SEPULTAMENTO DE ADOLESCENTE
Comoção no adeus a Bruce
Diário do Nordeste
Dor sem fim: pai de Bruce, Francisco das Chagas, chora abraçado à filha Letícia de Oliveira. A mãe, ao lado dos dois, recebe o carinho de amigos no momento tão difícil
KID JÚNIOR
Último adeus: amigos e parentes se despedem no momento da descida do caixão de Bruce, no cemitério da Pacatuba, na RMF
Bruce Cristian tinha 14 anos quando teve a vida interrompida
REPRODUÇÃO
Coletiva evidenciou o clima de tensão criado entre as autoridades após a morte do adolescente Bruce
CAMILA LEITE
27/7/2010
No enterro do garoto Bruce Cristian, parentes relataram os sonhos do adolescente e criticaram a ação do PM no caso
Um filho que todo pai e mãe gostariam de ter. Foi assim que o técnico em refrigeração Francisco das Chagas de Oliveira Sousa, 37, definiu o filho Bruce Cristian de Oliveira, 14, durante entrevista na tarde de ontem, momentos antes do sepultamento do garoto, no cemitério Jardim do Éden, no Município de Pacatuba, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Bruce, que, segundo o pai, tinha sonhos de ser veterinário, professor e, por último, jogador de futebol, foi assassinado na tarde do último domingo, com um tiro na nuca disparado por um soldado do Ronda do Quarteirão, em uma "ação desastrosa" da PM, quando seguia com o pai em uma motocicleta, no cruzamento da Rua Beni de Carvalho com Avenida Desembargador Moreira, Dionísio Torres.
O corpo do adolescente foi velado na Igreja Evangélica Assembleia de Deus, na manhã e tarde de ontem, na presença de amigos e parentes. O primo de Bruce, Eduardo Silva, 11, afirmou que sentirá muita falta de brincar com ele.
Segundo Letícia de Oliveira, 13, irmã do adolescente, na tarde em que acabou baleado e morto, o pai levaria o irmão para o estádio do Ceará, onde ele iria fazer a matricula na escolinha do time. "Pena que isso foi interrompido. Apaixonado por bola, tenho certeza que meu irmão está jogando futebol no céu. Ele era meu grande amigo. Vou me apegar na Justiça de Deus, que não falha", contou.
Silêncio
Às 14h19, o corpo do adolescente chegou ao cemitério sob grande silêncio, interrompido momentos depois, pelo choro do pai e da irmã do adolescente. Contrastando momentos de serenidade com outros de dor e desespero, nos quais buscava força junto a filha e a mulher, o pai de Bruce, não poupou críticas a atuação do policial militar que matou seu filho. Ele também descartou qualquer hipótese de tiro acidental.
"Não ouvi nenhuma abordagem. Vi uma pessoa com uma arma na mão gritando. E eu não consigo entender como um policial é treinado para dar segurança e comete um crime desses? Porque se você tem uma arma, aponta para um ser humano e puxa o gatilho desse jeito não é acidental", afirmou.
Em paz
Exatamente as 15h30, o corpo de Bruce foi sepultado sob aplausos e gritos de justiça vindos das dezenas de pessoas que prestaram a última homenagem ao jovem. Letícia, a irmã disse: "vai em paz meu irmão".
Na saída do cemitério, o pai do garoto afirmou não saber o que será da vida daqui para frente, mas pediu justiça. "Espero que não fique a impunidade, porque a dor (da morte do meu filho) veio com uma força tão grande, mas a impunidade dá punhaladas e mata aos poucos".
INQUÉRITO E SINDICÂNCIA
Investigações já foram iniciadas
Enquanto a Polícia Civil apura o caso por meio de um inquérito policial, a PM investiga a ação através de sindicância
"Vocês não podem macular a Corporação por causa de um fato isolado. Afinal, nosso maior propósito é defender a vida do cidadão, mesmo que tenhamos que colocar em risco a nossa própria vida". Foi assim que o comandante geral da Polícia Militar, coronel William Alves Rocha, se defendeu dos ataques da opinião pública acerca da ação do soldado do Ronda do Quarteirão, Yuri Silveira, quando matou, com um tiro, o adolescente Bruce Cristian Oliveira, no que era para ser uma abordagem policial.
Na mesma entrevista, o comandante do Batalhão de Polícia Comunitária, coronel Werisleik Ponte Matias, respondeu ao que estava sendo chamado de ´despreparo policial´. "Foi um fato pontual. Somos 14 mil homens. Para chamar de despreparo, tinha que acontecer numa proporção muito maior. Foi um fato isolado que, infelizmente, aconteceu, mas já está sendo apurado".
