Alerta de quem é do ramo: a armação que pode vir nos dias finais de campanha
por Luiz Carlos Azenha
O alerta é de um jornalista experiente, com amplos contatos na comunidade de informações, com arapongas e ex-arapongas.
Não nasce de um evento específico, mas de um encadeamento lógico de fatos: a campanha sórdida e subterrânea na internet, os panfletos apócrifos, as chamadas por robôs e a farsa de Campo Grande, onde o único ferido — realmente ferido — foi um militante petista com um corte no supercílio (que não apareceu no Jornal Nacional).
Vem da repetição de um padrão no telejornal de maior audiência: Dilma, agressiva; Serra, vítima. Um padrão que se manteve na noite deste sábado, quando a Globo omitiu o discurso do governador paulista Alberto Goldman em que ele sugeriu uma comparação entre Lula e Hitler (com menção ao incêndio do Reichstag), omitiu que militantes de PT fizeram um cordão de isolamento para que uma passeata tucana avançasse em Diadema e destacou o uso, por eleitores de Serra, de capacetes para se “proteger” das bolinhas de papel.
O colega, em seu exercício de futurologia, mencionou o Rio de Janeiro como o mais provável palco de uma armação, por dois motivos:
1) é onde fica a Globo;
2) é onde subsiste a arapongagem direitista.
Como lembrei neste espaço, anteriormente, foi assim o golpe midiático perpetrado em 2002, na Venezuela, retratado nos documentários A Revolução Não Será Televisionada e Puente LLaguno.
Parte essencial daquele golpe, que juntou militares insatisfeitos com a oposição em pânico e apoio maciço da mídia, foi a acusação de que militantes chavistas tinham atirado em civis desarmados, quando as 19 mortes registradas num confronto entre militantes das duas partes resultaram de tiros disparados por franco-atiradores e policiais de Caracas leais à oposição. Porém, foram semanas até que tudo ficasse claro para boa parte dos venezuelanos e para a opinião pública internacional.
O Brasil de 2010 não é a Venezuela de 2002, mas não custa ficar alerta.
por Luiz Carlos Azenha
O alerta é de um jornalista experiente, com amplos contatos na comunidade de informações, com arapongas e ex-arapongas.
Não nasce de um evento específico, mas de um encadeamento lógico de fatos: a campanha sórdida e subterrânea na internet, os panfletos apócrifos, as chamadas por robôs e a farsa de Campo Grande, onde o único ferido — realmente ferido — foi um militante petista com um corte no supercílio (que não apareceu no Jornal Nacional).
Vem da repetição de um padrão no telejornal de maior audiência: Dilma, agressiva; Serra, vítima. Um padrão que se manteve na noite deste sábado, quando a Globo omitiu o discurso do governador paulista Alberto Goldman em que ele sugeriu uma comparação entre Lula e Hitler (com menção ao incêndio do Reichstag), omitiu que militantes de PT fizeram um cordão de isolamento para que uma passeata tucana avançasse em Diadema e destacou o uso, por eleitores de Serra, de capacetes para se “proteger” das bolinhas de papel.
O colega, em seu exercício de futurologia, mencionou o Rio de Janeiro como o mais provável palco de uma armação, por dois motivos:
1) é onde fica a Globo;
2) é onde subsiste a arapongagem direitista.
Como lembrei neste espaço, anteriormente, foi assim o golpe midiático perpetrado em 2002, na Venezuela, retratado nos documentários A Revolução Não Será Televisionada e Puente LLaguno.
Parte essencial daquele golpe, que juntou militares insatisfeitos com a oposição em pânico e apoio maciço da mídia, foi a acusação de que militantes chavistas tinham atirado em civis desarmados, quando as 19 mortes registradas num confronto entre militantes das duas partes resultaram de tiros disparados por franco-atiradores e policiais de Caracas leais à oposição. Porém, foram semanas até que tudo ficasse claro para boa parte dos venezuelanos e para a opinião pública internacional.
O Brasil de 2010 não é a Venezuela de 2002, mas não custa ficar alerta.
5 comentários:
Tenho certeza que pesquisa influencia voto. Quantas vezes não ouvimos dizer que "Não voto para perder"? Isto infelizmente ocorre principalmente no Nordeste, mas tenho certeza ocorre em todas as regiões do Pais. Quanto ao envolvimento tão acintosso do Sr. Presidente na campanha, só tenho uma explicação: estamos endividados até o pescoço (Vide Divida Interna Brasileira). O Sr. Presidente quer fazer o sucessor para que este usando a receita do Pré-Sal, amenize ou pague esta Divida. Se o adversário ganhar ou se o Pré-Sal não der certo, está bomba vai explodir, mais dia menos dia.
