quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Programa Mais Médicos completou dois anos e alavancou atendimentos básicos aos cidadãos


A Câmara Municipal de Fortaleza, realizou na tarde desta segunda-feira, 21, no auditório Ademar Arruda, um debate com a população com o intuito de discutir os dois anos do Programa Mais Médicos no Município de Fortaleza. O propositor da audiência foi do vereador Deodato Ramalho (PT), que contou com a participação dos colegas da Casa o vereador Dr. Vicente Pinto (PT) e Jovanil Oliveira (PT).

O vereador Deodato Ramalho destacou a importância do Programa Mais Saúde, lançado em dezembro de 2007, que contempla 86 metas e 208 ações, distribuídos em oito eixos de intervenção. O parlamentar reforçou a vocação do povo Cubano pela medicina, local onde os brasileiros vão com o objetivo de aprender mais sobre a saúde humana devido o avanço na área.

“Era preciso universalizar os atendimentos nas comunidades mais longínquas. Todos precisam ter acesso ao atendimento médico. No início do programa, foram utilizadas estratégias para desqualificar o programa com ações orquestradas e orientadas por entidades médicas. O programa só existiu desde por não ter médicos brasileiros suficientes para cada localidade”, destacou Deodato.



Antonio Ibiapino da Silva, presidente da Casa da Amizade Brasil e Cuba, iniciou seu discurso perguntando; Quanto vale uma vida? Em uso da tribuna, Ibiapino fez a leitura de um texto, em que explana sobre a triste realidade enfrentada por crianças, principalmente, nordestinas que morrem por falta de condições mínimas de sobrevivência. O presidente da Casa da Amizade Brasil e Cuba disse que o programa foi essencial para o atendimento básico das famílias, pois em 800 municípios brasileiros sofriam com a falta desses profissionais.


Moacir Tavares, Coordenador do Programa Mais Médico, exaltou o avanço na área da saúde com o advento da implantação do programa no país. Segundo Moacir, a escassez de profissionais da saúde no mundo, faz com que haja rotatividade de médicos de todas as nacionalidades para suprir carências emergenciais. No Brasil isso aconteceu pela primeira vez. De acordo com dados apresentados pelo Coordenador, 72% dos municípios brasileiros estão sendo atendidos pelo programa. O critério de distribuição dos profissionais foram para locais longínquos e com maior vulnerabilidade.

“Em 2015, 15.747 brasileiros se inscreveram no programa. Houve um aumento de 29% nas consultas básicas, o que significou 4% a menos nas internações. Nesse ano, deixaram de ser internadas 91 mil pessoas por causa do mais médicos. A população avaliou o atendimento desses profissionais e 55% deram nota 10. A média geral ficou em 9,6”, pontuou.

Burno Paulino do Conselho de Saúde da Regional 6, disse ser suspeito em falar desse programa, pois em sua área há um medico cubano. “Quando ele foi para nossa unidade, o recebemos com muita expectativa. Antes desse programa, para se ter uma consulta com um médico, muitas vezes, era preciso madrugar ou pagar alguém que morasse nas proximidades para pegar uma ficha de atendimento. A seleção na área de saúde cresceu, mas faltava o grande ator, o médico. Vimos uma mudança muito grande e profunda na atenção básica com a chegada deles. A luta continua. O mais medico é para lá de mais médicos. É preciso garantir dignidade para os usuários do SUS”, finalizou.

Com informações da Câmara Municipal de Fortaleza

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