Também faziam parte da mesa, o coronel Hélio Severiano Vasconcelos e o coronel Jarbas, que será o responsável pelo procedimento administrativo. As investigações já começaram e tem o prazo de 45 dias para ser concluídas, sem prorrogações.
O soldado Silveira está recolhido na sede do Batalhão Comunitário. Dependendo do resultado das investigações, ele poderá ser expulso. "Ele é um policial padrão, bom profissional e não tem mácula na ficha policial. Mas é inconcebível ceifar uma vida com um tiro acidental", disse Werisleik.
O 4º DP (Pio XII) está responsável pela investigação do caso. Ontem, o delegado José Munguba Neto recebeu do 2º DP(Aldeota) - plantonista - o material apreendido (capacete, moto, a arma do policial, um projétil de Ponto 40). "No local, nenhuma testemunha foi arrolada. Estamos voltando lá hoje para fazer isso", adiantou.
EMERSON RODRIGUES/PÉROLA CUSTÓDIO
REPÓRTER/ESPECIAL PARA POLÍCIA
Comoção no adeus a Bruce
Diário do Nordeste
Dor sem fim: pai de Bruce, Francisco das Chagas, chora abraçado à filha Letícia de Oliveira. A mãe, ao lado dos dois, recebe o carinho de amigos no momento tão difícil
KID JÚNIOR
Último adeus: amigos e parentes se despedem no momento da descida do caixão de Bruce, no cemitério da Pacatuba, na RMF
Bruce Cristian tinha 14 anos quando teve a vida interrompida
REPRODUÇÃO
Coletiva evidenciou o clima de tensão criado entre as autoridades após a morte do adolescente Bruce
CAMILA LEITE
27/7/2010
No enterro do garoto Bruce Cristian, parentes relataram os sonhos do adolescente e criticaram a ação do PM no caso
Um filho que todo pai e mãe gostariam de ter. Foi assim que o técnico em refrigeração Francisco das Chagas de Oliveira Sousa, 37, definiu o filho Bruce Cristian de Oliveira, 14, durante entrevista na tarde de ontem, momentos antes do sepultamento do garoto, no cemitério Jardim do Éden, no Município de Pacatuba, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Bruce, que, segundo o pai, tinha sonhos de ser veterinário, professor e, por último, jogador de futebol, foi assassinado na tarde do último domingo, com um tiro na nuca disparado por um soldado do Ronda do Quarteirão, em uma "ação desastrosa" da PM, quando seguia com o pai em uma motocicleta, no cruzamento da Rua Beni de Carvalho com Avenida Desembargador Moreira, Dionísio Torres.
O corpo do adolescente foi velado na Igreja Evangélica Assembleia de Deus, na manhã e tarde de ontem, na presença de amigos e parentes. O primo de Bruce, Eduardo Silva, 11, afirmou que sentirá muita falta de brincar com ele.
Segundo Letícia de Oliveira, 13, irmã do adolescente, na tarde em que acabou baleado e morto, o pai levaria o irmão para o estádio do Ceará, onde ele iria fazer a matricula na escolinha do time. "Pena que isso foi interrompido. Apaixonado por bola, tenho certeza que meu irmão está jogando futebol no céu. Ele era meu grande amigo. Vou me apegar na Justiça de Deus, que não falha", contou.
Silêncio
Às 14h19, o corpo do adolescente chegou ao cemitério sob grande silêncio, interrompido momentos depois, pelo choro do pai e da irmã do adolescente. Contrastando momentos de serenidade com outros de dor e desespero, nos quais buscava força junto a filha e a mulher, o pai de Bruce, não poupou críticas a atuação do policial militar que matou seu filho. Ele também descartou qualquer hipótese de tiro acidental.
"Não ouvi nenhuma abordagem. Vi uma pessoa com uma arma na mão gritando. E eu não consigo entender como um policial é treinado para dar segurança e comete um crime desses? Porque se você tem uma arma, aponta para um ser humano e puxa o gatilho desse jeito não é acidental", afirmou.
Em paz
Exatamente as 15h30, o corpo de Bruce foi sepultado sob aplausos e gritos de justiça vindos das dezenas de pessoas que prestaram a última homenagem ao jovem. Letícia, a irmã disse: "vai em paz meu irmão".
Na saída do cemitério, o pai do garoto afirmou não saber o que será da vida daqui para frente, mas pediu justiça. "Espero que não fique a impunidade, porque a dor (da morte do meu filho) veio com uma força tão grande, mas a impunidade dá punhaladas e mata aos poucos".