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, ganhou, neste domingo, 24, pela segunda vez, direito de resposta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no programa de sua adversária, Dilma Rousseff (PT), por causa da acusação da campanha petista de uso de "caixa dois".
A campanha petista recorreu à expressão para associar suposto desvio de R$ 4 milhões da campanha de Serra, atribuído ao ex-diretor da Dersa/SP Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, a contribuições não oficiais.
Depois que o TSE condenou o uso do termo "caixa dois" e concedeu o primeiro direito de resposta a Serra por esse motivo, a campanha de Dilma manteve a propaganda, mas passou a falar em "suposto caixa dois".
Primeiro, acho que as pesquisas não são confiáveis, tanto que dia 02/10/10 o Ibope dava certa a vitoria de Dilma com 55% dos votos, e o resultado dia 03/10/10 foi Dilma com pouco mais de 46%. Segundo Serra vai nocautear Dilma nos debates sim, basta perguntar sobre o Fome Zero de Lula; os investimentos em estradas, portos, aeroportos, metrôs, Hidrelétricas, Meio Ambiente e se o País e os investimentos que ela deseja para o Brasil é só no futuro e por que não aconteceu neste governo,Ou Seja, Lula e Dilma vivem do sucesso do Plano Real criado por FHC e dos Programas sociais, como Bolsa Escola, Vale Gás E Bolsa Alimentação,que se transformaram em Bolsa Família. O resto é tudo Propaganda!
Eleições 2010 Isto é.
| N° Edição: 2137 | 22.Out.10 - 21:00 | Atualizado em 25.Out.10 - 07:55
Os santinhos de uma guerra suja - Parte 1
A poucos dias da eleição, a campanha de José Serra se aproxima de grupos ultraconservadores e reforça a tática do ódio religioso. O oportunismo político divide a Igreja e vira caso de polícia
Alan Rodrigues e Bruna Cavalcanti
A saia-justa em Canindé foi apenas o primeiro sinal de que a estratégia tucana de apelar a preconceitos religiosos e difamação estava começando a dar errado
A ordem para encomendar o material à gráfica ligada aos tucanos partiu de dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo da Diocese de Guarulhos, na Grande São Paulo. Ele é antigo conhecido do PSDB, amigo declarado de seu conterrâneo Sidney Beraldo, deputado estadual pelo partido e um dos coordenadores da campanha de Serra em São Paulo. Nas conversas de sacristia, dom Luiz tem fama de ser um homem ?maquiavélico? e ?implacável?. Padres o descreveram à ISTOÉ como alguém que não aceita opiniões divergentes e já criou situações embaraçosas para constranger e afastar subordinados que questionam seu radicalismo... Souza também é presidente da Associação Theotokos, um grupo católico ultratradicionalista, e membro do autodenominado Partido Monarquista Brasileiro. Em 2006, um dos parceiros do ex-seminarista que atua numa organização integralista (leia quadro abaixo) doou R$ 3,5 mil para a campanha do deputado federal Índio da Costa, candidato a vice-presidente na chapa de Serra. Quando a atuação de Souza e dom Luiz tornou-se pública, os dois se enclausuraram. Nos próximos dias, no entanto, terão de prestar depoimento à Polícia Federal, investigados por crime eleitoral, calúnia e difamação.
Esse anônimo ou vive no mundo da lua, ou é um grande desinformado ou, então, o que é mais parecido, é um grande maledicente. O sucesso do governo Lula é tão grande que durante o primeiro turno inteiro a campanha do Serra se escorou na imagem do Lula, insinuando que ele Serra é que seria a continuidade do governo do PT. Agora, no segundo turno, como não dá para sustentar essa farsa passaram a atacar um fato rotineiro nas democracias ocidentais, que é a participação dos presidentes nas campanhas, como, por exemplo, ocorre agora nos Estados Unidos (grande referência para todos os conservadores e direitistas) em que o Barack Obama percorre o País defendendo os candidatos de seu partido.
Sugiro um examine bem simples: pesquisem em qualquer site, seja público ou privado, e compare os dados dos dois governos (do PSDB e do PT). Se o período do PT não ganhar em, pelo menos, 90% (noventa por cento) eu voto no Serra.
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