Retornando do fim de semana que passei em Boa Viagem, juntamente com minha mulher Rachel e os nossos dois filhos pequenos, Lucas e Davi, me deparei com o vídeo do Youtube que está relembrando o fantástico "Perdidos no Espaço". Quem, da minha geração, não lembra desse extraordinário seriado da TV? Essa "relembrança" tem tudo a ver com o meu ontem e o meu hoje. Ontem, comigo mesmo, tomando banho de açude, andando a cavalo, tomando leite "ao pé do peito da vaca" e depois, já na cidade, assistindo ao "Perdidos no Espaço". Primeiro, na casa da dona Nely, nossa professora de ciências, ao "pé da nossa casa do Alto" (hoje Colinas Clube), depois em casa mesmo, que passou a ser TV de tantos quantos moravam lá prás bandas da Boa-Viaginha e do alto do saudoso Mestre Lucas. Hoje, com o meu filho Lucas (5 anos), cujos expressivos olhos negros, só faltam saltar prá fora quando anunciamos: vamos prá Boa Viagem. Banho de riacho, banho de açude, passeios de cavalo e de burro, tudo com o liame lindo e comovente da amizade com o garotinho Deoclécio (filho do vaqueiro). Deoclécio, aliás, nome escolhido em homenagem ao meu avô Francisco Deoclécio Ramalho. Bem, só falta mesmo o seriado "Perdidos no Espaço".
Para matar essa saudade vejam aí um pouquinho do Dr. Smith e do Will Robinson -
http://www.youtube.com/watch?v=0PYRSJ_9HIs&feature=related
Deodato Ramalho
8 comentários:
Olá Dr.Deodato,ou Deodatinho como sempre foi de costume eu o tratar-lhe assim.Fica até muito formal lhe tratar de Dr.Deodato,ainda mais quando o assunto é infância e a dolecência.Estive sabendo da sua estada aqui em Boa Viagem,como tambem do passei a cavalo,muito bem acompanhado pela a Dra Rachel e o Lucas.Até imaginei que você passace aqui na minha casa para mostrar ao Lucas onde era o açude da comissão.Como é bom a gente reviver o passado,quando este foi vivido com alegria e tranquilidade. E o seu passado eu acompanhei muito de perto e sei que foi maravilhoso!Lembro-me sim, de:perdidos No Espaço.E salve-me engano,a professora de quem você fala demostrando saudade e carinho acho que era a esposa do seu Agenor Estatísca,assim era chamado.Voltando a falar no seriado,a casa do alto como você bem fala parecia um auditório, com tantos adolecentes para assistirem.O título da crônica fica muito bem para o título de um livro,já pensou nessa idéia?São tantas coisas boas que se eu fosse falar,a noite era pequena.Sim,estou triste porque vou passar algum tempo longe dessa telinha maravilhosa,mas quando tudo der certo voltarei se Deus quizer.E ele quer porque nele eu confio!Quando for possível me ligue:96091384 ou 34272404.Abraços e boa noite!!!
Zilda,
A dona Nely era sim a esposa do sr. Agenor, que era servidor do IBGE.
Vou te ligar hoje para saber o nome de quem devo procurar, a fim de saber se o Sacríficio do Jegue já foi inscrito para o Cine-Ceará.
A inscrição vai até o dia 29.05.09.
Gostei muito do filme.
Ab.
Deodato
Poxa Deodato, hoje lí um pouco das coisas boas de sua infância, até me deu vontade de acrescentar algo que acho muito interessante, que é reviver tudo de bom que aconteceu em um passado não tão distante.
Gostaria de relatar as minhas caçadas de baladeira principalmente atrás do cemitério, onde lá era uma mata só e de lá íamos até o Gabriel Paraibano, um senhor que gostava muito de apostas nas campanhas políticas e era o "veterinário" da cidade.
Tinha também uma brincadeira muito gostosa entre os garotos da época, era o "salvo companheiro", poxa como era bom, corríamos no meio da rua sem nenhum perigo de atropelamento e no final saíamos suado pra casa, entre os colegas participantes desta brincadeira me lembro bem do saquinho (já falecido), poxa o cara era uma bala em termos de velocidade.
Mas a minha grande saudade, é com certeza a falta das famílias boaviagenses sentadas nas calçadas, onde ficávamos conversando e saboriávamos um gostoso cafezinho, ah! isso com ceteza é a minha maior tristeza, esse tempo jamais voltará.