INQUÉRITO E SINDICÂNCIA
Investigações já foram iniciadas
Enquanto a Polícia Civil apura o caso por meio de um inquérito policial, a PM investiga a ação através de sindicância
"Vocês não podem macular a Corporação por causa de um fato isolado. Afinal, nosso maior propósito é defender a vida do cidadão, mesmo que tenhamos que colocar em risco a nossa própria vida". Foi assim que o comandante geral da Polícia Militar, coronel William Alves Rocha, se defendeu dos ataques da opinião pública acerca da ação do soldado do Ronda do Quarteirão, Yuri Silveira, quando matou, com um tiro, o adolescente Bruce Cristian Oliveira, no que era para ser uma abordagem policial.
Na mesma entrevista, o comandante do Batalhão de Polícia Comunitária, coronel Werisleik Ponte Matias, respondeu ao que estava sendo chamado de ´despreparo policial´. "Foi um fato pontual. Somos 14 mil homens. Para chamar de despreparo, tinha que acontecer numa proporção muito maior. Foi um fato isolado que, infelizmente, aconteceu, mas já está sendo apurado".
Também faziam parte da mesa, o coronel Hélio Severiano Vasconcelos e o coronel Jarbas, que será o responsável pelo procedimento administrativo. As investigações já começaram e tem o prazo de 45 dias para ser concluídas, sem prorrogações.
O soldado Silveira está recolhido na sede do Batalhão Comunitário. Dependendo do resultado das investigações, ele poderá ser expulso. "Ele é um policial padrão, bom profissional e não tem mácula na ficha policial. Mas é inconcebível ceifar uma vida com um tiro acidental", disse Werisleik.
O 4º DP (Pio XII) está responsável pela investigação do caso. Ontem, o delegado José Munguba Neto recebeu do 2º DP(Aldeota) - plantonista - o material apreendido (capacete, moto, a arma do policial, um projétil de Ponto 40). "No local, nenhuma testemunha foi arrolada. Estamos voltando lá hoje para fazer isso", adiantou.
EMERSON RODRIGUES/PÉROLA CUSTÓDIO
REPÓRTER/ESPECIAL PARA POLÍCIA
12 comentários:
FALTA DE COMANDO BOM INCOMPETENCIA DO GOVERNO CID GOMES MEU VOTO JAMAIS
ESTADO DO CEARÁ, QUE FAZ CONCURSO, NOMEIA ÀS PRESSAS E VESTE PESSOAS DESPREPARADAS PARA "DAR SEGURANÇA" À SOCIEDADE. GOVERNO DO ESTADO, POLICIAIS PARA DAR SATISFAÇÃO DE QUE O PROGRAMA RONDA DO QUARTEIRÃO FUNCIONA, NÃO É O QUE A SOCIEDADE PRECISA. O QUE QUEREMOS É PESSOAS CAPACITADAS, PREPARADAS E CONSCIENTES. NÃO ADIANTA AS RUAS ESTAREM CHEIAS DE POLICIAIS MATANDO, PROVOCANDO ACIDENTES, CAPOTANDO VIATURAS.
Sabem qual é a melhor polícia do mundo? A Scotland Yard, polícia inglesa que em julho de 2005 matou o brasileiro Jean Charles com 8 tiros na cabeça, as pessoas adoram dizer que as policiais são DESPREPARADOS, a mídia adora esta palavra, e neste caso? A polícia britânica que é altamente treinada errou! Errar é humano, quando um médico erra ninguém diz que o tal médico era despreparado, quando um professor, engenheiro, advogado etc erra ninguém aparece para dizer que tal pessoa era despreparada. E o caso do BOPE considerado a melhor polícia do mundo., o policial viu um cidadão com uma furadeira na mão e confundiu um uma sub-metralhadora e atirou matando um inocente, o BOPE é despreparado? Você já viu a experiência e o treinamento do BOPE? Responda se o BOPE é despreparado! Alguma vez na vida você errou? Alguma vez na vida você bateu o carrou por não tomar a devida atenção ou quebrou algum copo, prato, vaso, etc? PARABÉNS SUPER HOMEM VOCÊ NÃO ERRA! A profissão de policial é uma das mais complicadas do mundo sempre vai ter gente de criticando e saiba há ainda um outro tipo de erro além desse de atirar indevidamente, o de não atirar e ser morto primeiro , não foi este o caso, mas aconcede no dia-a-dia. A polícia faz sim suas palhaçadas e quem as faz deve ser punido, mas as pessoas detestam a polícia por que querem levar vantagem em tudo, querem fazer tudo, para os outros a dureza da lei, mas para si e para os seus amigos o jeitinho, fazer o que né se estamos em um país que 49 (por cento) dos universitários já usaram drogas, este pessoal nuca poderá gostar de polícia. Garanto que o polícial agiu com culpa, mas nunca com dolo, deve ao meu entender responder por homicídio culposo. SERÁ QUE EM TODAS AS PROFISSÕES AS PESSOAS SÃO CONFRONTADAS NO DIA-A-DIA COM DECISÕES PERICLITANTES COMO A DE ATIRAR EM ALGUÉM E CORRER O RISCO DE ERRAR E SER EXECRADO?
