.


"Para mim, o significado maior desta eleição é consolidara ruptura que Lula e o PTinstauraram na história politicabrasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braçoideológico,a grande imprensa comercial". (Leonardo Boff)

Leonardo Boff:

Consolidar a ruptura histórica operada pelo PT 30.08.10 – BRASIL
Consolidar a ruptura histórica operada pelo PT Leonardo Boff *, no AditalPara mim o significado maior desta eleição é consolidar a ruptura que Lula e o PT instauraram na história política brasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braço ideológico, a grande imprensa comercial. Notoriamente, elas sempre mantiveram o povo à margem da cidadania, feito, na dura linguagem de nosso maior historiador mulato, Capistrano de Abreu, “capado e recapado, sangrado e ressangrado”. Elas estiveram montadas no poder por quase 500 anos. Organizaram o Estado de tal forma que seus privilégios ficassem sempre salvaguradados. Por isso, segundo dados do Banco Mundial, são aquelas que, proporcionalmente, mais acumulam no mundo e se contam, política e socialmente, entre as mais atrasadas e insensíveis. São vinte mil famílias que, mais ou menos, controlam 46% de toda a riqueza nacional, sendo que 1% delas possui 44% de todas as terras. Não admira que estejamos entre os países mais desiguais do mundo, o que equivale dizer, um dos mais injustos e perversos do planeta.Até a vitória de um filho da pobreza, Lula, a casa grande e a senzala constituíam os gonzos que sustentavam o mundo social das elites. A casa grande não permitia que a senzala descobrisse que a riqueza das elites fora construída com seu trabalho superexplorado, com seu sangue e suas vidas, feitas carvão no processo produtivo. Com alianças espertas, embaralhavam diferentemente as cartas para manter sempre o mesmo jogo e, gozadores, repetiam: “façamos nós a revolução antes que o povo a faça”. E a revolução consistia em mudar um pouco para ficar tudo como antes. Destarte, abortavam a emergência de outro sujeito histórico de poder, capaz de ocupar a cena e inaugurar um tempo moderno e menos excludente. Entretanto, contra sua vontade, irromperam redes de movimentos sociais de resistência e de autonomia. Esse poder social se canalizou em poder político até conquistar o poder de Estado. Escândalo dos escândalos para as mentes súcubas e alinhadas aos poderes mundiais: um operário, sobrevivente da grande tribulação, representante da cultura popular, um não educado academicamente na escola dos faraós, chegar ao poder central e devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde “a coisa pública”, o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade. Na linha de Gandhi, Lula anunciou: “não vim para administrar, vim para cuidar; empresa eu administro, um povo vivo e sofrido eu cuido”.
Linguagem inaudita e instauradora de um novo tempo na política brasileira. O “Fome Zero”, depois o “Bolsa Família”, o “Crédito Consignado”, o “Luz para Todos”, o “Minha Casa, minha Vida, o “Agricultura familiar, o “Prouni”, as “Escolas Profissionais”, entre outras iniciativas sociais permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa e da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor. Mas essa derrota infligida às elites excludentes e anti-povo, deve ser consolidada nesta eleição por uma vitória convincente para que se configure um “não retorno definitivo” e elas percam a vergonha de se sentirem povo brasileiro assim como é e não como gostariam que fosse. Terminou o longo amanhecer.

Houve três olhares sobre o Brasil. Primeiro, foi visto a partir da praia: os índios assistindo a invasão de suas terras. Segundo, foi visto a partir das caravelas: os portugueses “descobrindo/encobrindo” o Brasil. O terceiro, o Brasil ousou ver-se a si mesmo e aí começou a invenção de uma república mestiça étnica e culturalmente que hoje somos. O Brasil enfrentou ainda quatro duras invasões: a colonização que dizimou os indígenas e introduziu a escravidão; a vinda dos povos novos, os emigrantes europeus que substituíram índios e escravos; a industrialização conservadora de substituição dos anos 30 do século passado mas que criou um vigoroso mercado interno e, por fim, a globalização econômico-financeira, inserindo-nos como sócios menores. Face a esta história tortuosa, o Brasil se mostrou resiliente, quer dizer, enfrentou estas visões e intromissões, conseguindo dar a volta por cima e aprender de suas desgraças. Agora está colhendo os frutos. Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social. Celso Furtado, nosso melhor pensador em economia, morreu deixando uma advertência, título de seu livro A construção interrompida (1993): “Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta no devir humano. Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromper o nosso processo histórico de formação de um Estado-Nação” (p.35). Estas não podem prevalecer. Temos condições de completar a construção do Brasil, derrotando-as com Lula e as forças que realizarão o sonho de Celso Furtado e o nosso.
[Autor de Depois de 500 anos: que Brasil queremos, Vozes (2000)].
* Teólogo, filósofo e escritor

