Morreu hoje, em Fortaleza, um dos mais queridos atletas do Alvinegro de Porangabussu de do também Alvinegro Fogão, do Rio de Janeiro. Tiquinho, o autor do gol do tetra, está sendo velado na Sede do Ceará Sporting Clube, onde vivia, lamentavelmente dominado pelo álcool. Vejam abaixo uma matéria sobre a trajetória do Tiquinho.
Tiquinho, de grande promessa ao abandono - por mauricio pires - sexta, 12 setembro 2008, 15:00
Este tópico é uma homenagem ao talento que vi há 38 anos atrás. Tudo levava a crer que teríamos mais um jogador de seleção e a esperança não era compartilhada por poucos, quem o via se empolgava.
Quem ia ao Maraca nos anos 70 a 73 certamente deve ter assistido alguma preliminar, onde um ponta-esquerda pretinho, pequenininho, driblador dos bons, que marcava gols e fazia a nossa torcida delirar. Ele era o Tiquinho, a quem eu nutria - junto com todos que o assistiam - enorme esperança de vir a ser um novo craque para o time principal.
A sua passagem pelo time principal nunca empolgou, talvez a bebida e quem sabe as drogas teriam minado aquele futebol tão envolvente. Hoje o Tiquinho mora e dorme, bêbado, em bancos da Sede do Ceará Sporting Clube Eis o que colhi no blog do João Roberto no Globo.com, falando sobre o nosso Tiquinho - cujo nome era Onofre Aluísio Batista. Com ele, foi estrela no peito e taça na mão.
Tiquinho – Infelizmente não achei registro do nome desse menino de ouro, mas vou contar aqui o seu feito. Em 1973, por ter sido Tricampeão Carioca de Juvenil. O Fogão foi representar o Brasil no torneio de Croix, na França – que equivale a um mundial oficial da categoria. A nossa garotada foi devastadora e levantou a Taça. Tiquinho, que já estava acostumado a embalar adversários no Maracanã, não tomou conhecimento da gringalhada e sagrou-se artilheiro. O título emocionou presidentes de muitas confederações, incluindo o tricolor João Havelange. B-O-T-A-F-O-G-O!
E no Ceará ele foi ídolo, vejam o que diz o PortalVozão.com 12/04/2007 Por onde anda "Tiquinho"? Pouca gente conhece Onofre Aluísio Batista. Mas, quando falamos em Tiquinho, todo torcedor do Ceará sabe quem é. Mesmo quem não teve a sorte de vê-lo jogar, sabe da grande participação dele na história do Mais Querido. Além de ser figura carimbadíssima no campo do Ceará, onde trabalhou até o ano passado(2006) nas categorias de base do Vozão, ficou imortalizado como o autor do gol do Tetra Campeonato Cearense, em 1978. A narração deste gol, na voz do Gomes Farias, se transformou num hino da torcida e é usado como forma de amuleto pelo torcedor nos momentos de festa. Filho do ex-atleta Sabará, que atuou no Vasco, Tiquinho ganhou este apelido das enfermeiras que trabalharam em seu parto, pois nasceu de sete meses e era muito pequeno. Foi trazido para o Alvinegro pelos dirigentes Franzé Morais, Eulino Oliveira e Antônio Góis, aproveitando o ótimo relacionamento que existia entre o Ceará e o Botafogo, já que o atual técnico do Clube da Estrela Solitária, Zagallo, não queria perder o rápido e habilidoso ponta-esquerda. Hoje, Tiquinho é considerado uma lenda do Futebol Cearense, e está sempre presente aos jogos do Ceará, onde aproveita o carinho que recebe dos torcedores para conversar sobre futebol e contar várias histórias sobre sua carreira. Um momento emocionante proporcionado por Tiquinho, foi na festa de aniversário de 90 anos do Ceará Sporting, onde, após a missa realizada pelo Padre Gotardo Lemos, ele pegou o microfone e começou a narrar o “gol do tetra”, feito por ele, na final do Campeonato Cearense de 1978: “momentos finais da jogada Ivanir, passou, atenção, vai marcar o gol, chutou, Tiquinho, meteeeeeu, gooooooollll, time Pai dégua!” Foi uma explosão de alegria, onde todos os presentes passaram a gritar seu nome, levando-o às lágrimas.
Tiquinho, de grande promessa ao abandono - por mauricio pires - sexta, 12 setembro 2008, 15:00
Este tópico é uma homenagem ao talento que vi há 38 anos atrás. Tudo levava a crer que teríamos mais um jogador de seleção e a esperança não era compartilhada por poucos, quem o via se empolgava.
Quem ia ao Maraca nos anos 70 a 73 certamente deve ter assistido alguma preliminar, onde um ponta-esquerda pretinho, pequenininho, driblador dos bons, que marcava gols e fazia a nossa torcida delirar. Ele era o Tiquinho, a quem eu nutria - junto com todos que o assistiam - enorme esperança de vir a ser um novo craque para o time principal.