Voce q se diz ANTI CID, ACHA QUE A CULPA do governandor, porque nao atribuir a culpa tambem p/ o MARCOS CALS QUE É SECRETARIO E NAO FEZ NADA E AGORA SE ACHA O bonzinho e honesto.
SE todas as mortes fosse atribuir ao governos, há governos q fizeram boas gestões e nao consiguiram combater tanta violencia no mundo,constantimente morrem pessoas boas e ruins. COMO ENTENDER O MUNDO ATUALMENTE???
E as mortes, fugas nos presidio foram culpa do Dep. Marcos Cals? aguardo resposta.
Provalmente a culpa seja de todos inclusive do sr. Marcos Cals, porque nao? ele tambem leva sua parcela de culpa, ou ele passou o tempo todo como secretario fingindo e passivamente vendo as coisas acontecerem sem nada fazer?
ELE PODE ATÉ QUERER SE JUSTIFICAR MAIS PRA MIM É TARDE DEMAIS.
ELE MARCOS CALS JUNTO COM FERNANDO ASSEF, JÁ PERDEU MEU VOTO.
HÁ ME ESQUECENDO MINHA FAMILIA INTEIRA VOTA CONTRA.
NÃO VOTAMOS CONTRA HÁ MARCOS CALS, MAS AOS DESMANDO QUE ESTA ACONTECENDO EM NOSSO MUNICIPIO,O PREFEITO E SUA IRMÃ SAO VERDADEIROS PERSEGUIDORES DE FUNCIONARIOS , CORRUPTOS, NAO TEM COMPROMISSO É MENTIROSO E NOSSA CIDADE ESTA NO BURRACO NEGRO.
VAMOS, VAMOS POPULAÇAO DÁ NOSSO GRITO E SE LIBERTAR DESTES BANDO DE INCOMPETENTES!!!!!!!!!!!!!!!!!
Anti CID você tem razão! o Despreparo da polícia se deu desde quando os policiais estão sendo treinados em apenas 3 meses, isso é um absurdo. O governador no mínimo não tem comando no estado, o que ele faz bem é politicagem da mais rasteira e perseguição da mais cruel, em São Paulo são no mínimo 1,5 ano de treinamento.
Ronilson,
No primeiro duvidei que fosse você o autor desse último comentário. Não me refiro à crítica quanto ao pouco tempo de treinamento dos policiais militares. Não tenho os elementos que você tem para falar com convicção sobre o assunto. Contudo, me custa crer que um cidadão, com o nível de responsabilidade e de formação que você tem, sustente o discurso demagógico e irresponsável de que cumprir a lei é promover perseguição. Por coisas desse tipo é que, as vezes, me bate um profundo desânimo na esperança que eu tenho, e sempre tive, de construirmos um País decente.
