quinta-feira, 18 de junho de 2009

APLAUSOS CENSURADOS, O DESESPERO DA MÍDIA.


Quinta-feira, 18 de Junho de 2009
Em recente viagem a Genebra, o presidente Lula foi ovacionado ao discursar no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Depois, foi aplaudido seis vezes ao criticar o Consenso de Washington e o neoliberalismo na plenária da OIT. O silêncio da grande imprensa foi gritante. por Gilson Caroni Filho, em Carta Maior
Os governos militares censuravam a imprensa para impedir a denúncia de torturas, de escândalos administrativos e quaisquer notícias que evidenciassem as crises e a divisão interna do regime. A censura política das informações, institucionalizada pela Lei de Imprensa e pela Lei de Segurança Nacional, foi um dos pilares de sustentação da noite dos generais. Esse era o preço imposto pela ditadura. Passados mais de 20 anos da redemocratização, com a crescente centralidade adquirida no processo político, a grande mídia comercial tomou para si o papel de autoridade coatora.
Sem qualquer pretensão de exercer papel decisivo na promoção da cidadania, não mais oculta seu caráter partidário e deixa claro quais políticas públicas devem permanecer fora do noticiário. A construção negativa da persona política de lideranças políticas do campo democrático-popular tornou-se o seu maior imperativo. Invertendo a equação da história "republicana" recente, há seis anos a imprensa passou a censurar o governo. Esse é o preço imposto pelo jornalismo de mercado; pelas relações de compadrio entre redações e oposição parlamentar, e pela crise identitária dos que foram desmascarados quando se esmeravam para definir qual era a “democracia aceitável”.
Com o esgotamento do modelo neoliberal, sentindo-se cada vez mais ameaçada como aparelho privado de hegemonia, a edição jornalística já não se contenta mais em subordinar a apuração ao julgamento sumário de fatos e pessoas. Censurar registros que sejam incômodos aos seus interesses político-econômicos, deslegitimado uma estrutura narrativa viciada, passou a fazer parte da política editorial do jornalismo brasileiro.Em recente viagem a Genebra, o presidente Lula foi ovacionado ao discursar no Conselho Nacional de Direitos Humanos da ONU. Depois, segundo relato da BBC, " foi aplaudido seis vezes" ao criticar o Consenso de Washington e o neoliberalismo na plenária da OIT. O silêncio dos portais da grande imprensa e a ausência de qualquer referência ao fato nas edições da Folha de São Paulo, Globo e Estadão foi gritante. Representou o isolamento acústico dos aplausos recebidos. Uma parede midiática que abafa o “barulho insuportável" na razão inversa com que ampliou as vaias orquestradas na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos em 2007, no Rio de Janeiro. Nada como um aparelho ideológico em desespero. Se pesquisarmos as raízes do comportamento dos meios de comunicação, veremos que elas nos dirão o quanto já é forte a desagregação da ordem neoliberal a qual serviram desde o governo Collor, passando pelos dois mandatos de FHC. Durante doze anos (de 1990 a 2002), a sociedade civil sofreu rachaduras sob os abalos devastadores da "eficiência" de mercado. Elas afetaram a qualidade da história, as probabilidades de uma República democrática e de uma nação independente.Lula aparece como condensação das forças sociais e políticas que se voltaram para a construção de um novo contrato social.
O tucanato, com apoio de seus porta-vozes nas redações, figura como ator que tenta reproduzir o passado no presente, anulando ganhos e direitos sociais. O que parece assustar colunistas, articulistas e blogueiros é o crescente repúdio á truculência infamante que produzem diariamente. Salvo, claro, a parcela da classe média que tem no denuncismo vazio e no rancor classista elementos imprescindíveis à sua cadeia alimentar. Aquele restolho que costuma pagar a ração diária com comentários insultuosos, sob a proteção do anonimato. É preciso ficar claro que estamos avançando. Ou os de cima aprendem a conviver com os de baixo, ou como na fábula da cigarra e da formiga, poderão descobrir o arrependimento tarde demais. Seria interessante para a própria imprensa que trocasse os insultos de seus escribas mais conhecidos pelo debate verdadeiramente político. Aquele que busca compreender as condições sociais, políticas, culturais e econômicas de uma modernização que, por não promover exclusão, representa revolução democrática combinada com mudança social. Isso inclui aplausos, mesmo que abafados. Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Observatório da Imprensa. Para ir ao site de Carta Maior, clique aqui


Enviado por e-mail por Luiz Carlos Azenha

7 comentários:

Anônimo disse...

