A propósito dessa postagem, vejam trechos da Coluna do Frei Beto publicada no Jornal "Folha de São Paulo" de 27/05/2009.
A CORRUPÇÃO DECORRE DA FALTA DE CARÁTER. ESTA SE MANIFESTA, DE MODO ESPECIAL, QUANDO A PESSOA SE VÊ INVESTIDA DE UMA FUNÇÃO DE PODER".
É TAUTOLÓGICO falar em falta de ética no Congresso Nacional. Os escândalos se sucedem, do deputado que está "se lixando" para a opinião pública aos funcionários do Senado que, a exemplo de notórios senadores, ostentam um padrão de vida muito superior a seus vencimentos e à renda declarada. (...) A corrupção decorre da falta de caráter. Esta se manifesta, de modo especial, quando a pessoa se vê investida de uma função de poder, do prefeito que se apropria dos recursos da merenda escolar a congressistas que se julgam no direito de pagar, com dinheiro público, o salário de sua empregada doméstica. Como dar um basta em tanta maracutaia? Difícil. O ser humano padece de duas limitações insuperáveis: defeito de fabricação e prazo de validade. É o que a Bíblia chama de "pecado original". Sempre haverá homens e mulheres desprovidos de caráter, de princípios éticos, dispostos a não perder a primeira oportunidade de enriquecimento ilícito. (...)... sugiro que convidem, para ministrar um curso de ética no Congresso Nacional, Suas Excelências José Gomes da Costa é gari da Prefeitura de São Paulo. Ganha R$ 600 por mês. Vinte e seis vezes menos que um deputado federal. Com esse salário, sustenta a si e três filhos. Dia 18 de maio último, ao varrer a rua, encontrou um cheque no valor de R$ 2.514,95. José precisaria trabalhar quatro meses, sem nenhuma despesa, para acumular essa quantia. Procurou uma agência do banco e devolveu o cheque. Motivo: vergonha na cara.
Gari, Rodrigo Botelho encontrou, em 26 de maio do ano passado, durante campeonato mundial de tênis de mesa, no Rio, mochila com R$ 3 mil em dinheiro. Viu o nome do dono nos documentos, chamou-o pelo microfone e devolveu. Rodrigo é normal, tem caráter. Francisco Basílio Cavalcante, faxineiro do aeroporto de Brasília, pai de cinco filhos, ganha salário mínimo. No dia 10 de março de 2004, encontrou uma bolsa de couro no banheiro do aeroporto. Dentro, US$ 10 mil. Se fosse juntar o salário que ganhava, sem gastar um só centavo, levaria (à época) mais de sete anos para obter igual soma. Francisco declarou: "Tem que ser assim. O que não é nosso precisa ser devolvido. Não pode trazer felicidade". Clélia Machado, 29, é auxiliar de serviços gerais e faz bico como manicure. Sozinha, cria duas filhas, uma de sete anos, outra de nove. Sua renda mensal não chega a R$ 550. Todos os dias ela faz a faxina do banheiro do posto da Polícia Rodoviária Federal em Seberi (RS). A 11 de março de 2008, encontrou, junto à privada, um pé de meia enrolado em papel higiênico. Dentro, US$ 6.715. Clélia entregou os dólares aos policiais. Entrevistada, disse: "Bem que podia ser meu de verdade. Mas já que não me pertencia, devolvi. Era o certo a fazer".
O gari Sebastião Breta, 43, da Prefeitura de Cariacica (ES), devolveu os R$ 12.366 mil que achou num malote no lixo. O nome do homem que fora roubado estava gravado numa etiqueta. Sebastião ganha salário mínimo. Indagado se pensou em ficar com o dinheiro, disse: "Nunca. Desde a primeira vez que vi, sabia que devia devolver. Quando não consigo pagar as minhas contas, fico doido, pensava o tempo todo como estaria o dono do dinheiro, imaginava que ele também não podia pagar suas contas porque tinha perdido tudo. Eu e minha mulher não conseguiríamos dormir à noite. Acho esquisito pegar o que não é da gente". Fagner Tamborim, 17 anos, entregador de jornais na cidade de Pirajuí, a 398 km de São Paulo, ganha R$ 90 por mês. Enquanto pedalava sua bicicleta, encontrou na rua um malote com R$ 6 mil. Devolveu-o ao dono. "Vi que tinha muito dinheiro e cheques. Levei pra minha mãe, que ligou para o banco."
7 comentários:
Pelo histórico de envolvimento com a corrupção que o atual Prefeito possui, acredito que ele acha esquisito pegar o que é dele, porque o que é público é com ele mesmo. Que diga os processos que ele responde na justiça por corrupção.
Vejam bem, um Garí só ganha um salário mínimo por mês. Ele talvez tivesse mil razões para não devolver essa importância, porém o que pesou foi a razão maior. A razão de seu caráter. Esta é a diferença que faz uma pessoa de valor.
Esta mensagem postada a respeito do Garí é de autoria de Alfredo Carlos.
A MATÉRIA APESAR DE MUITO RELEVANTE TEVE POUCOS COMENTÁRIOS. SERÁ QUE É FALTA DE CARÁTER DESSE POVO DE BOA VIAGEM? SERÁ QUE O PREFEITO COM A SUA SUPOSTA FALTA DE CARÁTER TÁ FAZENDO ESCOLA?
é de morrer de rir:
SE CHOVE E INUNDA TUDO, a culpa é do PREFEITO.
SE É SECA, a culpa é do PREFEITO.
SE A CRISE ESTÁ NO MUNDO INTEIRO, a culpa é do PREFEITO.
AGORA SÓ TAVA FALTANDO ISSO: um GARI encontra DINHEIRO no lixo devolve para o dono, e a culpa continua sendo do Prefeito.O QUE ACHO É ESTES ANONIMOS ESTÃO LOUCOS NÃO TENDO MAIS O QUE FALAR, DAÍ FICA POSTANDO BOBAGEMMMMMMMMM... SE LIGA ANONIMOS...
Amigo anonimo do dr.fernando vocè tá é ficando doído. Taí uma coisa que num tem a menor condição do dr. fernando ter culPa, a expluicação ´´e muito simples, COMO É QUE UM BOM EXEMPLO PODE TER SIDO INSPIRADO NUM HOMEM QUE SÓ DÁ MAL EXEMPLO?
espero que a aproximaçao das eleiçoes o sr marcos cals como secretario de justiça agora faça alguma coisa antes tarde do que nunca...........
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