Dr. Deodato,
Não estou sustentando discurso algum, até por que tenho opinião própria, não preciso ler nem absorver os comentários de seus adversários, mas é fato que os policiais estão sendo treinados em apenas 3 meses, se carece ao sr. tal convicção é só se informar que na última turma treinada pelo ronda que chegaremos a essa constatação.Felizmente minha formação não permite bater palmas para todo ato só por que o mandante do momento é meu aliado. Prefiro ater-me as minhas convicções e criticar quando se deve criticar, até por que nunca fiz uma crítica a alguém que não fosse uma crítica construtiva, propositiva, mas nem sempre quem está no poder sabe absorver e diferenciar que estamos na verdade construindo quando também criticamos. Por exemplo, achei um absurdo a denúncia da Veja desta semana sobre as obras do Pécem, e tenho responsabilidade suficiente para do mesmo modo, enviar uma crítica a revista, pois esta neste caso agiu com irresponsabilidade para com o estado do Ceará, ainda mais próximo às eleições. É por isso Dr. Deodato que as vezes me sinto profundamente triste de não podermos construir uma sociedade com o contraditório, parece que é mais fácil fazer como o ditador Chavez, uma única verdade e para quem não pensa igual...como muito já aconteceu com o governo Cid que transformou, por exemplo, a SDA um verdadeiro cabide de empregos.Eu tinha esperança, como exemplo, que o Projeto São José fosse ser modificado, mas sabe Dr. Deodato, na penúltima aquisição de tratores do projeto São José foram comprados 129 tratores com recursos destinado para 100; O que ocorreu foi que os tratores "programados" para as comunidades foram entregues "pelados", ou seja, sem os implementos para fazer os tratores funcionar plenamente, e os recursos foram comprados mais 29 tratores e alocados para as comunidades que supostamente poderiam dar apoio a certos candidatos do governo.Perdoe-me alongar nesses assuntos mas tenho certeza absoluta que estamos de acordo que isso é imoral! por isso que o povo as vezes diz: "muda-se as coleiras, os cachorros são os mesmos". Fui recentemente a comunidade de Belo Alto, em Tauá, e veja a minha surpresa quando vi o trator da comunidade chegar sem os implementos.Elaborei 7 projetos para as comunidades Quilombolas e Indigenas na região dos Inhamuns e eles estão lá "dormindo", esperando um "padrinho", Ora ainda não mudou nada, agora talvez eu não tenha altoridade pra falar sobre todos os setores do governo, mas quando este não desmente, pelo menosdar a entender que a crítica é verdadeira.Obrigado por sua postagem, não desanimemos, temos a justeza como qualidade comum.
Ronilson, você trouxe outras questões ao debate, algumas das quais (as que eu conheço)concordo com você. Contudo, a crítica que fiz (e veja: para mim não tem esse negócio de crítica construtiva ou não construtiva. Esse papo é para quem não aceita crítica). O que falei foi sobre o discurso demagógico e irresponsável, especialmente para quem exerce cargo público, de que se deve ser seletivo na hora de cumprir a lei. Dizer que as necessárias e obrigatórias realização de blitzs são atos de perseguição é, além de demagógico e irresponsável, deseducativo.
Quando falei "sustentando discurso" estou no falando do seu discurso (discurso aqui é utilizado como sustentação de uma opinião), ou seja, não estou dizendo que você segue discurso de ninguém. O discurso foi seu (atribuir perseguição a um ato de cumprimento da lei).
Infelizmente, ainda não conheço a denúncia da Veja. Desde 1989 não leio esse panfleto da editora Abril. Vou procurar o assunto noutras fontes.
Dr. Deodato,
Acho que estamos falando de assuntos diferentes, quando falei de perseguição não me referi ao caso das questões das leis de trânsito que outro dia vi aqui serem comentadas no blog e que achei tão baixo que nem consegui comentar(acho que agora ficou claro) mas me referi a perseguição profissional, do qual não só eu fui vítima, mas muitos outros colegas o foram no atual governo, essa política rasteira, repito, rasteira foi utilizada durante os 4 anos do governador, lamentavelmente nenhum dos seus aliados foi contra essa política por questões obvias, pelo menos para mim,ou seja os que antes criticavam as velhas práticas implementadas pelos governos do senador Tasso e de Ciro Gomes, nestes últimos 4 anos se beneficiaram dela. E tenho exemplos a citar: veja a questão da estiagem que agora estamos passando. Qual a real atitude tomada pelo governo do estado? NADA Dr. Deodato, simplesmente NADA, alguns vão dizer, e o seguro safra, obra do governo federal, vigente no segundo mandado do presidente Lula. Objetivamente não está se fazendo nada pelos nossos irmãos no campo, como já citei que minhas críticas são propositivas, existem soluções simples que poderiam ser tomadas, como por exemplo implementar nas comunidades neste período uma política de preservação dos solos para as próximas safras e os agricultores que aderissem ao programa poderiam receber um incentivo para o preparo do solo na próxima safra, bem como um desconto no preço das sementes, não é simples? só falta é boa vontade, que infelizmente está faltando ao governo.
Ronilson, acho que agora ficou esclarecido. Realmente, estávamos falando de coisas diferentes. Infelizmente, concordo com muitas das suas críticas quanto a situação agora vivenciada pelo camponês por conta da seca. Penso que temos grandes avanços no atual governo, especialmente na área da educação e da saúde, sem prejuízo, no meu caso, de entender que ainda tem alguns vícios da política fisiológica e oportunista que tem sido uma marca em nosso estado.
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