Ao Charles Brown

SAIBA QUANDO VOCÊ COMEÇA A FICAR DOIDO - rsrsrs

VOCÊ SABE QUE ESTÁ VIVENDO NO SÉCULO XXI QUANDO...

1. Você envia e-mail ou msn para conversar com a pessoa que trabalha na mesa ao lado da sua.

2. Você usa o celular na garagem de casa para pedir a alguém que o ajude a desembarcar as compras.

3. Esquecendo seu celular em casa, coisa que você não tinha há 20 anos, você fica apavorado e volta para buscá-lo.

4. Você levanta pela manhã e quase que liga o computador antes de tomar o café.

5. Você conhece o significado de naum, tbm, qdo, xau, msm, dps ..

6. Você não sabe o preço de um envelope comum;

7. A maioria das piadas que você conhece, você recebeu por e-mail (e ainda por cima ri sozinho...);

8. Você fala o nome da firma onde trabalha quando atende ao telefone em sua própria casa (ou até mesmo o celular!!!);

Você digita o '0' para telefonar de sua casa;

10. Você vai ao trabalho quando o dia ainda está clareando, volta para casa quando já escureceu de novo;

11. Quando seu computador pára de funcionar, parece que foi seu coração que parou,

11. Você está lendo esta lista e está concordando com a cabeça e sorrindo.

12. Você está concordando tão interessado na leitura que nem reparou que a lista não tem o número 9.

13. Você retornou a lista para verificar se é verdade que falta o número 9 e nem viu que tem dois números 11.

14. E AGORA VOCÊ ESTÁ RINDO CONSIGO MESMO...

15. Você já está pensando para quem você vai enviar esta mensagem ..

16.Provavelmente agora você vai clicar no botão 'Encaminhar'. É a vida... Fazer o quê... Foi o que eu fiz também... Feliz modernidade!!!

Anônimo disse...

Perguntar não ofende.

O Jovino Mendes foi eleito?!!

Alfredo Carlos ! disse...

Gostei da pergunta que o blogueiro anônimo fez. Ele pergunta: O Jovino foi eleito??? Para reforçar sua pergunta, eu também faço a minha pergunta: A Câmara Municipal de Boa Viagem está funcionando em favor do povo?? Será que a Câmara Municipal é um departamento da Prefeitura ?? É bom analisar essas interrogações.

Claudio disse...

No Braisl todo já pegou o refrão:
JÁ VOTEI NO CARA, AGORA VOTO NA COROA.
É DILMA 2010 PARA CONTINUAR O GOVERNO LULA.

Cidadão do São Pedro disse...

Caro Alfredo Carlos, eu também faço coro a sua indagação. A Câmara Municipal de Boa Viagem é um Departamento da Prefeitura? Existe? E Você Jovino, quem te viu quem te ver. E logo eu que votei em você e não aguento mais as pessoas me perguntando pelo seu mandato. Dizendo que você caiu na vala comum de Vereadores como Rosa Vieira, Clícia Muniz, Fernando COmsed. Meu Deus onde você foi chegar. Ainda é tempo de você dizer a que veio. Abraços.

Anônimo disse...

Concordo em genero numero e grau.

CARLOS disse...

quando Jovino foi vereador em outros mandatos sempre lutou pelo povo mais parece que ele descobriu que ficando do lado do "HOMEM" QUE MANDA NA CIDADE ele vai ganhar mais, mais cuidado JOVINO muitos de seus votos sao de pessoas que vc nem pediu, foi dado por pessoa como eu, que lhe admirava por nao fazer parte do "BANDO DO TOMA LA DARR CA" AINDA ESTA EM TEMPO.......ABRA O OLHO