"Para mim, o significado maior desta eleição é consolidara ruptura que Lula e o PTinstauraram na história politicabrasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braçoideológico,a grande imprensa comercial". (Leonardo Boff)
Leonardo Boff:
Consolidar a ruptura histórica operada pelo PT 30.08.10 – BRASIL
Consolidar a ruptura histórica operada pelo PT Leonardo Boff *, no AditalPara mim o significado maior desta eleição é consolidar a ruptura que Lula e o PT instauraram na história política brasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braço ideológico, a grande imprensa comercial. Notoriamente, elas sempre mantiveram o povo à margem da cidadania, feito, na dura linguagem de nosso maior historiador mulato, Capistrano de Abreu, “capado e recapado, sangrado e ressangrado”. Elas estiveram montadas no poder por quase 500 anos. Organizaram o Estado de tal forma que seus privilégios ficassem sempre salvaguradados. Por isso, segundo dados do Banco Mundial, são aquelas que, proporcionalmente, mais acumulam no mundo e se contam, política e socialmente, entre as mais atrasadas e insensíveis. São vinte mil famílias que, mais ou menos, controlam 46% de toda a riqueza nacional, sendo que 1% delas possui 44% de todas as terras. Não admira que estejamos entre os países mais desiguais do mundo, o que equivale dizer, um dos mais injustos e perversos do planeta.Até a vitória de um filho da pobreza, Lula, a casa grande e a senzala constituíam os gonzos que sustentavam o mundo social das elites. A casa grande não permitia que a senzala descobrisse que a riqueza das elites fora construída com seu trabalho superexplorado, com seu sangue e suas vidas, feitas carvão no processo produtivo. Com alianças espertas, embaralhavam diferentemente as cartas para manter sempre o mesmo jogo e, gozadores, repetiam: “façamos nós a revolução antes que o povo a faça”. E a revolução consistia em mudar um pouco para ficar tudo como antes. Destarte, abortavam a emergência de outro sujeito histórico de poder, capaz de ocupar a cena e inaugurar um tempo moderno e menos excludente. Entretanto, contra sua vontade, irromperam redes de movimentos sociais de resistência e de autonomia. Esse poder social se canalizou em poder político até conquistar o poder de Estado. Escândalo dos escândalos para as mentes súcubas e alinhadas aos poderes mundiais: um operário, sobrevivente da grande tribulação, representante da cultura popular, um não educado academicamente na escola dos faraós, chegar ao poder central e devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde “a coisa pública”, o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade. Na linha de Gandhi, Lula anunciou: “não vim para administrar, vim para cuidar; empresa eu administro, um povo vivo e sofrido eu cuido”.
Linguagem inaudita e instauradora de um novo tempo na política brasileira. O “Fome Zero”, depois o “Bolsa Família”, o “Crédito Consignado”, o “Luz para Todos”, o “Minha Casa, minha Vida, o “Agricultura familiar, o “Prouni”, as “Escolas Profissionais”, entre outras iniciativas sociais permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa e da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor. Mas essa derrota infligida às elites excludentes e anti-povo, deve ser consolidada nesta eleição por uma vitória convincente para que se configure um “não retorno definitivo” e elas percam a vergonha de se sentirem povo brasileiro assim como é e não como gostariam que fosse. Terminou o longo amanhecer.
Houve três olhares sobre o Brasil. Primeiro, foi visto a partir da praia: os índios assistindo a invasão de suas terras. Segundo, foi visto a partir das caravelas: os portugueses “descobrindo/encobrindo” o Brasil. O terceiro, o Brasil ousou ver-se a si mesmo e aí começou a invenção de uma república mestiça étnica e culturalmente que hoje somos. O Brasil enfrentou ainda quatro duras invasões: a colonização que dizimou os indígenas e introduziu a escravidão; a vinda dos povos novos, os emigrantes europeus que substituíram índios e escravos; a industrialização conservadora de substituição dos anos 30 do século passado mas que criou um vigoroso mercado interno e, por fim, a globalização econômico-financeira, inserindo-nos como sócios menores. Face a esta história tortuosa, o Brasil se mostrou resiliente, quer dizer, enfrentou estas visões e intromissões, conseguindo dar a volta por cima e aprender de suas desgraças. Agora está colhendo os frutos. Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social. Celso Furtado, nosso melhor pensador em economia, morreu deixando uma advertência, título de seu livro A construção interrompida (1993): “Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta no devir humano. Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromper o nosso processo histórico de formação de um Estado-Nação” (p.35). Estas não podem prevalecer. Temos condições de completar a construção do Brasil, derrotando-as com Lula e as forças que realizarão o sonho de Celso Furtado e o nosso.