A sua passagem pelo time principal nunca empolgou, talvez a bebida e quem sabe as drogas teriam minado aquele futebol tão envolvente. Hoje o Tiquinho mora e dorme, bêbado, em bancos da Sede do Ceará Sporting Clube Eis o que colhi no blog do João Roberto no Globo.com, falando sobre o nosso Tiquinho - cujo nome era Onofre Aluísio Batista. Com ele, foi estrela no peito e taça na mão.
Tiquinho – Infelizmente não achei registro do nome desse menino de ouro, mas vou contar aqui o seu feito. Em 1973, por ter sido Tricampeão Carioca de Juvenil. O Fogão foi representar o Brasil no torneio de Croix, na França – que equivale a um mundial oficial da categoria. A nossa garotada foi devastadora e levantou a Taça. Tiquinho, que já estava acostumado a embalar adversários no Maracanã, não tomou conhecimento da gringalhada e sagrou-se artilheiro. O título emocionou presidentes de muitas confederações, incluindo o tricolor João Havelange. B-O-T-A-F-O-G-O!
E no Ceará ele foi ídolo, vejam o que diz o PortalVozão.com 12/04/2007 Por onde anda "Tiquinho"? Pouca gente conhece Onofre Aluísio Batista. Mas, quando falamos em Tiquinho, todo torcedor do Ceará sabe quem é. Mesmo quem não teve a sorte de vê-lo jogar, sabe da grande participação dele na história do Mais Querido. Além de ser figura carimbadíssima no campo do Ceará, onde trabalhou até o ano passado(2006) nas categorias de base do Vozão, ficou imortalizado como o autor do gol do Tetra Campeonato Cearense, em 1978. A narração deste gol, na voz do Gomes Farias, se transformou num hino da torcida e é usado como forma de amuleto pelo torcedor nos momentos de festa. Filho do ex-atleta Sabará, que atuou no Vasco, Tiquinho ganhou este apelido das enfermeiras que trabalharam em seu parto, pois nasceu de sete meses e era muito pequeno. Foi trazido para o Alvinegro pelos dirigentes Franzé Morais, Eulino Oliveira e Antônio Góis, aproveitando o ótimo relacionamento que existia entre o Ceará e o Botafogo, já que o atual técnico do Clube da Estrela Solitária, Zagallo, não queria perder o rápido e habilidoso ponta-esquerda. Hoje, Tiquinho é considerado uma lenda do Futebol Cearense, e está sempre presente aos jogos do Ceará, onde aproveita o carinho que recebe dos torcedores para conversar sobre futebol e contar várias histórias sobre sua carreira. Um momento emocionante proporcionado por Tiquinho, foi na festa de aniversário de 90 anos do Ceará Sporting, onde, após a missa realizada pelo Padre Gotardo Lemos, ele pegou o microfone e começou a narrar o “gol do tetra”, feito por ele, na final do Campeonato Cearense de 1978: “momentos finais da jogada Ivanir, passou, atenção, vai marcar o gol, chutou, Tiquinho, meteeeeeu, gooooooollll, time Pai dégua!” Foi uma explosão de alegria, onde todos os presentes passaram a gritar seu nome, levando-o às lágrimas.
Postado por Deodato Ramalho
3 comentários:
Amigos blogueiros, muitos jogadores de futebol têm vida curta. O sucesso sobe à sua cabeça, as amizades eventuais começam a aparecer, farras, mulheres, bebidas alcoólicas, os compromissos vão ficando para trás. O nosso grande ponta de lança Tiquinho nos deixou, foi vítima talvez da fama, do sucesso temporário e da apoteose desenfreada. Sinceros pêsames.
Conheci Tiquinho no juvenil do Botafogo em 1974, onde, recém chegado de Porto Alegre, residindo na concentração do clube em General Severiano, foi colocado no mesmo quarto do nosso ponta esquerda e do grande amigo Cesar, também ponta esquerda.
Foi uma grande pessoa e amigo, que, infelizmente, nos deixa muito cedo.
Paulo Roberto (gaúcho)
paulobrikis@gmail.com
Era uma quarta-feira, 20/12/1978, com o "Gigante da Boa Vista" lotado. Por sorte, eu estava lá! Até aquela data, o Ceará havia jogado seis partidas contra o Fortaleza, acumulando 5 empates e 1 derrota. Mas, naquela noite, a estrela brilhou no finalzinho do espetáculo. Um negrinho serelepe, com o cabelo pintado de loiro, invadiu a área do Leão, aos 44 do segundo tempo, e fuzilou para o fundo da meta! É GOOOLL, QUE FELICIDADE!!! Esta é uma das minhas melhores memórias do VOZÃO!CEARÁ, TUA GLÓRIA É LUTAR!!!
gilmário12007@gmail.com
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