Não podemos deixar de falar também nos banhos de cacimbão de Dona Amélia Ribeiro, onde pagávamos uma pequena quantia, mas sabe, era muito gostoso...E o banho no Rio Boa Viagem, lá nas Pedrinhas, era o ponto dos jovens no período do inverno.
Falando em Pedrinhas faz muito tempo que por lá não ando, acho que aquelas pedras devem ter sido removidas.
Ah! hoje o meu acesso ao blog da liberdade me deixou com muitas saudades, fazendo com que eu tomasse uma decisão quanto ao livro que comecei a escrever e que não sei porque razão esta obra se encontra paralisada.
Na verdade este trabalho já foi iniciado e parece ser uma obra de ficção, mas na verdade são as histórias políticas com todas as suas peculiaridades ocorridas em nosso município do ano de 1958 (iniciando com o Dr. Gervásio) até os dias de hoje.
Caro Sidônio,
Realmente o "salva-companheiro" era sensacional. Além de ser um excelente exercício físico a filosofia da brincadeira estimulava (que triste não podermos dizer: estimula!) o companheirismo, a solidariedade, a amizade, o fazer coletivo. Com certeza, muito da minha personalidade, do ponto de vista da compreensão que tenho sobre a vida, é fruto dessa infância vivenciada com apego aos valores do amor pelos outros, do amor pela Justiça. A Zilda mencionou "aí em cima" um fato que também se insere nesse contexto: a casa dos meus pais (Deodato, pessoa singular e incomparável; e Maria Zélia, mulher guerreira, de fibra) se transformava num auditório, onde todos vinham assistir televisão. Assim foi a minha vida: acostumado a viver na partilha.
Os banhos no rio!!!Ali mesmo nas pedrinhas como você lembra. Por isso, ano passado dei alguns gostosos pulos da ponte... E o velho açude da Comissão?
Deodato, já dei boas risadas lendo suas histórias de infância. Amigo, acho que você tá ficando velho rsrsrs. Quando a pessoa começa a rememorar fatos da infância que os contemporâneos não se lembram é porque tá ficando velho (brincadeira). O Fernando Assef não povoou sua infância não? Espero relato de algum fato envolvendo o mesmo. Conhecendo bem o Nandim como conheço acredito que ele tenha aprontado algumas traquinagens, ramo no qual ele hoje é especialista. Fico no anonimato porque sou um fã incondicional e admirador profundo do seu caráter e da sua personalidade e seguidor dos mesmos ideais políticos.
Caro(a) anônimo(a),
Ficar velho é uma benção de Deus. Estamos, os que estão vivos, obtendo essa graça. Dia-a-dia...
É claro que o Fernando também partilhou de muitas coisas da infância de muitos da nossa geração (quem hoje está na faixa dos cinquenta, como eu). Procura saber, por exemplo, qual a origem do apelido que ele tinha quando criança. Com certeza, isso esclarecerá muita coisa.
Lembra aí do auditório de que fala a Zilda Marinho? Ele também era frequentador da TV da casa do Deodato José Ramalho, meu pai. Veja: só tenho admiração àqueles que vêm lá de baixo e conseguem vencer na vida, seja do ponto de vista econômico,seja do ponto de vista da honorabilidade do nome etc., DESDE QUE ESSE SUCESSO SEJA FRUTO DO TRABALHO DECENTE, HONESTO, QUE FAÇA O SUJEITO SE ORGULHAR DA TRAJETÓRIA EMPREENDIDA NA VIDA. Deu para entender?
O Fernando Assef não participou da infância de Deodato, não. Depois que ele fez o antigo ginásio no dom Terceiro ele foi embora para Fortaleza, foi fazer o científico num colégio chamado colégio positivo, coisa estranha um colégio sem nenhuma referência, dentre os bons colégios da Capital. Por esse tempo Fernando já tinha 17 anos de idade, em Fortaleza ele ficou morando com um Médico espírita muito caridoso que o ajudou muito na vida, inclusive pagando o colégio e depois a sua Faculdade de direito, a atual UNIFOR. Dessa forma o Fernando Assef, praticamente não teve quase nenhuma ligação com Deodato, pois são duas pessoas completamente diferentes. Ainda por cima, pois as origens são diferentes. Deodato é Ramalho de Boa Viagem e Cavalcante e Mota do Tauá. Fernando Assef é Vieira do Tamboril, primo legítimo do Tacinho e, é descendente de Sírios Libaneses por parte do falecido Pai dele, Sr. Fares. Está explicado agora, porque os procedimentos de ambos na vida pública são diametralmente opostos. E tenho dito.
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