Para o Senado, metade dos eleitores aceita conselho de Lula
Outros 24% disseram que talvez pudessem seguir a indicação do presidente ao escolher o senador. Se convertidos em votos, números são bastante favoráveis aos dois candidatos governistas ao Senado, Eunício e Pimentel, e motivo de alerta para Tasso Jereissati
Hébely Rebouçashebely@opovo.com.br28/08/2010 03:00
Atualizada às: 07Dez2009 - 01h18min
Quando o assunto é a influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na escolha do eleitor cearense para o Senado, a pesquisa O POVO/Datafolha confirmou o que alguns já previam: a popularidade do petista no estado pode acabar se convertendo em votos para os candidatos a senador de sua base aliada. De acordo com o levantamento, 50% dos entrevistados disseram que votariam em um nome apoiado pelo petista. Outros 24% disseram que talvez aceitassem o apelo. Apenas 18% garantiram que o pedido do presidente não será levado em conta na urna.
O resultado da pesquisa representa ponto positivo para os candidatos ao Senado José Pimentel (PT) e Eunício Oliveira (PMDB), que têm se esforçado para colar a imagem de Lula às suas campanhas - ambos dizem ser os “candidatos do Lula”.
Caso a relação entre os dois permaneça estremecida – o que pode fazer com que o presidente se dedique com mais intensidade apenas ao candidato de seu partido –, Eunício pode sair em desvantagem - uma tensão entre as campanhas de ambos se intensificou nos últimos dias após a visita do candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff (PT) a presidente, Michel Temer (PMDB), que participou de evento em Iguatu onde o prefeito Agenor Neto pediu votos para Eunício e Tasso Jereissati (PSDB), rejeitando Pimentel, comportamento cada vez mais comum no Interior do Estado.
Para o maior adversário da dupla e um dos principais opositores do chefe do Executivo nacional, o senador Tasso Jereissati, os resultados do Datafolha são motivo de alerta. A pesquisa constatou que 49% dos que se dizem eleitores de Tasso afirmam que podem sim votar em um candidato de Lula, enquanto 23% responderam que talvez. Outros 20% disseram que não escolheriam um candidato apoiado pelo petista.
O Datafolha quis saber também a influência de Lula a partir do candidato ao Governo escolhido pelo eleitor. A situação vista entre os eleitores de Tasso é mais ou menos semelhante entre os eleitores do candidato do PSDB ao Governo do Estado, Marcos Cals (PSDB). Do total, 39% deles dizem que votarão, para o Senado, em um candidato de Lula, enquanto 22% afirmam estar em dúvida.
DesconfiançaEntre os eleitores de Eunício e Pimentel, o percentual de cearenses que garantem votar naquele para quem o presidente pedir voto foi o mesmo: 62%. Entretanto, no universo restante, os militantes do peemedebista são os que mais se recusam a votar em um candidato de Lula: 14%, contra 8% dos eleitores de Pimentel.
A situação confirma, em números, a existência das dobradinhas chamadas de “PimenTasso” e “EuniTasso”, que vêm causando mal estar nas cúpulas do PT e PMDB. Alguns prefeitos do Interior, de ambos os partidos, têm afirmado que, para uma das vagas de senador, votarão no candidato da sigla; para a outra vaga, escolherão o tucano.
Outros 24% disseram que talvez pudessem seguir a indicação do presidente ao escolher o senador. Se convertidos em votos, números são bastante favoráveis aos dois candidatos governistas ao Senado, Eunício e Pimentel, e motivo de alerta para Tasso Jereissati
Hébely Rebouçashebely@opovo.com.br28/08/2010 03:00
Atualizada às: 07Dez2009 - 01h18min
Quando o assunto é a influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na escolha do eleitor cearense para o Senado, a pesquisa O POVO/Datafolha confirmou o que alguns já previam: a popularidade do petista no estado pode acabar se convertendo em votos para os candidatos a senador de sua base aliada. De acordo com o levantamento, 50% dos entrevistados disseram que votariam em um nome apoiado pelo petista. Outros 24% disseram que talvez aceitassem o apelo. Apenas 18% garantiram que o pedido do presidente não será levado em conta na urna.
O resultado da pesquisa representa ponto positivo para os candidatos ao Senado José Pimentel (PT) e Eunício Oliveira (PMDB), que têm se esforçado para colar a imagem de Lula às suas campanhas - ambos dizem ser os “candidatos do Lula”.
Caso a relação entre os dois permaneça estremecida – o que pode fazer com que o presidente se dedique com mais intensidade apenas ao candidato de seu partido –, Eunício pode sair em desvantagem - uma tensão entre as campanhas de ambos se intensificou nos últimos dias após a visita do candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff (PT) a presidente, Michel Temer (PMDB), que participou de evento em Iguatu onde o prefeito Agenor Neto pediu votos para Eunício e Tasso Jereissati (PSDB), rejeitando Pimentel, comportamento cada vez mais comum no Interior do Estado.
Para o maior adversário da dupla e um dos principais opositores do chefe do Executivo nacional, o senador Tasso Jereissati, os resultados do Datafolha são motivo de alerta. A pesquisa constatou que 49% dos que se dizem eleitores de Tasso afirmam que podem sim votar em um candidato de Lula, enquanto 23% responderam que talvez. Outros 20% disseram que não escolheriam um candidato apoiado pelo petista.
O Datafolha quis saber também a influência de Lula a partir do candidato ao Governo escolhido pelo eleitor. A situação vista entre os eleitores de Tasso é mais ou menos semelhante entre os eleitores do candidato do PSDB ao Governo do Estado, Marcos Cals (PSDB). Do total, 39% deles dizem que votarão, para o Senado, em um candidato de Lula, enquanto 22% afirmam estar em dúvida.
DesconfiançaEntre os eleitores de Eunício e Pimentel, o percentual de cearenses que garantem votar naquele para quem o presidente pedir voto foi o mesmo: 62%. Entretanto, no universo restante, os militantes do peemedebista são os que mais se recusam a votar em um candidato de Lula: 14%, contra 8% dos eleitores de Pimentel.
A situação confirma, em números, a existência das dobradinhas chamadas de “PimenTasso” e “EuniTasso”, que vêm causando mal estar nas cúpulas do PT e PMDB. Alguns prefeitos do Interior, de ambos os partidos, têm afirmado que, para uma das vagas de senador, votarão no candidato da sigla; para a outra vaga, escolherão o tucano.
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