[Autor de Depois de 500 anos: que Brasil queremos, Vozes (2000)].* Teólogo, filósofo e escritor
11 comentários:
Êsse Maluf é mesmo um iluminado, seus processos sempre emperram até prescreverem, sorte igual, só aquêle Deputado da Bahia que ganhava na "Sena" da Caixa, quase todas as semanas.
O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), extinguiu a punibilidade do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta em uma ação penal relativa a superfaturamento de obras. O Código Penal reduz à metade o prazo prescricional no caso de o réu ter mais de 70 anos, caso de Maluf. Já Celso Pitta morreu em 2009.
Na ação, os réus são acusados de falsidade ideológica e de crime de responsabilidade contra a administração pública, que tem prazo prescricional de 12 e oito anos, respectivamente. No caso de Maluf, os prazos caíram para seis e quatro anos devido à sua idade.
O presidente do PT e coordenador da campanha de Dilma Rousseff, José Eduardo Dutra, admitiu que não há como controlar todos os petistas, referindo-se às notícias que apontam para o envolvimento de filiados ao partido na violação de sigilo fiscal, principalmente de tucanos ou pessoas próximas deles.
logo logo vou detonar este blog de informações sobre o 45 de bv, aguardem.
olá, to chegando
SEGUNDO A GEOGRAFIA, O MUNDO TEM EM TORNO DE 198 PAÍSES.
MALUF, É PROCURADO EM 197, POR CRIMES DE EXTORSÃO, EVASÃO DE DIVISAS E ROMBO E SUPERFATURAMENTO NA PREFEITURA DE SÃO PAULO.
FORA O BRASIL, QUALQUER PAÍS QUE ELE VISITAR, SERÁ PRESO IMEDIATAMENTE.
QUEM ESTÁ NO RASTRO DELE, É A INTERPOL.
DR DEODATO E ILEGAL OU SO IMORAL USAR FUNCIONARIO PUBLICO DENTRO DO SEU EXPEDIENTE SAIR NOS INTERIORES PEDINDO VOTO, PODEMOS DENUNCIAR PARA O PROMOTOR?
Utilizar servidores públicos (de carreira, terceirizados) etc é conduta vedada por lei, ou seja, é proibido. Caso alguém tenha conhecimento pode sim comunicar ao Ministério Público (Promotor), que, tendo elementos de convencimento, poderá acionar a Justiça Eleitoral com uma investigação judicial eleitoral. Uma dica: tirem fotos do servidor na presença de testemunhas.
Que cidadãos terá Boa Viagem no futuro? Talvez os piores, pois com tantos professores alienados em sala de aula, sem senso crítico e medrosos o futuro não nos promete boas pessoas.
Boa Viagem só tem dois professores com conhecimento e coragem para encarar esse prefeito corrupto que administra Boa Viagem. O prof. Alfredo e o prof. Itamar. Parabéns aos dois. E o resto, tenham coragem e vão estudar...
CONCORDO COM AS PALAVRAS DO ANÔNIMO, PARA PEITAR O FERNANDO ASSEF, DENTRO DO MAGISTÉRIO DE BOA VIAGEM, SÓ CONHEÇO DOIS PROFESSORES:
PROFESSOR ALFREDO E O PROFESSOR ITAMAR. ELES DOIS ARRISCAM A PRÓRIA INTEGRIDADE FÍSICA PELOS COLEGAS PROFESSORES.
PARABÉNS A ESSES DOIS BRAVOS HOMENS PÚBLICOS.
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