11 comentários:

Anônimo disse...

Êsse Maluf é mesmo um iluminado, seus processos sempre emperram até prescreverem, sorte igual, só aquêle Deputado da Bahia que ganhava na "Sena" da Caixa, quase todas as semanas.

Anônimo disse...

O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), extinguiu a punibilidade do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta em uma ação penal relativa a superfaturamento de obras. O Código Penal reduz à metade o prazo prescricional no caso de o réu ter mais de 70 anos, caso de Maluf. Já Celso Pitta morreu em 2009.

Na ação, os réus são acusados de falsidade ideológica e de crime de responsabilidade contra a administração pública, que tem prazo prescricional de 12 e oito anos, respectivamente. No caso de Maluf, os prazos caíram para seis e quatro anos devido à sua idade.

Anônimo disse...

O presidente do PT e coordenador da campanha de Dilma Rousseff, José Eduardo Dutra, admitiu que não há como controlar todos os petistas, referindo-se às notícias que apontam para o envolvimento de filiados ao partido na violação de sigilo fiscal, principalmente de tucanos ou pessoas próximas deles.

Anônimo disse...

logo logo vou detonar este blog de informações sobre o 45 de bv, aguardem.

Anônimo disse...

olá, to chegando

Anônimo disse...

SEGUNDO A GEOGRAFIA, O MUNDO TEM EM TORNO DE 198 PAÍSES.

MALUF, É PROCURADO EM 197, POR CRIMES DE EXTORSÃO, EVASÃO DE DIVISAS E ROMBO E SUPERFATURAMENTO NA PREFEITURA DE SÃO PAULO.

FORA O BRASIL, QUALQUER PAÍS QUE ELE VISITAR, SERÁ PRESO IMEDIATAMENTE.

QUEM ESTÁ NO RASTRO DELE, É A INTERPOL.

CARLOS disse...

DR DEODATO E ILEGAL OU SO IMORAL USAR FUNCIONARIO PUBLICO DENTRO DO SEU EXPEDIENTE SAIR NOS INTERIORES PEDINDO VOTO, PODEMOS DENUNCIAR PARA O PROMOTOR?

Deodato Ramalho disse...

Utilizar servidores públicos (de carreira, terceirizados) etc é conduta vedada por lei, ou seja, é proibido. Caso alguém tenha conhecimento pode sim comunicar ao Ministério Público (Promotor), que, tendo elementos de convencimento, poderá acionar a Justiça Eleitoral com uma investigação judicial eleitoral. Uma dica: tirem fotos do servidor na presença de testemunhas.

crítico disse...

Que cidadãos terá Boa Viagem no futuro? Talvez os piores, pois com tantos professores alienados em sala de aula, sem senso crítico e medrosos o futuro não nos promete boas pessoas.

Anônimo disse...

Boa Viagem só tem dois professores com conhecimento e coragem para encarar esse prefeito corrupto que administra Boa Viagem. O prof. Alfredo e o prof. Itamar. Parabéns aos dois. E o resto, tenham coragem e vão estudar...

Anônimo disse...

CONCORDO COM AS PALAVRAS DO ANÔNIMO, PARA PEITAR O FERNANDO ASSEF, DENTRO DO MAGISTÉRIO DE BOA VIAGEM, SÓ CONHEÇO DOIS PROFESSORES:

PROFESSOR ALFREDO E O PROFESSOR ITAMAR. ELES DOIS ARRISCAM A PRÓRIA INTEGRIDADE FÍSICA PELOS COLEGAS PROFESSORES.

PARABÉNS A ESSES DOIS BRAVOS HOMENS PÚBLICOS.